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terça-feira, 7 de março de 2017

Cuidar da obra saída das mãos de Deus deveria ser um compromisso de todo cristão.


Para proteger o meio ambiente, não é necessário ter muito dinheiro ou participar de alguma organização que luta pelo planeta, basta querer e fazer sua parte. A seguir listaremos 10 atitudes que você pode realizar no seu dia a dia para ajudar o planeta!
  1. Não desperdice água. Você já pensou em quanta água é desperdiçada quando tomamos banhos muito demorados ou quando deixamos um vazamento em nossa casa por dias? Atitudes simples podem evitar o desperdício, como a redução do tempo de banho, o aproveitamento da água da chuva, a reutilização da água da máquina de lavar e a lavagem de carro utilizando baldes com água em vez de mangueiras.
  2. Economize energia. Será que é mesmo necessário utilizar o computador e deixar a televisão ligada ao mesmo tempo? Algumas vezes ligamos vários aparelhos eletrônicos que não serão utilizados, gastando uma energia desnecessária.
    Além disso, a lâmpada é um grande problema! Quem nunca deixou lâmpadas acesas mesmo sem ter ninguém no ambiente? Desligar aparelhos que não estão sendo usados, apagar a luz, diminuir o uso de ar-condicionado e trocar lâmpadas por outras mais econômicas são atitudes que podem diminuir o consumo de energia.
  3. Não compre produtos sem necessidade. Trocar o celular a cada novo lançamento é mesmo necessário? Aquele computador realmente precisa ser trocado? Às vezes nos deixamos levar pelo consumismo e compramos várias coisas sem utilidade. Com isso, aumentamos a fabricação de diversos produtos e levamos ao uso excessivo e descontrolado dos recursos naturais.
  4. Separe o lixo. Separar o lixo orgânico do reciclável é essencial para garantir a destinação correta de cada produto. Reciclar um produto é muito melhor para o meio ambiente que fabricar outro, uma vez que economizamos recursos naturais e diminuímos o lixo no planeta.
  5. Não jogue lixo nas ruas. Jogar lixo nas ruas causa poluição, doenças e também o crescimento dos índices de enchentes. Caso não haja lixeira por perto, guarde o lixo até chegar em casa.
  6. Ande mais a pé. Veículos automotores liberam muitos poluentes para a atmosfera, sendo assim, é fundamental, sempre que possível, optar por ir a pé ou quem sabe de bicicleta. Outra alternativa é combinar caronas com os amigos ou utilizar o transporte público.
  7. Reaproveite. Algumas vezes jogamos no lixo objetos que poderiam ser utilizados para outros fins. Seja criativo e evite o aumento de lixo no planeta.
  8. Não compre animais silvestres. Alguns animais silvestres são diferentes e apresentam uma beleza incrível, não é mesmo? Entretanto, nem sempre esses animais podem ser comercializados. Quem compra animais sem registro do IBAMA pode ser multado ou até mesmo preso. Muitos dos animais que são vendidos sem autorização vêm do tráfico de animais, uma prática que ameaça muito a biodiversidade do país.
  9. Evite o uso de produtos descartáveis e sacolas plásticas. O uso desses produtos, apesar de bastante prático, contribui para o aumento da produção de lixo. No que diz respeito ao uso de sacolas plásticas, ao fazer compras, leve sua própria bolsa de pano ou lona para evitar desperdícios.
  10. Repasse as dicas! Espalhar o conhecimento sobre como cuidar da natureza ajuda a formar cidadãos mais preocupados com o meio ambiente. Que tal fazer sua parte e repassar essas ideais?

Por Ma. Vanessa dos Santos

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Missa do 5º Domingo Comum, Sal da terra e luz do mundo

“Somos sal da vida e somos luz para o mundo porque sabemos que Jesus é a nossa fonte inesgotável de sal para a vida eterna.”



