segunda-feira, 31 de março de 2014

O drama da "cegueira interior" de quem recusa ser iluminado por Jesus: Papa ao Angelus, comentando o episódio do cego de nascença

2014-03-30 Rádio Vaticana
O drama da “cegueira interior” de quem não reconhece Jesus como Luz do mundo foi sublinhado pelo Papa neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, comentando antes da oração do Angelus, o Evangelho da cura do cego de nascença proposto pela liturgia.
Trata-se do longo capítulo 9 do Evangelho segundo São João, que inicia com um cego que passa a ver e se conclui com gente que presume ver mas que se obstinam em permanecer cegos na alma. O milagre da cura do cego é contado em dois versículos apenas – fez notar o Papa. O evangelista quer centrar as atenções não tanto na cura em si, mas nas discussões que esta suscita.

“No final, o cego curado chega à fé, e esta é a maior graça que lhe é feita por Jesus: não só ver, mas conhecê-Lo a Ele, que é a luz do mundo”. “Ao mesmo tempo que o cego se aproxima gradualmente da luz, os fariseus, pelo contrário, vão-se afundando cada vez mais na cegueira interior.”
“Fechados na sua presunção, crêem ter já a luz; e por isso não se abrem à verdade de Jesus. Fazem tudo para negar a evidência” – fez notar o Papa, que observou ainda que o caminho do cego é um percurso com etapas. É só no final que Jesus volta a dar a vista ao que tinha sido cego e que entretanto tinha sido expulso do Templo. “Jesus encontra-o de novo e abre-lhe os olhos pela segunda vez, revelando-lhe a própria identidade. E então aquele que tinha sido cego exclama ‘Creio, Senhor!’ e prostra-se diante de Jesus”.
“O drama da cegueira interior de tanta gente, também de nós!... A nossa vida por vezes é semelhante à do cego que se abriu à luz, a Deus e à sua graça. Por vezes, infelizmente, é um pouco como a dos fariseus: do alto do nosso orgulho julgamos os outros, até mesmo o Senhor. Hoje somo s convidados a abrir-nos à luz de Cristo, para dar fruto na nossa vida, para eliminar os comportamentos que não são cristãos”.
De entre os muitos grupos de peregrinos presentes hoje na praça de São Pedro saudados pelo Papa, não faltou hoje um grupo de “emigrados portugueses de Londres”… Mencionados também, com apreço, militares italianos que realizaram uma longa peregrinação a pé do santuário de Loreto a Roma, rezando pela resolução justa e pacífica dos contenciosos. “Felizes os construtores da paz!” – foi a bem-aventurança evocada a este propósito pelo Papa, que se despediu sugerindo aos presentes que, ao voltar a casa, tomassem o Evangelho para ler e meditar integralmente o episódio evangélico hoje proposto pela liturgia: o capítulo 9 de São João.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Papa: "Quem confia em si mesmo, e não em Deus, está fadado à infelicidade"

2014-03-20 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O homem que confia em si mesmo, nas próprias riquezas ou nas ideologias, está fadado à infelicidade: palavras do Papa na manhã desta quinta-feira, durante a Missa na Casa Santa Marta.
Em sua homilia, o Papa comentou a primeira leitura do dia, extraída do Livro de Jeremias, que declara “bendito o homem que se fia no Senhor”: “é como uma árvore plantada junto da água”, que não para de produzir frutos no ano da seca.

A nossa confiança está somente no Senhor, disse Francisco. Não precisamos de outras coisas, de outras ideologias. Do contrário, o homem se fecha em si mesmo, “sem horizontes, sem portas abertas e sem salvação”. É o que acontece ao rico do Evangelho, eu não percebeu que ao lado de sua casa havia um pobre. O pobre sabemos que se chamava Lázaro, mas o rico “não tem nome”:
E esta é a maldição mais forte de quem confia em si mesmo ou em suas forças, nas possibilidades dos homens e não em Deus: perder o nome. Qual seu nome? Conta número tal, no banco tal. Qual seu nome? Muitas propriedades, muitas casas... Qual seu nome? As coisas que temos, os ídolos. É amaldiçoado o homem que confia nisso.

