terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A oração dos cinco dedos do papa Francisco


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«Quando rezo, Deus respira
 em mim»
e com esta frase e a assinatura de Francisco
 que abre o livro de bolso de 40 páginas que 
o papa ofereceu este domingo aos presentes 
na oração mariana do Angelus rezada na praça 
de S. Pedro, no Vaticano.
Francisco, que procedeu à tradicional bênção dos
 “bambinelli”, pequenas imagens do Menino 
Jesus para depor no presépio, lançou um 
pedido às crianças: «Quando rezardes em casa, 
junto ao vosso presépio, recordai-vos de mim,
 como eu me recordo de vós».
«A oração é a respiração da alma: é importante encontrar momentos do dia para abrir o coração a 
Deus, mesmo com simples e breves orações do povo cristão. Por isso, hoje pensei de dar-vos um 
presente a todos vós que estais aqui na Praça: um pequeno livrinho de bolso que tem algumas 
orações, para os vários momentos do dia e para as diferentes situações da vida», disse o papa.
Na capa do livro publicado pela “Libreria Editrice Vaticana” está reproduzido um fresco do 
século III, que se encontra nas catacumbas romanas de Priscilla, representando um orante com os
 braços abertos e dirigidos ao céu.
O livrinho recolhe as mais importantes orações da tradição cristã, as mais conhecidas e fáceis de 
aprender de memória, a que se pode recorrer ao longo do dia, mas também em situações e 
necessidades particulares.
Nas páginas 32 e 33 está reproduzido o desenho de uma mão com as intenções sugeridas por 
Francisco a partir dos cinco dedos.
O anelar «é o nosso dedo mais fraco, como pode confirmar
 qualquer professor de piano»; ele «recorda-nos de rezar 
pelos mais fracos, por quem tem desafios a enfrentar, pelos 
doentes» que têm necessidade da «tua oração de dia e de 
noite», bem como pelos esposos
O polegar, «o dedo que te é mais próximo», faz-nos pensar e rezar por quem está mais próximo 
de nós, «as pessoas de quem nos recordamos mais facilmente», rezar por todos os nossos entes 
queridos «é uma doce obrigação».
O indicador recorda-nos de rezar por quem tem a função de dar indicações aos outros, isto é, 
«aqueles que ensinam, educam e tratam», categoria que compreende «mestres, professores, 
médicos e sacerdotes».
O médio, o dedo mais alto, lembra «os nossos governantes», as pessoas «que gerem o destino da
 nossa pátria e orientam a opinião pública… precisam da orientação de Deus».
O anelar «é o nosso dedo mais fraco, como pode confirmar qualquer professor de piano»; ele
 «recorda-nos de rezar pelos mais fracos, por quem tem desafios a enfrentar, pelos doentes» 
que têm necessidade da «tua oração de dia e de noite», bem como pelos esposos.
Por fim, o mindinho, o dedo mais pequeno, «como pequenos nos devemos sentir diante de Deus 
e do próximo», convida a rezar por nós próprios: «Depois de teres rezado por todos os outros, 
poderás compreender melhor quais são as tuas necessidades, olhando-as na justa perspetiva».
No livrinho oferecido pelo Francisco, que se abre com a oração por excelência, o “Pai-nosso”, 
encontram espaço, além de orações bíblicas e alguns versículos dos salmos 51, 130 e 139, 
os mistérios do Rosário.
Há também fórmulas simples para recitar antes e depois da refeição, a par de breves textos 
compostos por S. Francisco, Santa Teresa do Menino Jesus e dos beatos J. H. Newman, Charles
 de Foucauld e Madre Teresa de Calcutá.
Juntamente com orações a recitar antes do sacramento da Reconciliação e após a 
Comunhão,incluem-se igualmente súplicas para a bênção dos filhos por parte dos pais,
 orações para os cônjuges e noivos e invocações contra o maligno.
O presente de Francisco aos fiéis acrescenta-se aos dos meses anteriores: 
o terço da misericórdia e o Evangelho em formato de bolso; quanto a este, o papa 
afirmou repetidamente a importância de o levar consigo a cada dia e ler um trecho 
enquanto se está na fila, nos transportes ou num momento livre.
Com este livrinho de orações, o bispo de Roma continua a dar sugestões simples
 para a vida diária dos crentes a partir do património da tradição cristã.
Por fim, o mindinho, o dedo mais pequeno, «como pequenos
 nos devemos sentir diante de Deus e do próximo», convida
 a rezar por nós próprios: «Depois de teres rezado por
 todos os outros, poderás compreender melhor quais são
 as tuas necessidades, olhando-as na justa perspetiva»

Andrea Tornielli, "Vatican Insider" 
Rádio Vaticano 
Trad. / edição: Rui Jorge Martins 
Publicado em 14.12.2014

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