Hoje nossa celebração vai nos contar sobre o sabor da vida e sobre ser luz para o mundo .
Eu quero saber qual desses pratos aqui no data show que as crianças mais preferem .( jiló outro de batata frita )
Será que é esse prato de jiló? Ou será esse prato de batata frita?
Mas alguém já tentou comer batata sem sal ?(É gostosa ou ruim ?)
Pois é, crianças, a batata frita sem sal é uma coisa sem graça, sem sabor ,sem vida não é ? Nós não gostamos de comer coisas que não tem sabor …
A batata é gostosa porque nela tem o sal que acentua , por isso ela é saborosa . Sem sal não passa de uma pasta sem sabor. A nossa vida fica assim, sem gosto, quando perdemos o sal , o sal da alegria, o sal do amor para com os outros, porque o sabor da nossa vida, o nosso sal, é o amor . E quando perdemos o amor, nossa vida fica sem graça se iguala uma batata sem sal . E vocês sabem que é que pode retornar a alegria para nossa vida? Quem é tem o maior deposito de sal de vida nova ? Jesus… é Ele quem dá sabor a vida , que nos enche de amor e nos faz brilhar como uma luz sobre a cidade toda, porque aquele que tem amor é luz para os outros, é certeza de caminho aberto , de vida saborosa e cheia de alegria ..

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Edwiges: sempre atenta aos necessitados!!


Na celebração de canonização de Edwiges, no ano de 1267, o Papa Clemente 4º a apresentava como exemplo digno de ser imitado no que se refere à pratica do amor ao próximo. Chegou até a indicar alguns trechos da Escritura em que Edwiges se inspirava para sua assistência social e auxílio dos necessitados.
O Papa disse que Edwiges gravou em seu coração as palavras do Senhor: “Sede pois, misericordiosos 
como também vosso Pai é misericordioso” (Lucas 6, 36). Edwiges espalhava o bem entre os necessitados, com rapidez e decisão, como se tivesse sempre em mente as palavras do Evangelho: “E respondendo, o Rei lhes dirá: ‘Em verdade vos digo que, quantas vezes vós fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim é que o fizestes’” (Mateus 25, 40).
Edwiges ajudava os pobres, cuidava dos doentes e famintos, tratava com carinho e atenção às parturientes e jamais esquecia as viúvas e órfãos. Em qualquer parte onde pudesse perceber necessidades e falta de recursos, acorria em auxílio, guiada pelo amor de seu coração. E não fazia isto como outras princesas ou rainhas que mandavam seus serviçais, mas sim ia pessoalmente e apresentava sua ajuda, seguindo as palavras do Mestre que diz: “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mateus 5, 7).
A Duquesa Edwiges tinha como princíío que nenhum dos pobres e necessitados sofresse fome no castelo ducal de Wroclaw. Isto motivou-a a construir uma cozinha para os pobres sob a direção de um cozinheiro experiente. Para os que tinham forme havia um cozinheiro e auxiliares à vontade.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

“Na vida de fé o excesso de confiança na norma”, adverte o Papa Francisco, “pode sufocar o valor da memória e o dinamismo do Espírito”.

Papa Francisco \ Missa Santa Marta

Papa: Igreja é livre na profecia e não num sistema de normas

Francisco durante a homilia - OSS_ROM
30/05/2016 10:40
Cidade do Vaticano (RV) - “Em seu caminho de fé, a Igreja e todo cristão devem cuidar para não se fechar num sistema de normas, mas abrir espaço para a memória dos dons recebidos por Deus, ao dinamismo da profecia e ao horizonte da esperança”.
 