“Todos nós temos esta fraqueza – afirmou o Papa –, esta fragilidade de depositar as nossas esperanças em nós mesmos ou nos amigos, ou somente nas possibilidades humanas e nos esquecemos do Senhor. E isso nos leva ao caminho da infelicidade”:

Hoje, neste dia de Quaresma, nos fará bem questionar: onde está a minha confiança? No Senhor, ou sou um pagão que confio nas coisas, nos ídolos que fiz? Ainda tenho um nome ou comecei a perder o nome e me chamo ‘Eu? Eu, mim, comigo, para mim, somente eu? Para mim, para mim… sempre aquele egoísmo: ‘Eu’. Isso não nos dá a salvação.

Todavia, observou Francisco, “no final há uma porta de esperança” para os que confiam em si mesmos e “perderam o nome”:
No final, no final sempre existe uma possibilidade. E este homem, quando percebeu que tinha perdido o nome, tinha perdido tudo, tudo, levanta os olhos e diz um só palavra: ‘Pai’. E a resposta de Deus é uma só palavra: ‘Filho!’. Se alguns de nós na vida, de tanto confiar no homem e em nós mesmos, acabamos por perder o nome, por perder esta dignidade, ainda existe a possibilidade de dizer esta palavra que é mais do que mágica, é mais forte: ‘Pai’. Ele sempre nos espera para abrir uma porta que nós não vemos, e nos dirá: ‘Filho’. Peçamos ao Senhor a graça que a todos nós dê a sabedoria de confiar somente Nele, não nas coisas, nas forças humanas, somente Nele”.
(BF)

segunda-feira, 17 de março de 2014

O primeiro dever de cada cristão é alimentar a própria fé: Escutar Jesus! “Mas, Padre, eu escuto Jesus, escuto-o tanto”. “Sim? O que é que escutas?

2014-03-17 Rádio Vaticana
O primeiro dever de cada cristão é nutrir a própria fé. Esta a recomendação do Papa na Missa de ontem à tarde, na igreja de Santa Maria da Oração de Setteville di Guidonia, paróquia a cerca de vinte quilómetros a nordeste de Roma, a quinta visita do Papa Francisco neste primeiro ano de pontificado, ao longo da qual se encontro com pessoas idosas, deficientes físicos e com as comunidades neocatecumenais.
Deve-se escutar Jesus para tornar mais forte a fé, e olhar para Jesus para preparar os olhos para a bela contemplação da sua face. O Papa, no dia do Evangelho da Transfiguração, recordou aos fiéis o primeiro deve dos cristãos:

Quais são os deveres do cristão? Eventualmente me direis: ir à Missa nos domingos; fazer o jejum e a abstinência na Semana Santa; fazer isso… Mas, o primeiro dever do cristão é escutar a Palavra de Deus, escutar Jesus, porque Ele nos fala e nos salva com a sua Palavra. E Ele faz também mais robusta e mais forte a nossa fé, com aquela Palavra. Escutar Jesus! “Mas, Padre, eu escuto Jesus, escuto-o tanto”. “Sim? O que é que escutas?”. “Mas escuto a rádio, escuto a televisão, escuto o palavreado das pessoas…”. escreveu: tantas as coisas que nós escutamos durante o dia, tantas coisas… Mas faço-vos uma pergunta: tomamos um pouco de tempo, cada dia, para escutar Jesus, para escutar a Palavra de Jesus?

