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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Papa rifa seus presentes e doa arrecadação aos pobres.


O Papa Francisco recebe presentes todos os dias, e muitos deles têm valor comercial. 

Numa tentativa de repartir estes bens com os que mais precisam, foi decidido organizar uma rifa de Natal entre os funcionários do Vaticano. 

O preço do bilhete é 10 euros (32,4 reais). 

O primeiro prêmio é um Fiat Panda 4x4, branco, com motor 1.3 turbodiesel de 75 cv. 

No lote de prêmios também estão outros objetos como iPhone, iPod, bicicletas, um chapéu estilo panamá da grife Homero Ortega e uma máquina de café expresso Illy, além dos 30 ‘prêmios de consolação’, como anunciam os pôsteres afixados em todos os lugares públicos da Cidade-Estado. 

No passado, grande parte dos presentes recebidos pelos Pontífices era repassada para missões e outras instituições da Igreja. Muitos quadros, esculturas e obras de arte ainda são destinados a decorar escritórios de Congregações e Conselhos. 

Francisco, o primeiro Papa latino-americano, fez da preocupação com os pobres uma das principais marcas de seu Papado. 

O valor arrecadado com as rifas será doado integralmente para instituições de caridade. "A rifa faz parte do esforço de assegurar que os presentes que o Pontífice recebe sejam utilizados para ajudar os mais necessitados", afirmou a Santa Sé em comunicado oficial. 

Os vencedores serão anunciados no dia 8 de janeiro 

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A oração dos cinco dedos do papa Francisco


Imagem
«Quando rezo, Deus respira
 em mim»
e com esta frase e a assinatura de Francisco
 que abre o livro de bolso de 40 páginas que 
o papa ofereceu este domingo aos presentes 
na oração mariana do Angelus rezada na praça 
de S. Pedro, no Vaticano.
Francisco, que procedeu à tradicional bênção dos
 “bambinelli”, pequenas imagens do Menino 
Jesus para depor no presépio, lançou um 
pedido às crianças: «Quando rezardes em casa, 
junto ao vosso presépio, recordai-vos de mim,
 como eu me recordo de vós».
«A oração é a respiração da alma: é importante encontrar momentos do dia para abrir o coração a 
Deus, mesmo com simples e breves orações do povo cristão. Por isso, hoje pensei de dar-vos um 
presente a todos vós que estais aqui na Praça: um pequeno livrinho de bolso que tem algumas 
orações, para os vários momentos do dia e para as diferentes situações da vida», disse o papa.
Na capa do livro publicado pela “Libreria Editrice Vaticana” está reproduzido um fresco do 
século III, que se encontra nas catacumbas romanas de Priscilla, representando um orante com os
 braços abertos e dirigidos ao céu.
O livrinho recolhe as mais importantes orações da tradição cristã, as mais conhecidas e fáceis de 
aprender de memória, a que se pode recorrer ao longo do dia, mas também em situações e 
necessidades particulares.
Nas páginas 32 e 33 está reproduzido o desenho de uma mão com as intenções sugeridas por 
Francisco a partir dos cinco dedos.
O anelar «é o nosso dedo mais fraco, como pode confirmar
 qualquer professor de piano»; ele «recorda-nos de rezar 
pelos mais fracos, por quem tem desafios a enfrentar, pelos 
doentes» que têm necessidade da «tua oração de dia e de 
noite», bem como pelos esposos
O polegar, «o dedo que te é mais próximo», faz-nos pensar e rezar por quem está mais próximo 
de nós, «as pessoas de quem nos recordamos mais facilmente», rezar por todos os nossos entes 
queridos «é uma doce obrigação».
O indicador recorda-nos de rezar por quem tem a função de dar indicações aos outros, isto é, 
«aqueles que ensinam, educam e tratam», categoria que compreende «mestres, professores, 
médicos e sacerdotes».
O médio, o dedo mais alto, lembra «os nossos governantes», as pessoas «que gerem o destino da
 nossa pátria e orientam a opinião pública… precisam da orientação de Deus».
O anelar «é o nosso dedo mais fraco, como pode confirmar qualquer professor de piano»; ele
 «recorda-nos de rezar pelos mais fracos, por quem tem desafios a enfrentar, pelos doentes» 
que têm necessidade da «tua oração de dia e de noite», bem como pelos esposos.
Por fim, o mindinho, o dedo mais pequeno, «como pequenos nos devemos sentir diante de Deus 
e do próximo», convida a rezar por nós próprios: «Depois de teres rezado por todos os outros, 
poderás compreender melhor quais são as tuas necessidades, olhando-as na justa perspetiva».
No livrinho oferecido pelo Francisco, que se abre com a oração por excelência, o “Pai-nosso”, 
encontram espaço, além de orações bíblicas e alguns versículos dos salmos 51, 130 e 139, 
os mistérios do Rosário.
Há também fórmulas simples para recitar antes e depois da refeição, a par de breves textos 
compostos por S. Francisco, Santa Teresa do Menino Jesus e dos beatos J. H. Newman, Charles
 de Foucauld e Madre Teresa de Calcutá.
Juntamente com orações a recitar antes do sacramento da Reconciliação e após a 
Comunhão,incluem-se igualmente súplicas para a bênção dos filhos por parte dos pais,
 orações para os cônjuges e noivos e invocações contra o maligno.
O presente de Francisco aos fiéis acrescenta-se aos dos meses anteriores: 
o terço da misericórdia e o Evangelho em formato de bolso; quanto a este, o papa 
afirmou repetidamente a importância de o levar consigo a cada dia e ler um trecho 
enquanto se está na fila, nos transportes ou num momento livre.
Com este livrinho de orações, o bispo de Roma continua a dar sugestões simples
 para a vida diária dos crentes a partir do património da tradição cristã.
Por fim, o mindinho, o dedo mais pequeno, «como pequenos
 nos devemos sentir diante de Deus e do próximo», convida
 a rezar por nós próprios: «Depois de teres rezado por
 todos os outros, poderás compreender melhor quais são
 as tuas necessidades, olhando-as na justa perspetiva»