Foi o que disse o Papa Francisco na homilia da missa celebrada nesta segunda-feira, (30/05), na Casa Santa Marta.
A estrutura da lei que delimita tudo e o sopro libertador da profecia que impulsiona para além dos confins.
“Na vida de fé o excesso de confiança na norma”, adverte o Papa Francisco, “pode sufocar o valor da memória e o dinamismo do Espírito”.
Jesus, no Evangelho do dia demonstra este assunto aos escribas e fariseus com a parábola dos vinhateiros homicidas.
Os agricultores resolveram se revoltar contra o patrão que plantou e arrendou a vinha para eles, espancando e matando os empregados que o patrão enviava para receber a sua parte dos frutos da vinha.
O cúmulo do drama ocorreu quando mataram o único filho do patrão, pensando que herdariam toda a propriedade.
Casuística e liberdade
Matar os empregados e filho, imagem dos profetas da Bíblia e de Cristo, “mostra a imagem de um povo fechado em si mesmo, que não se abre para as promessas de Deus, que não espera as promessas de Deus”, disse o Papa.
“Um povo sem memória, sem profecia e sem esperança”. Aos chefes do povo, em particular, interessa erguer um muro de leis, “um sistema jurídico fechado”, e nada mais:
“A memória não interessa. A profecia: melhor que não venham os profetas! E a esperança? Cada um irá ver. Este é o sistema com o qual eles legitimam: doutores da lei, teólogos que sempre caminham na estrada da casuística e não permitem a liberdade do Espírito Santo. Não reconhecem o dom de Deus, o dom do Espírito e engaiolam o Espírito, porque não permitem a profecia na esperança.”
Este é o sistema religioso do qual fala Jesus. “Um sistema de corrupção, mundanidade e concupiscência”, diz São Pedro na Primeira Leitura.
A memória liberta
No fundo, reconheceu o Papa, “o próprio Jesus é tentado a perder a memória da sua missão, de não dar lugar à profecia e de preferir a segurança à esperança”, isto é, a essência das três tentações que sofreu no deserto. Então Francisco observou:
“Por conhecer a tentação, Jesus repreende essas pessoas: ‘Vocês percorrem o mundo para fazer um prosélito e quando o encontram, o fazem escravo’. Este povo assim organizado, esta Igreja assim organizada faz escravos! E assim se entende como Paulo reage quando fala da escravidão da lei e da liberdade que a graça oferece. Um povo é livre, uma Igreja é livre quando tem memória, quando dá lugar aos profetas, quando não perde a esperança”.
Coração aberto ou engaiolado?
A vinha bem organizada, destacou o Papa, é “a imagem do povo de Deus, a imagem da Igreja e também a imagem da nossa alma” que o Pai cuida sempre com “tanto amor e tanta ternura”. Rebelar-se a Ele, como para os agricultores homicidas, é “perder a memória do dom” recebido por Deus. “Para recordar e não errar no caminho”, é importante “voltar sempre às raízes”:
“Eu tenho memória das maravilhas que o Senhor fez na minha vida? Tenho memória dos dons do Senhor? Eu sou capaz de abrir o coração aos profetas, isto é, a quem me diz ‘assim não dá, tem que ir para lá; vai avante, arrisque? É o que os profetas fazem… Eu estou aberto a isso ou sou temeroso e prefiro me fechar na gaiola da lei? E por fim: eu tenho esperança nas promessas de Deus, como teve nosso pai Abraão, que saiu da sua terra sem saber para onde ir somente porque acreditava em Deus? Nos fará bem fazer essas três perguntas …”.
 (MJ/BF)

terça-feira, 12 de maio de 2015

Ser como Cristo é ser cristão



Ser como Cristo é ser cristão. Há uma explosividade revolucionária nesta proposta. Quando um discípulo vive a sua vida inteiramente para Deus, andando de mãos dadas com o Jesus para quem Deus é tudo, o poder ilimitado do Espírito Santo é libertado(...)

Nos anos que estão por vir nada há de mais importante do que ver a raça humana provida de uma comunidade de discípulos autênticos que, como Aquele que seguem, vivem inteiramente para Deus. Deus nos chama para essa extraordinária vida de discipulado. Não como um ideal simpático, mas como um programa de vida sério, concreto e realista para ser vivido aqui e agora por mim e por ti.

Isso é algo radicalmente diferente da religião branda e convencional(...) As nossas igrejas estão cheias de pessoas amáveis e respeitáveis. Temos abundância de cristãos para seguir Jesus na primeira metade do caminho. Muitos de nós tornaram-se tão indiferentes e convencionalmente religiosos quanto os religiosos de há dois mil anos atrás, cuja frouxidão, mediocridade e falta de paixão Jesus Cristo e os seus discípulos atacaram com todo o entusiasmo de uma nova descoberta e com toda a energia de construtores do Reino de Deus na terra. 