Como dissera já ao Angelus, o Papa sugeriu um modo de alimentar a fé, todos os dias: trazendo sempre consigo um Evangelho, lendo todos os dias uma passagem, para fazer entrar a palavra de Jesus no coração e nos revigorar na fé.
O Santo Padre passou em seguida à segunda das duas graças que se pedem, na oração: a graça da purificação dos olhos, dos olhos no nosso espírito, para os preparar para a vida eterna:

"Eu sou convidado a escutar Jesus e Jesus manifesta-se, e com a sua Transfiguração convida-nos a olhar para Ele. E olhar para Jesus purifica os nossos olhos e prepara-os para a vida eterna, para a contemplação do Céu. Talvez os nossos olhos estão um tanto quanto doentes, porque vemos tantas coisas que não são de Jesus, e que eventualmente são contra Jesus: coisas mundanas, coisas que não fazem bem à luz da alma. E assim essa luz apaga-se lentamente e, sem saber, acabamos por cair na escuridão interior, na escuridão espiritual, na escuridão da fé: uma escuridão, porque não estamos habituados a olhar, a imaginar as coisas de Jesus."

domingo, 16 de março de 2014

Super Quarta | O Jardineiro de Deus, dia 19 de Março, na Rede Aparecida

Sinopse: A vida do Pe. Gregor é retratada pela sua dedicação aos cuidados e experimentos genéticos através de estudos empíricos realizados com plantas. Paralelo a isso, enquanto sacerdote, Pe. Gregor se apresenta como líder e orientador espiritual de sua comunidade, com extrema bondade e compaixão. Incompreendido por colegas de Instituição pela sua vocação científica, Pe. Gregor tem uma postura firme quanto aos seus ideais e doçura na forma de conduzir os entraves políticos da própria Igreja. Com a ajuda de uma grande amiga, ele dá continuidade aos seus estudos de genética. Outra grande conquista fruto da bravura de Pe. Gregor Mendel foi a isenção de taxas de impostos antes cobrada à Igreja Católica. Essa conquista foi consolidada meses após a sua morte.


Super Quarta: quarta-feira, às 21h, a Rde Aparecida

sábado, 15 de março de 2014

"Hoje, o jejum mais significativo se chama … sobriedade … privar-se voluntariamente de pequenas ou grandes comodidades, daquilo que é inútil e por vezes danoso à saúde.

 
Primeira pregação quaresmal de Frei Cantalamessa: precisamos de um retorno à interioridade
◊   Cidade do Vaticano (RV) - Encontrar tempos para o silêncio, praticar o jejum não somente do alimento, mas também dos excessos do bem-estar, vencer aquilo que desvia da vontade de Deus. A Quaresma do cristão deve ser feita disso, disse o frade capuchinho, Pe. Raniero Cantalamessa, na primeira das meditações propostas à Cúria Romana.

O pregador da Casa Pontifícia ofereceu na manhã desta sexta-feira, na Capela Redemptoris Mater do Palácio Apostólico, uma reflexão sobre o sentido dos quarenta dias que precedem a Páscoa. Nas próximas sextas-feiras, na presença do Papa, desenvolverá as grandes verdades da fé recorrendo aos ensinamentos dos Padres da Igreja Latina.

Do Evangelho à vida de cada um de nós: se Jesus apartou-se no deserto durante 40 dias, jejuou e ali foi também tentado, o que cabe a nós fazer para imitá-lo? O religioso franciscano fez a transposição dos gestos de Cristo para o nosso hoje; assim, para nós, ir para o deserto é escolher tempos de silêncio, encontrar espaços para nós mesmos, reencontrar a parte mais verdadeira de si colocando-se diante de Deus. Em suma, é o apelo do retorno ao coração, lançado por Santo Agostinho:

Portanto, voltar ao coração significa voltar àquilo que há de mais pessoal e mais íntimo em nós. Infelizmente, a interioridade é um valor em crise... existem causas remotas, por assim dizer, para essa nossa dificuldade de reentrar em nós mesmos e a mais universal é o fato que nós somos compostos de alma e corpo, de espírito e matéria e, portanto, somos como um plano inclinado, mas inclinado para baixo, não para o alto, ou seja, inclinado para o exterior, para o multíplice, o visível..., sobretudo nós, clero e vida consagrada, precisamos de um retorno à interioridade."