Andrea Tornielli, "Vatican Insider" 
Rádio Vaticano 
Trad. / edição: Rui Jorge Martins 
Publicado em 14.12.2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Papa francisco e sua Mensagem à Cáritas

Não desviar o olhar quando o irmão passa fome, pede Papa

Francisco gravou videomensagem para a campanha da Caritas Internacional contra a fome
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco gravou uma videomensagem para a Caritas Internacional, por ocasião da Campanha Mundial “Alimento para todos”. O Santo Padre exorta os fiéis a não olhar com indiferença para as pessoas que passam fome, mas levantarem a voz em defesa dos famintos.
“’Tive fome e me destes de comer.’ As palavras de Nosso Senhor hoje nos exortam, dizendo-nos de não desviar o olhar, de não olhar com indiferença quando vemos o nosso próximo passando fome. Encorajo todos os fiéis a participarem da campanha da Caritas ‘Alimento para todos’ e que levantem a voz em defesa dos famintos, em especial durante a Semana de Ação, que se realizará neste mês de outubro. Muito obrigado.”
Todas as 164 organizações membro da Cáritas são convidadas a participar da campanha. Isso inclui os membros nacionais, como a Cáritas Brasileira, e as Cáritas diocesanas e paroquiais que pertencem a essa grande rede. Cada Cáritas no mundo adaptou a temática da fome e da pobreza a partir das questões relacionadas com a realidade do próprio país. Por exemplo, no Brasil, questões como soberania alimentar e justiça social foram incluídas no debate por serem temas relevantes em uma sociedade que tanto sofre com as desigualdades sociais.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

A receita do Papa Francisco para fazer o amor durar


O segredo está em entender de que amor estamos falando e em usar 

três palavras mágicas na vida cotidiana do casal

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aleteia
Hoje em dia existe muito medo de tomar decisões definitivas, como a decasar-se, pois as pessoas consideram impossível manter o amor vivo ao longo dos anos. O Papa Francisco fala deste tema e nos convida a não nos deixarmos vencer pela "cultura do provisório", pois o amor que fundamenta uma família é um amor para sempre.

O que entendemos por "amor"?

Com a sabedoria e a simplicidade que o caracterizam, o Papa Franciscocomeça com um importante esclarecimento sobre o verdadeiro significado do amor, já que, diante do medo do "para sempre", muitos dizem: "Ficaremos juntos enquanto o amor durar".