Uma vida vivida inteiramente para Deus é notavelmente bem alicerçada. As tuas alegrias são genuínas, a tua paz não-superficial, a tua humildade profunda, o teu poder formidável, o teu amor abrangente, a tua simplicidade como a de uma criança confiante. São a vida e o poder de Jesus de Nazaré, que ensinava que quando o olho é íntegro o corpo inteiro está cheio de luz.

Brennan Manning, in "A assinatura de Jesus"

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Porto Alegre: Romaria de Nossa Senhora Mãe de Deus reunirá fiéis no primeiro dia de 2015


Que tal passar o primeiro dia do ano renovando a fé, junto com Nossa Senhora Mãe de Deus? Essa é a proposta da 27ª Romaria Arquidiocesana de Nossa Senhora Mãe de Deus, que acontecerá no dia 1º de janeiro, em Porto Alegre. O evento é promovido pelo Missionários Redentoristas. A Missa Solene será presidida por Dom Agenor Girardi, bispo auxiliar da arquidiocese.
 

Neste ano, os fiéis vão refletir sobre a paz na cidade. Não por acaso, o primeiro dia do ano é feriado da confraternização universal e Dia Mundial da Paz. Para esta data, o Papa dirige mensagem a toda a Igreja e governantes. Neste ano, a luta contra o trabalho escravo e tráfico humano está refletido na mensagem “Não mais escravos, mas irmãos”. (Clique Aqui e leia a mensagem).

Na Romaria da Mãe de Deus, os fiéis são convidados a caminharem com a Mãe de Jesus rezando pela paz na cidade, no país e nas famílias. A programação será inicia às 16h com a acolhida dos fiéis na Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, junto ao Hospital Divina Providência. Às 16h30min, os fiéis saíram em caminhada, morro acima, até o Santuário Arquidiocesano, quando será celebrada a missa solene na parte externa do templo.

Segundo Pe. Toninho Dezidério, celebrar Maria, sob o título de Nossa Senhora Mãe de Deus, é lembrar a profunda ligação da jovem de Nazaré com a salvação oferecida por Jesus: “Maria de Nazaré, a Santa mãe de Deus, a Maria de tantos nomes que conhecemos é o ponto central da história da salvação. Por Maria nos veio Jesus Cristo, nos veio Deus feito gente. Se Deus é amor, Jesus Cristo é o amor de Deus feito homem, nascido de Maria. Se Deus é misericórdia, Jesus é a misericórdia de Deus feito gente, nascido da Virgem Maria. Podemos dizer que Maria é a Mãe do amor e da misericórdia, a mãe do perdão, a mãe da paz” disse.

Nossa Senhora Mãe de Deus é a padroeira da Arquidiocese de Porto Alegre.
 

PROGRAMAÇÃO:
27ª Romaria de Nossa Senhora Mãe de DeusSantuário Arquidiocesano – Morro da Glória

16h – Acolhida dos fiéis
16h30min – Saída da Romaria em direção ao Santuário Arquidiocesano
18h – Missa Solene

Saiba Mais:
Santuário Arquidiocesano Mãe de DeusRua Santuário, número 400, bairro Belém Velho
Porto Alegre/RS - Fone: (51) 3318.4627
Site: www.santuariomaededeus.org

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Às vezes, apenas “dizemos orações”com os lábios.

