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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Papa: o cristão reza pelo seu inimigo e o ama!!!





"A oração mafiosa é: 'Você me paga'. A oração cristã é: 'Senhor, dê-lhe a sua bênção e ensine-me a amá-lo'. Pensemos num inimigo: todos temos um. Pensemos nele. Rezemos por ele. Peçamos ao Senhor a graça de amá-lo", disse o Papa na homilia.
Gabriella Ceraso – Cidade do Vaticano
O perdão, a oração e o amor por que quem nos quer destruir, pelo nosso inimigo. Assim foi a homilia do Papa Francisco na missa celebrada na capela da Casa Santa Marta esta terça-feira (19/06).
Comentando o trecho proposto pela Leitura do dia, extraído do Evangelho de Mateus, o Papa admitiu a dificuldade humana em seguir o modelo do nosso Pai celeste e propôs novamente o desafio do cristão, isto é, de pedir ao Senhor a “graça” de saber “abençoar os nossos inimigos” e nos comprometer a amá-los.

Perdoar para ser perdoados

“Nós sabemos que devemos perdoar os nossos inimigos”, afirmou o Papa, nós dizemos isso todos os dias no Pai-Nosso. Pedimos perdão assim como nós perdoamos: é uma condição…", embora não seja fácil. Assim como “rezar pelos outros”, por aqueles que nos dão problemas, que nos colocam à prova: também isto é difícil, mas o fazemos. Ou pelo menos muitas vezes conseguimos fazê-lo ":
Mas rezar por aqueles que querem me destruir, os inimigos, para que Deus os abençoe: isso é realmente difícil de entender. Pensemos no século passado, os pobres cristãos russos que somente pelo fato de serem cristãos eram enviados para a Sibéria para morrer de frio: e eles deveriam rezar pelo governante carrasco que os enviava ali? Mas como é possível? E muitos o fizeram: rezaram. Pensemos em Auschwitz e em outros campos de concentração: eles deveriam rezar por este ditador que queria a raça pura e matava sem escrúpulo, e rezar para que Deus os abençoasse! E muitos fizeram isso.

Aprender com a lógica de Jesus e dos mártires

É a difícil lógica de Jesus, que no Evangelho está contida na oração e na justificação daqueles que “o mataram” na cruz: “perdoa-os Pai, porque não sabem o que fazem”. Jesus pede perdão para eles, recordou o Papa, assim como fez como Santo Estevão no momento do martírio:

Mas quanta distância, uma infinita distância entre nós que muitas vezes não perdoamos pequenas coisas, e isso que nos pede o Senhor e de qual sempre nos deu exemplo: perdoar aqueles que tentam nos destruir. Nas famílias, às vezes, é muito difícil perdoarem-se os cônjuges depois de alguma briga, ou perdoar a sogra também: não é fácil. O filho pedir perdão ao pai é difícil. Mas perdoar os que o estão matando, que querem eliminá-lo … Não somente perdoar: rezar por eles, para que Deus os proteja! E mais: amá-los. Somente a palavra de Jesus pode explicar isso. Eu não consigo ir além.

Pedir a graça de ser perfeito como o Pai

Portanto, destacou Francisco, é a graça de pedir para entender algo deste mistério cristão e ser perfeitos como o Pai, que dá todos os seus bens aos bons e aos maus. O Papa concluiu afirmando que nos fará bem pensar nos nossos inimigos, pois todos nós temos algum:
Hoje, nos fará bem pensar num inimigo – creio que todos nós temos um -, alguém que nos fez mal ou que nos quer fazer mal ou tenta nos prejudicar: pensar nesta pessoa. A oração mafiosa é: “Você me paga”. A oração cristã é: “Senhor, dê-lhe a sua bênção e ensine-me a amá-lo”. Pensemos num inimigo: todos temos um. Pensemos nele. Rezemos por ele. Peçamos ao Senhor a graça de amá-lo.
Ouça a reportagem com a voz do Papa Francisco
Veja um trecho da homilia do Santo Padre

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Papa: ouvido, coração e mãos: o itinerário da Palavra de Deus