E então é preciso abandonar o fragor, as distrações, as diferentes formas da cultura moderna, os instrumentos da tecnologia e, portanto, revistas, livros, tv, internet e dispositivos digitais que invadem a intimidade do coração, dissipam as nossas energias. Esse se torna o jejum a ser praticado hoje. Jesus privou-se do alimento, nossa época requer um jejum diferente:

"Hoje, o jejum mais significativo se chama … sobriedade … privar-se voluntariamente de pequenas ou grandes comodidades, daquilo que é inútil e por vezes danoso à saúde. Esse jejum é solidariedade com os pobres ... um tal jejum é contestação a uma mentalidade consumista, num mundo que fez da comodidade, do usar, do uso, do comprar, a sua finalidade, o mecanismo que mantém de pé todo o sistema. Privar-se de algo não estritamente necessário, do objeto de maior luxo, é mais eficaz, talvez, que infligir-se penitências escolhidas por si mesmo."

O pregador da Casa Pontifícia recomenda, sobretudo, o jejum das imagens, daquelas que veiculam violência, sensualidade, que investem nos instintos mais baixos e que dão uma falsa ideia da vida, porque ilustram um mundo bonito, sadio e perfeito, rico de coisas a ponto de induzir à rebelião aqueles que não têm o que é insistentemente mostrado:

"Outro jejum alternativo é o jejum das palavras nocivas. Não são somente blasfêmias, naturalmente, nem mesmo somente palavrões; são as palavras pungentes, negativas, que evidenciam sempre o aspecto mais frágil do irmão, que geram desconfiança ou alimentam desconfiança e, portanto, semeiam discórdia."

Deve-se, então, evitar aquilo que pode gerar descontentamento, frustração e ressentimento, ou neutralizar o efeito das palavras que ferem pedindo desculpas. Por fim, Frei Cantalamessa recordou que também nós sofremos as tentações de Satanás, propriamente como Jesus no deserto. Inteligência perversa e geradora de perversão, o Diabo usa coisas boas como instrumentos para separar o homem de Deus.

Então o dinheiro é uma coisa boa, se usado corretamente, e a sexualidade é um dom de Deus, mas se levados ao excesso se transformam em ídolos e se tornam destrutivos. Então ir para o deserto é buscar um diálogo profundo com Deus separando-se de tudo, explicou Pe. Cantalamessa.

"Deus quis em Cristo assumir um rosto humano, um coração humano, para ajudar-nos a amá-lo como nós sabemos amar – concluiu o pregador da Casa Pontifícia –; o Espírito Santo que impeliu Jesus para o deserto, hoje nos impele também a nós para o deserto, para reencontrar-nos com Deus." (RL)

quarta-feira, 12 de março de 2014

NOVENA DE SÃO JOSÉ - VILA NOVA - PORTO ALEGRE RS


MARÇO 2014


14/03-20h Recuperar a Comunidade- Pe.Fernando Pietranera

15/03-19h A Paróquia no Concílio Vaticano II- Pe Francisco Bordignon.

16/03-19h A Paróquia como casa- Pe Márcio M. Guimarães

17/03-20h O desafio na Comunidade- Pe Anésio Ferla

18/03-20h O desafio na Sociedade - Pe Jaime José Caspary

19/03-20h Urgência na renovação Paroquial- Pe Antonio Bortolamai

20/03-20h Paróquia Comunidade de Comunidades -Pe Diógenes Casaril

21/03-20h A conversão pastoral-Pe Cirineu Furlanetto

22/03-19h A transmissão da Fé nas novas gerações - Pe Hermes Pergher.


DURANTE A NOVENA AS MISSAS DA SEMANA SERÃO ÀS 20h!

DIA 23 DE MARÇO - DOMINGO-
87ª FESTA DE SÃO JOSÉ
9:30h PROCISSÃO
10:30h MISSA SOLENE CELEBRADA POR DOM JAIME SPENGLER
12h ALMOÇO COM TARDE FESTIVA

MURAL

DIA 19, DE TODOS OS MESES É COMEMORADO SÃO JOSÉ!
MISSA ÀS 15h e APÓS CHÁ no SALÃO PAROQUIAL!