- O que a Palavra diz?
Leio atentamente, na Bíblia,  Lc 11,1-4.
Um dia Jesus estava orando num certo lugar. Quando acabou de orar, um dos seus discípulos pediu:
- Senhor, nos ensine a orar, como João ensinou os discípulos dele.
Jesus respondeu:
- Quando vocês orarem, digam:
"Pai, que todos reconheçam que o teu nome é santo.
Venha o teu Reino. Dá-nos cada dia o alimento que precisamos.
Perdoa os nossos pecados, pois nós também perdoamos
todos os que nos ofendem.
E não deixes que sejamos tentados."
Neste texto Jesus nos ensina a orar, respondendo à solicitação dos discípulos.  Propõe uma oração breve. Mais breve que a de Mateus (Mt 6,9-15). Esta oração do Pai Nosso  traduz a experiência do povo, suas provações no deserto, o maná de cada dia, a vontade de Deus, o seu reinado. Apresenta cinco pedidos ao invés de sete. Indica a atitude que devemos assumir ao orar: não ficar repetindo fórmulas, muito menos de forma longa. E ainda, ter atitude de confiança no Pai que já sabe tudo de que necessitamos. A invocação "Pai" ilumina o restante:
- que seja respeitado o nome de Deus que é Pai;
- que venha o Reino de Deus isto é, que Deus seja quem orienta e rege a história;
- pede o alimento de cada dia; se é o pão quotidiano refere-se à nossa vida aqui; se é o pão de amanhã, refere-se à vida eterna.
- Perdoa os nossos pecados,  pois nós também perdoamos todos os que nos ofendem.
- E não deixes que sejamos tentados.
O perdão não depende apenas de nosso querer. É dom de Deus que ele nos oferece e que devemos acolher.
Thomas Merton diz que, assim como somos, rezamos. E diz mais: “O homem que não reza, é alguém que tentou fugir de si mesmo, porque fugiu de Deus”.

2. Meditação(Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Às vezes, apenas “dizemos orações”com os lábios.
Nosso coração, nossos sentimentos e pensamentos estão distantes.
Jesus nos ensina, de maneira muito simples, a orar:
1º Assumir a atitude de filhos e irmãos: Pai nosso.
2º Reconhecer o nome de Deus como “santo”.
3º Pedir que o Reino de Deus se instaure entre nós.
4º Dispor-nos a fazer a vontade de Deus.
5º Fazer os pedidos para o dia-a-dia: o pão, o perdão, a libertação de toda tentação e mal.
Os bispos, na V Conferência, em Aparecida, disseram: “Nos diferentes momentos da luta cotidiana, muitos recorrem a algum pequeno sinal do amor de Deus: um crucifixo, um rosário, uma vela que se acende para acompanhar um filho em sua enfermidade, um Pai Nosso recitado entre lágrimas, um olhar entranhável a uma imagem querida de Maria, um sorriso dirigido ao Céu em meio a uma simples alegria.” (DAp 261).

segunda-feira, 31 de março de 2014

O drama da "cegueira interior" de quem recusa ser iluminado por Jesus: Papa ao Angelus, comentando o episódio do cego de nascença

2014-03-30 Rádio Vaticana
O drama da “cegueira interior” de quem não reconhece Jesus como Luz do mundo foi sublinhado pelo Papa neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, comentando antes da oração do Angelus, o Evangelho da cura do cego de nascença proposto pela liturgia.
Trata-se do longo capítulo 9 do Evangelho segundo São João, que inicia com um cego que passa a ver e se conclui com gente que presume ver mas que se obstinam em permanecer cegos na alma. O milagre da cura do cego é contado em dois versículos apenas – fez notar o Papa. O evangelista quer centrar as atenções não tanto na cura em si, mas nas discussões que esta suscita.