Papa na Audiência GeralPapa na Audiência Geral  (Vatican Media)

fonte: radio vaticano

"A Palavra de Deus faz um caminho dentro de nós. A escutamos com os ouvidos, passa pelo coração, não permanece nos ouvidos, deve ir ao coração e do coração passa às mãos, às boas obras. Este é o percurso que faz a Palavra de Deus: dos ouvidos ao coração e às mãos", disse o Santo Padre.
Cidade do Vaticano
"Como poderíamos enfrentar a nossa peregrinação terrena, com as suas dificuldades e as suas provas, sem ser regularmente nutridos e iluminados pela Palavra de Deus que ressoa na liturgia?"
Ao dar continuidade a sua série de catequeses sobre a Santa Missa, o Papa Francisco falou na Audiência Geral desta quarta-feira, a 4ª de 2018 e a 213ª de seu Pontificado, sobre a Liturgia da Palavra, "que é uma parte constitutiva porque nos reunimos justamente para escutar o que Deus fez e pretende ainda fazer em nós".
"É uma experiência que acontece "ao vivo" e não por ouvir dizer - explicou o Santo Padre aos fiéis presentes na Praça São Pedro - porque quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é Deus mesmo que fala ao seu povo e Cristo, presente na sua palavra, anuncia o Evangelho".
O Papa alertou então, que muitas vezes enquanto se lê a Palavra de Deus, se fazem comentários sobre como o outro se veste ou se comporta. Ao invés disto, "devemos escutar, abrir o coração porque é o próprio Deus que nos fala e não pensar em outras coisas ou em falar de outras coisas. Entenderam? Não acredito que aconteça muito, mas explicarei o que acontece nesta Liturgia da Palavra":
"As páginas da Bíblia deixam de ser um escrito para tornarem-se palavra viva, pronunciada por Deus. É Deus que por meio do que se lê nos fala e interpela a nós que escutamos com fé (...). Mas para escutar a Palavra de Deus, é preciso ter também o coração abertopara receber a palavra no coração. Deus fala e nós nos colocamos em escuta, para depois colocar em prática o que ouvimos. É muito importante ouvir. Algumas vezes não entendemos bem porque existem algumas leituras um pouco difíceis. Mas Deus nos fala o mesmo em outro modo: em silêncio e ouvir a Palavra de Deus. Não esqueçam isto. Na Missa, quando começam as leituras, ouçamos a Palavra de Deus".
"Temos necessidade de escutá-lo!", enfatizou o Papa. "É de fato uma questão de vida, como bem recorda a incisiva expressão «nem só de pão o homem viverá, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus»".
Neste sentido, "falamos da  Liturgia da Palavra como da "mesa" que o Senhor prepara para alimentar a nossa vida espiritual".
A mesa litúrgica é abundante, "abre mais largamente os tesouros da Bíblia", do Antigo e no Novo Testamento, porque neles é anunciado pela Igreja o único e idêntico mistério de Cristo:
"Pensemos na riqueza das leituras bíblicas oferecidas pelos três ciclos dominicais que, à luz do Evangelhos Sinóticos, nos acompanham no decorrer do ano litúrgico, uma grande riqueza".
O Papa chamou a atenção para a importância do Salmo responsorial, "cuja função é favorecer a meditação do que foi escutado na leitura que o precede".
"É bom que o Salmo seja valorizado com o canto, ao menos  do refrão", observou Francisco, acrescentando que também as leituras dos dias feriais constituem "um grande nutrimento para a vida cristã".
O Santo Padre explicou então que "as leituras da Missa, variadamente ordenadas segundo as diferentes tradições do Oriente e Ocidente, estão contidas nos Lecionários":
"A proclamação litúrgica das mesmas leituras, com os cantos deduzidos da Sagrada Escritura, exprime e favorece a comunhão eclesial, acompanhando o caminho de todos e de cada um".
Neste sentido - explica - "se entende porque escolhas subjetivas, como a omissão de leituras e a sua substituição com textos não bíblicos são proibidas":
"Isto de fato empobrece e compromete o diálogo entre Deus e o seu povo em oração. Pelo contrário, a dignidade do ambão e o uso do lecionário, a disponibilidade de bons leitores e salmistas. Mas busquem bons leitores, eh!, aqueles que sabam ler, não aqueles que leem e não se entende nada, eh! é assim, eh! Bons leitores, eh! Devem se preparar e ensaiar antes da Missa para ler bem. E isto cria um clima de silêncio receptivo".
A Palavra do Senhor é uma ajuda indispensável para não nos perdermos, nos nutre e nos ilumina, nos ajudando assim a enfrentarmos as dificuldades e as provas de nossa peregrinação terrena.
Mas "não basta ouvir com os ouvidos, sem acolher no coração a semente da divina Palavra, permitindo a ela de dar fruto":
"A ação do Espírito, que torna eficaz a resposta, tem necessidade de corações que se deixem trabalhar e cultivar, de modo que aquilo que é ouvido na Missa passe para a vida cotidiana, segundo a advertência do apóstolo Tiago: «Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos»."
"A Palavra de Deus faz um caminho dentro de nós. A escutamos com os ouvidos, passa pelo coração, não permanece nos ouvidos, deve ir ao coração e do coração passa às mãos, às boas obras. Este é o percurso que faz a Palavra de Deus: dos ouvidos ao coração e às mãos. Aprendamos estas coisas. Obrigado.”