Então, ele pergunta: "O que entendemos por 'amor'? Só um sentimento, uma condição psicofísica? Certamente, se é assim, não se pode construir nada sólido. Mas se o amor é uma relação, então é uma realidade que cresce, e também podemos dizer, por exemplo, que se constrói como uma casa. E a casa é construída em companhia do outro, não sozinhos! Não queiram construí-la sobre a areia dos sentimentos, que vão e vêm, mas sim sobre a rocha do amor verdadeiro, o amor que vem de Deus."

"O matrimônio é um trabalho de ourivesaria que se constrói todos os dias ao longo da vida. O marido ajuda a esposa a amadurecer como mulher, e a esposa ajuda o marido a amadurecer como homem. Os dois crescem em humanidade e esta é a principal herança que deixam aos filhos", acrescenta.

Três palavras mágicas para fazer o casamento durar

Papa esclarece que o "para sempre" não é só questão de duração. "Umcasamento não se realiza somente se ele dura, sua qualidade também é importante. Estar juntos e saber amar-se para sempre é o desafio dos esposos."

E fala sobre a convivência matrimonial: "Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante (...) que tem regras que se podem resumir exatamente naquelas três palavras: 'posso?', 'obrigado' e 'desculpe'".

"'Posso?' é o pedido amável de entrar na vida de alguém com respeito e atenção. O verdadeiro amor não se impõe com dureza e agressividade. São Francisco dizia: 'A cortesia é a irmã da caridade, que apaga o ódio e mantém o amor'. E hoje, nas nossas famílias, no nosso mundo amiúde violento e arrogante, faz falta muita cortesia."

"Obrigado': a gratidão é um sentimento importante. Sabemos agradecer? (...) É importante manter viva a consciência de que a outra pessoa é um dom de Deus, e aos dons de Deus diz-se 'obrigado'. Não é uma palavra amável para usar com os estranhos, para ser educados. É preciso saber dizer 'obrigado' para caminhar juntos."

"'Desculpe': na vida cometemos muitos erros, enganamo-nos tantas vezes. Todos. Daí a necessidade de utilizar esta palavra tão simples: 'desculpe'. Em geral, cada um de nós está disposto a acusar o outro para se desculpar. É um instinto que está na origem de tantos desastres. Aprendamos a reconhecer os nossos erros e a pedir desculpa. Também assim cresce uma família cristã."

Finalmente, o Papa acrescenta, com bom humor: "Todos sabemos que não existe uma família perfeita, nem o marido ou a mulher perfeitos. Isso sem falar da sogra perfeita...".

E conclui: "Existimos nós, os pecadores. Jesus, que nos conhece bem, ensina-nos um segredo: que um dia não termine nunca sem pedir perdão, sem que a paz volte à casa. Se aprendemos a pedir perdão e a perdoar aos outros, o matrimônio durará, seguirá em frente."
sources: LAFAMILIA.INFO

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Quem julga o próximo toma o lugar de Deus, diz Papa em Missa

Na homilia de hoje, Santo Padre refletiu sobre as pessoas que julgam os outros, definindo-as como hipócritas
Da Redação, com Rádio Vaticano
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Francisco na Missa desta manhã / Foto: L’Osservatore Romano – Rádio Vaticano
Quem julga o irmão erra e será julgado do mesmo modo. Deus é ‘o único Juiz’ e quem é julgado pode sempre contar com o primeiro defensor, Jesus, e com o Espírito Santo. Este foi o teor da homilia do Papa Francisco, na Missa celebrada na capela da Casa Santa Marta, nesta segunda-feira, 23.
Quem julga o irmão é hipócrita, usurpa um lugar e um papel que não lhe compete e é um perdedor, porque terminará sendo vítima de sua própria falta de misericórdia. Depois de ler o trecho do Evangelho de Mateus, sobre o cisco e a trave no olho, o Papa disse que “a pessoa que julga erra, se confunde e é derrotada, porque assume o papel de Deus, que é o único juiz”.
“Fica tão obcecada pela pessoa que quer julgar, que o seu cisco não o deixa dormir, e não percebe a trave que tem em si. Confunde, acredita que a trave seja o cisco. Quem julga acaba mal, porque a mesma medida será usada para julgá-la. O juiz que toma o lugar de Deus aposta em uma derrota: é soberbo e será julgado com a mesma medida com a qual julga”.
O Santo Padre enfatizou que, diante do Pai, Jesus nunca acusa; ao contrário, sempre defende. Ele recordou que Jesus julgará, sim, mas no fim do mundo; nesse meio de tempo, Ele intercede pelo homem.
Concluindo sua reflexão, Francisco disse que quem julga é um imitador do príncipe deste mundo, que vai sempre atrás das pessoas para as acusar diante do Pai.
“Que o Senhor nos dê a graça de imitar Jesus defensor, Advogado nosso e dos outros, e de não imitar o outro, que quer nos destruir. Se quisermos percorrer o caminho de Jesus, teremos de defender os outros diante do Pai, rezar por eles. Lembremo-nos disso, pois nos fará bem todos os dias, quando ficamos com vontade de julgar os outros ou de falar mal deles, que também é uma forma de julgar”.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