“No final, o cego curado chega à fé, e esta é a maior graça que lhe é feita por Jesus: não só ver, mas conhecê-Lo a Ele, que é a luz do mundo”. “Ao mesmo tempo que o cego se aproxima gradualmente da luz, os fariseus, pelo contrário, vão-se afundando cada vez mais na cegueira interior.”
“Fechados na sua presunção, crêem ter já a luz; e por isso não se abrem à verdade de Jesus. Fazem tudo para negar a evidência” – fez notar o Papa, que observou ainda que o caminho do cego é um percurso com etapas. É só no final que Jesus volta a dar a vista ao que tinha sido cego e que entretanto tinha sido expulso do Templo. “Jesus encontra-o de novo e abre-lhe os olhos pela segunda vez, revelando-lhe a própria identidade. E então aquele que tinha sido cego exclama ‘Creio, Senhor!’ e prostra-se diante de Jesus”.
“O drama da cegueira interior de tanta gente, também de nós!... A nossa vida por vezes é semelhante à do cego que se abriu à luz, a Deus e à sua graça. Por vezes, infelizmente, é um pouco como a dos fariseus: do alto do nosso orgulho julgamos os outros, até mesmo o Senhor. Hoje somo s convidados a abrir-nos à luz de Cristo, para dar fruto na nossa vida, para eliminar os comportamentos que não são cristãos”.
De entre os muitos grupos de peregrinos presentes hoje na praça de São Pedro saudados pelo Papa, não faltou hoje um grupo de “emigrados portugueses de Londres”… Mencionados também, com apreço, militares italianos que realizaram uma longa peregrinação a pé do santuário de Loreto a Roma, rezando pela resolução justa e pacífica dos contenciosos. “Felizes os construtores da paz!” – foi a bem-aventurança evocada a este propósito pelo Papa, que se despediu sugerindo aos presentes que, ao voltar a casa, tomassem o Evangelho para ler e meditar integralmente o episódio evangélico hoje proposto pela liturgia: o capítulo 9 de São João.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Papa: "Quem confia em si mesmo, e não em Deus, está fadado à infelicidade"

2014-03-20 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O homem que confia em si mesmo, nas próprias riquezas ou nas ideologias, está fadado à infelicidade: palavras do Papa na manhã desta quinta-feira, durante a Missa na Casa Santa Marta.
Em sua homilia, o Papa comentou a primeira leitura do dia, extraída do Livro de Jeremias, que declara “bendito o homem que se fia no Senhor”: “é como uma árvore plantada junto da água”, que não para de produzir frutos no ano da seca.

A nossa confiança está somente no Senhor, disse Francisco. Não precisamos de outras coisas, de outras ideologias. Do contrário, o homem se fecha em si mesmo, “sem horizontes, sem portas abertas e sem salvação”. É o que acontece ao rico do Evangelho, eu não percebeu que ao lado de sua casa havia um pobre. O pobre sabemos que se chamava Lázaro, mas o rico “não tem nome”:
E esta é a maldição mais forte de quem confia em si mesmo ou em suas forças, nas possibilidades dos homens e não em Deus: perder o nome. Qual seu nome? Conta número tal, no banco tal. Qual seu nome? Muitas propriedades, muitas casas... Qual seu nome? As coisas que temos, os ídolos. É amaldiçoado o homem que confia nisso.

“Todos nós temos esta fraqueza – afirmou o Papa –, esta fragilidade de depositar as nossas esperanças em nós mesmos ou nos amigos, ou somente nas possibilidades humanas e nos esquecemos do Senhor. E isso nos leva ao caminho da infelicidade”:

Hoje, neste dia de Quaresma, nos fará bem questionar: onde está a minha confiança? No Senhor, ou sou um pagão que confio nas coisas, nos ídolos que fiz? Ainda tenho um nome ou comecei a perder o nome e me chamo ‘Eu? Eu, mim, comigo, para mim, somente eu? Para mim, para mim… sempre aquele egoísmo: ‘Eu’. Isso não nos dá a salvação.

Todavia, observou Francisco, “no final há uma porta de esperança” para os que confiam em si mesmos e “perderam o nome”:
No final, no final sempre existe uma possibilidade. E este homem, quando percebeu que tinha perdido o nome, tinha perdido tudo, tudo, levanta os olhos e diz um só palavra: ‘Pai’. E a resposta de Deus é uma só palavra: ‘Filho!’. Se alguns de nós na vida, de tanto confiar no homem e em nós mesmos, acabamos por perder o nome, por perder esta dignidade, ainda existe a possibilidade de dizer esta palavra que é mais do que mágica, é mais forte: ‘Pai’. Ele sempre nos espera para abrir uma porta que nós não vemos, e nos dirá: ‘Filho’. Peçamos ao Senhor a graça que a todos nós dê a sabedoria de confiar somente Nele, não nas coisas, nas forças humanas, somente Nele”.
(BF)

segunda-feira, 17 de março de 2014

O primeiro dever de cada cristão é alimentar a própria fé: Escutar Jesus! “Mas, Padre, eu escuto Jesus, escuto-o tanto”. “Sim? O que é que escutas?