DIA 15 de MARÇO RETORNO DOS HORÁRIOS DAS MISSAS de SÁBADO :
17h e 19h
.

OS INGRESSOS :
PARA O CHÁ DE SÃO JOSÉ: R$ 8,00 e
PARA O ALMOÇO R$ 20,00,
JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS NA SECRETARIA OU COM OS ORGANIZADORES.
PARTICIPE
!

Card. Hummes: como transformar paróquias e comunidades?

2014-03-11 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) - Na semana em que o Pontífice e seus colaboradores estão fazendo exercícios espirituais na localidade de Ariccia, perto de Roma, nós recordamos o primeiro aniversário da eleição de Francisco, ocorrida em 13 de março. O Programa Brasileiro traz nesta terça-feira, 11, parte de uma entrevista exclusiva com o Cardeal Cláudio Hummes, amigo, inspirador e ainda hoje conselheiro de Francisco.
Dom Cláudio nos fala da dificuldade de algumas paróquias e comunidades em transformarem sua pastoral, adaptando-a ao chamado de Francisco por uma Igreja missionária, sempre de portas abertas, que não apenas “conserve”, mas procure os fiéis. Leia abaixo, e se quiser ouvir, clique no link acima.

Isto leva certo tempo, porque mexer com as programações e com os costumes não é tão simples. Imagine um pároco que há 20 anos toca seu esquema de vida. De repente, ele é interpelado para sair e não só cuidar da comunidade já existente. O Papa Bento XVI já dizia que não basta conservar o que já temos (discurso aos bispos alemães em 2006); que é preciso transformar a Europa num grande campo de missão. As comunidades são a grande riqueza da Igreja”.

“Como realmente transformar-se assim mesmo, e transformar a nossa pastoral, como ajudar as nossas comunidades a também se transformarem, como pessoas e como comunidades?”

“Quando se diz que a paróquia deve ser ’missionária’, que deve sair em busca e ir encontrar-se com as pessoas, sobretudo nas periferias, junto aos mais afastados, sofridos, abandonados, isolados... isto significa uma mudança muito grande de dinâmica. Muitos padres se perguntam: não vou conseguir fazer isto, minha paróquia tem 30, 40 mil habitantes... Muitos ainda não perceberam que não é ele sozinho que deve fazer isto; deve transformar sua comunidade, e ela sair com ele em busca de todas as famílias”.
(CM)

terça-feira, 11 de março de 2014

Coragem, Papa Francisco, coragem!




São Paulo (RV) - Completa-se o primeiro ano de Pontificado do papa Francisco. A fumaça branca da Capela Sistina, na noite chuvosa e fria de 13 de março de 2013, preparou a multidão ansiosa da praça de São Pedro uma bela surpresa: o novo Bispo de Roma e Sucessor do apóstolo Pedro, colocado no centro da Igreja Católica, era um cardeal que vinha “quase do fim do mundo”! Jorge Mário Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, que escolheu para si o nome de Francisco.

Passados os primeiros momentos de encantamento, o papa Francisco começou logo a mostrar seu estilo, seu jeito latino-americano, seu desejo de servir a Igreja Católica e a humanidade de corpo e alma. Tantos detalhes chamaram a atenção, como a moradia na Casa Santa Marta, em vez do palácio apostólico; a dispensa de muitos protocolos; seu jeito de pastor de almas; a forma direta e simples de falar...
Mas tudo isso, embora significativo, ainda não diz tudo sobre a novidade do primeiro papa não europeu, depois de muitos séculos, primeiro latino-americano, primeiro papa jesuíta, com jeito de franciscano... Francisco tem clareza sobre sua missão mais urgente, na condição de Sucessor de Pedro: confirmar os irmãos na fé, reanimá-los, dar-lhes novamente certeza e segurança interior, superar certo desalento e baixa auto-estima na Igreja, restituir ao povo católico a alegria do Evangelho, a identificação com a própria Igreja e o senso de pertença a ela.