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Papa: oração, paciência e esperança nos momentos sombrios


Papa: oração, paciência e esperança nos momentos sombrios
09/06/2017 10:55
Cidade do Vaticano (RV) – No momentos mais difíceis, de tristeza e de dor, também diante dos insultos, é preciso escolher o caminho da oração, da paciência e da esperança em Deus, sem cair na enganação da vaidade. Foi o que disse o Papa na missa matutina (09/06) na Casa Santa Marta.
 
Em sua homilia, Francisco comentou a primeira leitura, extraída do Livro de Tobias. O Papa comentou a história “normal” de um sogro e de uma nora: Tobit – o pai de Tobias, que se tornou cego - e Sara, sua nora, acusada no passado de ter sido responsável pela morte de alguns homens. Um trecho, explicou o Pontífice, em que se compreende de que modo o Senhor leva avante “a história” e “a vida das pessoas, inclusive a nossa”. Tobit e Sara, prosseguiu, viveram de fato “momentos difíceis” e “momentos belos”. Tobit era “perseguido”, “insultado” por sua mulher, que porém – acrescentou o Papa – não era uma mulher má, “trabalhava para levar a casa para frente porque ele era cego”. E também Sara era insultata, sofrendo “muito”. Naqueles momentos, os dois pensaram que era "melhor morrer”.
“Todos nós passamos por momentos difíceis, duros, não tão difíceis como este, mas nós sabemos o que se sente num momento difícil, de dor, no momento das dificuldades, nós sabemos. Mas ela, Sara, pensa: ‘Mas se eu me enforcar provocarei sofrimento para os meus pais?’ e para e reza. E Tobit diz: ‘Mas esta é a minha vida, vamos para frente’, e reza. E esta é a atitude que nos salva nos momentos difíceis: a oração. A paciência: porque os dois são pacientes com a própria dor. E a esperança que Deus nos ouça e faça passar esses momentos difíceis. Nos momentos de tristeza, pouca ou muita, nos momentos sombrios:: oração, paciência e esperança. Não esqueçam isto”.
Depois, há também momentos bonitos na sua história. Mas o Papa sublinha que não se trata de um “final feliz” de um romance:
“Após a prova, o Senhor está próximo a eles e os salva. Mas há momentos bonitos, autênticos, como este, não aqueles momentos com beleza maquiada, que é tudo artificial, um fogo-de-artifício, mas não é a beleza da alma. E o que fazem os dois nos momentos bons? Dão graças a Deus, alargam o seu coração na oração de agradecimento”.
O Pontífice exorta então a nos perguntarmos se nas diferentes situações de nossas vidas somos capazes de discernir o que acontece em nossa alma, entendendo que os maus momentos são “a cruz” e é necessário “rezar”, ser paciente e ter pelo menos um pouquinho de esperança”: é preciso evitar cair “na vaidade”, porque “o Senhor está sempre ao nosso lado”, quando nos dirigimos a Ele “em oração”, agradecendo, além do mais, pela alegria que ele nos deu. Sara com discernimento, entendeu que não devia se enforcar; Tobit entendeu que devia “esperar, na oração, na esperança, a salvação do Senhor”. O convite de Francisco é, portanto, reler estas passagens da Bíblia:
“Quando, neste fim de semana, lermos este livro, vamos pedir a graça de saber discernir o que acontece nos maus momentos de nossas vidas e como ir avante, e o que acontece nos momentos bons e não se deixar enganar pela vaidade”. (BF-SP)