2014-03-17 Rádio Vaticana
O primeiro dever de cada cristão é nutrir a própria fé. Esta a recomendação do Papa na Missa de ontem à tarde, na igreja de Santa Maria da Oração de Setteville di Guidonia, paróquia a cerca de vinte quilómetros a nordeste de Roma, a quinta visita do Papa Francisco neste primeiro ano de pontificado, ao longo da qual se encontro com pessoas idosas, deficientes físicos e com as comunidades neocatecumenais.
Deve-se escutar Jesus para tornar mais forte a fé, e olhar para Jesus para preparar os olhos para a bela contemplação da sua face. O Papa, no dia do Evangelho da Transfiguração, recordou aos fiéis o primeiro deve dos cristãos:

Quais são os deveres do cristão? Eventualmente me direis: ir à Missa nos domingos; fazer o jejum e a abstinência na Semana Santa; fazer isso… Mas, o primeiro dever do cristão é escutar a Palavra de Deus, escutar Jesus, porque Ele nos fala e nos salva com a sua Palavra. E Ele faz também mais robusta e mais forte a nossa fé, com aquela Palavra. Escutar Jesus! “Mas, Padre, eu escuto Jesus, escuto-o tanto”. “Sim? O que é que escutas?”. “Mas escuto a rádio, escuto a televisão, escuto o palavreado das pessoas…”. escreveu: tantas as coisas que nós escutamos durante o dia, tantas coisas… Mas faço-vos uma pergunta: tomamos um pouco de tempo, cada dia, para escutar Jesus, para escutar a Palavra de Jesus?

Como dissera já ao Angelus, o Papa sugeriu um modo de alimentar a fé, todos os dias: trazendo sempre consigo um Evangelho, lendo todos os dias uma passagem, para fazer entrar a palavra de Jesus no coração e nos revigorar na fé.
O Santo Padre passou em seguida à segunda das duas graças que se pedem, na oração: a graça da purificação dos olhos, dos olhos no nosso espírito, para os preparar para a vida eterna:

"Eu sou convidado a escutar Jesus e Jesus manifesta-se, e com a sua Transfiguração convida-nos a olhar para Ele. E olhar para Jesus purifica os nossos olhos e prepara-os para a vida eterna, para a contemplação do Céu. Talvez os nossos olhos estão um tanto quanto doentes, porque vemos tantas coisas que não são de Jesus, e que eventualmente são contra Jesus: coisas mundanas, coisas que não fazem bem à luz da alma. E assim essa luz apaga-se lentamente e, sem saber, acabamos por cair na escuridão interior, na escuridão espiritual, na escuridão da fé: uma escuridão, porque não estamos habituados a olhar, a imaginar as coisas de Jesus."

sábado, 15 de março de 2014

"Hoje, o jejum mais significativo se chama … sobriedade … privar-se voluntariamente de pequenas ou grandes comodidades, daquilo que é inútil e por vezes danoso à saúde.

 
Primeira pregação quaresmal de Frei Cantalamessa: precisamos de um retorno à interioridade
◊   Cidade do Vaticano (RV) - Encontrar tempos para o silêncio, praticar o jejum não somente do alimento, mas também dos excessos do bem-estar, vencer aquilo que desvia da vontade de Deus. A Quaresma do cristão deve ser feita disso, disse o frade capuchinho, Pe. Raniero Cantalamessa, na primeira das meditações propostas à Cúria Romana.