Sabe que sua missão é resgatar a credibilidade da Igreja, ferida por muitos escândalos decorrentes de pecados e fraquezas daqueles que deveriam ser reconhecidos como testemunhas fidedignas do Evangelho da vida e da esperança diante do mundo... Francisco sabe que esta credibilidade só é recuperada com a retidão de intenções e atitudes, amor à verdade e sincera humildade. E ele convidou todos os membros da Igreja a fazerem isso, empreendendo um verdadeiro caminho de conversão a Cristo e seu Evangelho.

Muitos, talvez, esperavam imediatas e até espetaculares reformas na Cúria Romana e nos organismos de governo, que ajudam o Papa em sua missão universal. Francisco começou pedindo reformas nas atitudes e nas disposições de todos os filhos da Igreja; as reformas administrativas da Santa Sé chegam aos poucos e as da Cúria romana ainda devem chegar. Ninguém tenha a ilusão de que, na Igreja, tudo depende só da Cúria romana; Francisco tem falado mais vezes da necessária participação de todos e que cada membro da Igreja faça bem a sua parte, em vista da saúde do corpo inteiro.

Francisco quer uma Igreja que não seja auto-referencial, nem fechada sobre si mesma, mas discípula de Cristo e servidora do Evangelho para o mundo. Na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (“A Alegria do Evangelho”), ele apresentou as prioridades da missão evangelizadora no mundo atual: católicos felizes e agradecidos pela fé, percebida como dom precioso a ser compartilhado generosamente; uma Igreja que se faz missionária e se coloca em estado permanente de missão; a conversão constante ao autêntico espírito do Evangelho e a superação do “espírito mundano”, constante tentação para os cristãos e a Igreja; a saída para as periferias humanas e sociais e a solidariedade concreta em relação aos pobres.

Há muito para se fazer! Coragem, Papa Francisco, coragem! Deus o ilumine e guarde! E nós, além da admiração pelo Papa vindo da América Latina, também o acompanhemos neste esforço. Coragem, povo de Deus, coragem!
Card. Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

segunda-feira, 10 de março de 2014

Papa Francisco no Angelus: "Devemos nos desfazer dos ídolos, das coisas vãs, e construir a nossa vida sobre o essencial"




Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus deste domingo, 9 de março, da janela da residência pontifícia, no Vaticano, com milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, num lindo dia de sol.
"O Evangelho deste I Domingo da Quaresma apresenta a cada ano o episódio das tentações de Jesus, quando o Espírito Santo, que desceu sobre Ele depois do Batismo no Rio Jordão, o impeliu a enfrentar abertamente Satanás no deserto, por quarenta dias, antes de iniciar a sua missão pública", frisou o pontífice.
"O tentador procurou desviar Jesus do projeto do Pai, ou seja, do caminho do sacrifício, do amor que oferece si mesmo em expiação, para fazê-lo tomar um caminho fácil, de sucesso e poder. O duelo entre Jesus e Satanás se realiza através de citações das Sagradas Escrituras", disse ainda Francisco que acrescentou:
"O diabo para desviar Jesus do caminho da cruz, lhe mostra as falsas esperanças messiânicas: o bem-estar econômico, indicado pela possibilidade de transformar as pedras em pão; o estilo espetacular e mirabolante, com a ideia de jogar-se do ponto mais alto do templo de Jerusalém e ser salvo pelos anjos. Enfim, o caminho curto do poder e do domínio, em troca de um ato de adoração a Satanás."
Jesus rejeita decididamente todas essas tentações e reitera a decidida vontade de seguir o caminho estabelecido pelo Pai, sem nenhum compromisso com o pecado e com a lógica do mundo.
"Observem bem como Jesus responde: Ele não dialoga com Satanás como fez Eva no paraíso terrestre. Jesus sabe muito bem que com Satanás não se pode dialogar, porque ele é muito astuto. Por isso Jesus, ao invés de dialogar, como fez Eva, escolhe refugiar-se na Palavra de Deus e responde com a força desta palavra. Devemos recordar isso no momento da tentação, de nossas tentações: não argumentar com Satanás, mas sempre defendidos pela Palavra de Deus e isso nos salvará."
O Santo Padre destacou que "em suas respostas a Satanás, o Senhor nos recorda primeiramente que «não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus»".
"E isto nos fortalece, nos sustenta na luta contra a mentalidade mundana que abaixa o homem ao nível das necessidades primárias, fazendo-lhe perder a fome do que é verdadeiro, bom e belo; a fome de Deus e seu amor. Jesus recorda por outro lado o que também está escrito: « não tente o Senhor seu Deus », porque o caminho da fé passa também através da escuridão, da dúvida e se alimenta de paciência e espera perseverante. Recorda, enfim, o que está escrito: «Só ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele renderás culto», ou seja, devemos nos desfazer dos ídolos, das coisas vãs, e construir a nossa vida sobre o essencial".
"Estas palavras de Jesus são confirmadas através de suas ações. A sua absoluta fidelidade ao projeto de amor do Pai o conduzirá depois de cerca de três anos ao confronto final com o «príncipe deste mundo», na hora da paixão e da cruz, e Jesus resgatará a sua vitória definitiva, a vitória do amor."
O Papa Francisco disse ainda aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro "que o tempo da Quaresma é ocasião propícia para todos nós realizarmos um caminho de conversão, confrontando-nos sinceramente com esta página do Evangelho. Renovemos a promessa de nosso Batismo, renunciando a Satanás e a todas as suas obras e seduções para caminhar nas sendas de Deus e chegar à Páscoa na alegria do Espírito".
Após a oração mariana do Angelus, o Papa saudou os fiéis de Roma e de outras cidades italianas, e demais peregrinos. Francisco convidou a aderir à campanha da Caritas Internacional contra a fome no mundo e desejou a todos um caminho quaresmal fecundo.
Na tarde deste domingo, tem início em Ariccia, nas proximidades de Roma, os Exercícios Espirituais para o Papa e a Cúria Romana. O Santo Padre pediu aos fiéis para que rezassem por ele e seus colaboradores. (MJ)

sexta-feira, 7 de março de 2014

Tela de Sábado | Santa Teresinha do Menino Jesus, dia 08 de Março, na Re...

Programa “Em Frente” de hoje escuta e orienta telespectadores ao vivo

O programa “Em Frente” da TV Aparecida vai ao ar toda quinta-feira às 21h com a apresentação do padre Pedro Cunha, Denise Procópio e Rodolfo Ferraz, que ouvem os telespectadores e orientam com direções espirituais, psicológicas e filosóficas.
A cada semana novas participações apresentam dificuldades, problemas e desafios da vida por quais as pessoas passam, e o programa ajuda com reflexões confortantes para os telespectadores.
Dúvidas sobre relação afetiva, violência, saúde, vocação, comportamento e algumas questões de sobre Igreja são alguns dos temas que norteiam as orientações e a conversa com o telespectador.
O telespectador interessado em ouvir uma palavra amiga, um conselho, uma ajuda do programa “Em Frente” pode participar pelo telefone (012) 2131. 4525  ou ainda enviar um email para: emfrente@tvaparecida.com.br .

PORTO ALEGRE - CANAL 59 UHF

sábado, 1 de março de 2014

Campanha fraternidade 2014

Apresentação: O cartaz da CF 2014


13 de abril - Domingo de Ramos - Coleta Nacional da Solidariedade



Explicação do Cartaz CF 2014


Entenda o significado do cartaz:
1- O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.
2- Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra na parte superior do cartaz expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.
3- As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior.
4- A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos.

Fonte: http://www.portalkairos.net/campanhadafraternidade/2014/campanhadafraternidade2014_cartazcf2014.asp#ixzz2udyk5tpb