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O Papa : É preciso ter paciência, retomou o Papa, "suportar os defeitos dos outros, as coisas que eu não gosto"

Papa: cristãos rejeitem lutas e ciúmes, construir unidade na Igreja

Papa Francisco durante a Santa Missa na Casa Santa Marta - OSS_ROM
21/10/2016 11:40
Cidade do Vaticano (RV) - Humildade, ternura, generosidade. Na missa da manhã desta sexta-feira na Casa Santa Marta, o Papa Francisco indicou esses três pontos-chave para construir a unidade na Igreja. Mais uma vez, o Papa exortou os cristãos a rejeitarem os ciúmes, as invejas e as lutas.
 
“A paz esteja convosco”. O Papa Francisco desenvolveu a sua homilia sublinhando que a saudação do Senhor “cria uma ligação”, um vínculo de paz. Uma saudação, retomou, que “nos une para fazer a unidade do Espírito”. “Se não há paz - observou - se não formos capazes de nos cumprimentar no sentido mais amplo da palavra, ter o coração aberto com espírito de paz, nunca mais haverá a unidade”.
O espírito do mal semeia guerras, os cristãos evitem lutas
E isso, disse Francisco, vale para a “unidade no mundo, a unidade nas cidades, no bairro, na família”:
“O espírito do mal semeia guerras, sempre. Ciúmes, invejas, lutas, fofocas ... são coisas que destroem a paz e, portanto, não pode haver unidade. E como é o comportamento de um cristão para a unidade, para encontrar esta unidade? Paulo diz claramente: "Comportem-se de maneira digna, com toda a humildade, ternura e generosidade”. Essas três atitudes. Humildade: você não pode dar a paz sem humildade. Onde há orgulho, há sempre a guerra, sempre o desejo de vencer sobre o outro, de crer ser superior. Sem humildade não existe paz e sem paz não há unidade. "
Redescobrir a doçura, apoiando-se um ao outro
O Papa observou com amargura que hoje “esquecemos a capacidade de falar com ternura, o nosso discurso é nos repreender. Ou falar mal dos outros ... não há ternura. " A ternura, no entanto, "tem um núcleo que é a capacidade de suportar uns aos outros": "Suportem-se uns aos outros", diz Paulo. É preciso ter paciência, retomou o Papa, "suportar os defeitos dos outros, as coisas que eu não gosto":
Primeira, a humildade; segunda, a ternura, com a qual se suportar mutuamente; e terceira, a generosidade, um grande coração capaz de conter todos, sem condenar e sem se rebaixar a mesquinharias. Neste grande coração todos encontram lugar! Ele tem um vínculo com a paz, de criar a unidade. O criador da unidade é o Espírito Santo, que favorece e prepara a unidade.
Logo, disse o Papa, colaboremos para a construção da unidade, com o vínculo da paz. Este é um meio digno de participarmos do mistério da Igreja:
O mistério da Igreja é o mistério do Corpo de Cristo: “Uma só fé, um só batismo, um só Deus, Pai de todos. Eis a unidade que Jesus pediu ao Pai para nós. O vínculo da paz aumenta com a humildade, a suavidade, suportar-se uns aos outros e ser generosos.
Francisco concluiu a sua homilia invocando o Espírito Santo, para que nos dê a sua raça, não apenas de entender, mas de viver este mistério da Igreja, que é mistério de unidade. (SP-MT)