O pregador da Casa Pontifícia ofereceu na manhã desta sexta-feira, na Capela Redemptoris Mater do Palácio Apostólico, uma reflexão sobre o sentido dos quarenta dias que precedem a Páscoa. Nas próximas sextas-feiras, na presença do Papa, desenvolverá as grandes verdades da fé recorrendo aos ensinamentos dos Padres da Igreja Latina.

Do Evangelho à vida de cada um de nós: se Jesus apartou-se no deserto durante 40 dias, jejuou e ali foi também tentado, o que cabe a nós fazer para imitá-lo? O religioso franciscano fez a transposição dos gestos de Cristo para o nosso hoje; assim, para nós, ir para o deserto é escolher tempos de silêncio, encontrar espaços para nós mesmos, reencontrar a parte mais verdadeira de si colocando-se diante de Deus. Em suma, é o apelo do retorno ao coração, lançado por Santo Agostinho:

Portanto, voltar ao coração significa voltar àquilo que há de mais pessoal e mais íntimo em nós. Infelizmente, a interioridade é um valor em crise... existem causas remotas, por assim dizer, para essa nossa dificuldade de reentrar em nós mesmos e a mais universal é o fato que nós somos compostos de alma e corpo, de espírito e matéria e, portanto, somos como um plano inclinado, mas inclinado para baixo, não para o alto, ou seja, inclinado para o exterior, para o multíplice, o visível..., sobretudo nós, clero e vida consagrada, precisamos de um retorno à interioridade."

E então é preciso abandonar o fragor, as distrações, as diferentes formas da cultura moderna, os instrumentos da tecnologia e, portanto, revistas, livros, tv, internet e dispositivos digitais que invadem a intimidade do coração, dissipam as nossas energias. Esse se torna o jejum a ser praticado hoje. Jesus privou-se do alimento, nossa época requer um jejum diferente:

"Hoje, o jejum mais significativo se chama … sobriedade … privar-se voluntariamente de pequenas ou grandes comodidades, daquilo que é inútil e por vezes danoso à saúde. Esse jejum é solidariedade com os pobres ... um tal jejum é contestação a uma mentalidade consumista, num mundo que fez da comodidade, do usar, do uso, do comprar, a sua finalidade, o mecanismo que mantém de pé todo o sistema. Privar-se de algo não estritamente necessário, do objeto de maior luxo, é mais eficaz, talvez, que infligir-se penitências escolhidas por si mesmo."

O pregador da Casa Pontifícia recomenda, sobretudo, o jejum das imagens, daquelas que veiculam violência, sensualidade, que investem nos instintos mais baixos e que dão uma falsa ideia da vida, porque ilustram um mundo bonito, sadio e perfeito, rico de coisas a ponto de induzir à rebelião aqueles que não têm o que é insistentemente mostrado:

"Outro jejum alternativo é o jejum das palavras nocivas. Não são somente blasfêmias, naturalmente, nem mesmo somente palavrões; são as palavras pungentes, negativas, que evidenciam sempre o aspecto mais frágil do irmão, que geram desconfiança ou alimentam desconfiança e, portanto, semeiam discórdia."

Deve-se, então, evitar aquilo que pode gerar descontentamento, frustração e ressentimento, ou neutralizar o efeito das palavras que ferem pedindo desculpas. Por fim, Frei Cantalamessa recordou que também nós sofremos as tentações de Satanás, propriamente como Jesus no deserto. Inteligência perversa e geradora de perversão, o Diabo usa coisas boas como instrumentos para separar o homem de Deus.

Então o dinheiro é uma coisa boa, se usado corretamente, e a sexualidade é um dom de Deus, mas se levados ao excesso se transformam em ídolos e se tornam destrutivos. Então ir para o deserto é buscar um diálogo profundo com Deus separando-se de tudo, explicou Pe. Cantalamessa.

"Deus quis em Cristo assumir um rosto humano, um coração humano, para ajudar-nos a amá-lo como nós sabemos amar – concluiu o pregador da Casa Pontifícia –; o Espírito Santo que impeliu Jesus para o deserto, hoje nos impele também a nós para o deserto, para reencontrar-nos com Deus." (RL)