''Sacramentos para todos, até para os marcianos''



Não é preciso se surpreender se, no pavilhão vaticano do Salão do Livro de Turim que terminou nessa segunda-feira, o livro mais vendido (ao menos 500 cópias por dia) foi o das homilias de Santa Marta. Um sucesso certamente destinado a continuar depois do que o papa disse nessa segunda-feira na sua nova pregação matinal.
A reportagem é de Marco Ansaldo, publicada no jornal La Repubblica, 13-05-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

"Quem somos nós para fechar as portas para o Espírito Santo? Se amanhã viesse uma expedição de marcianos, e alguns deles viessem ao nosso encontro, verdes, com aquele nariz longo e as orelhas grandes como são pintados pelas crianças, e um deles dissesse: 'Eu quero o batismo!', o que aconteceria?". Resposta: "O Espírito Santo é que faz a Igreja ir mais à frente, para além dos limites".
Bergoglio se inspirou no trecho evangélico em que Pedro sofre duras críticas dos cristãos de Jerusalém, porque comeu com uma comunidade de pagãos, de "não circuncidados". E, citando esse exemplo, o pontífice observou que o chefe dos apóstolos "compreende que o que foi purificado por Deus não pode ser chamado de 'profano' por ninguém".
"Quando o Senhor nos faz ver o caminho, quem somos nós para dizer que não é prudente? É a pergunta que Pedro se faz: 'Quem sou eu para colocar impedimentos?'. Uma bela palavra para os bispos, para os sacerdotes e também para os cristãos. Quem somos nós para fechar as portas?"
Em suma, para o papa argentino não se devem negar os sacramentos nem mesmo para os marcianos.
Francisco depois continuou, na Sala Paulo VI, dirigindo-se com uma densa sessão de perguntas e respostas aos alunos dos Pontifícios Colégios e Internatos de Roma, ilustrando as qualidades de um bom sacerdote.
Mais de uma hora de conversa, que foi desde como ser um pastor que comunica a como organizar o próprio dia, de como guiar o povo a como fazer uma homilia que não faça o público dormir.
"Mas, padre, neste tempo de tanta psiquiatria e psicologia, não seria melhor ir ao psiquiatra?", disse Bergoglio, citando a pergunta que de vez em quando ele ouve dos sacerdotes. "Eu não descarto essa hipótese – explicou Francisco –, mas, acima de tudo, é preciso ir ao encontro da Mãe, de Nossa Senhora, porque a um padre que se esquece da mãe nos momentos de turbulência falta alguma coisa".
Depois, continuou: "Não aos pastores negociadores, vaidosos e orgulhosos, que fazem as coisas por dinheiro, por interesses econômicos ou materiais". Para o papa, "há um só caminho para a liderança: o serviço. Mesmo que se tenha tantas qualidades para comunicar, mas não se é um servidor, a liderança cairá. A humildade e a proximidade devem ser as armas do pastor".
Mas ser humilde "não é fácil", porque, enfim, "a verdade é como uma cebola, que se começa a desfolhar e, no fim, quando se tirou uma folha depois da outra, se chega a nada, e só resta o cheiro ruim da cebola".
E o pontífice, talvez se lembrando de alguns meses atrás, quando telefonou para um convento de irmãs sem encontrar resposta, acrescentou por fim: "Que sofrimento, agora, quando se telefona para uma paróquia, e responde a secretária eletrônica! Mas como se pode estar a serviço do povo sem sequer ouvi-lo?".

quarta-feira, 9 de abril de 2014

“O cristianismo não é apenas ser bem educado”, diz o Papa Francisco



“O cristianismo não é uma doutrina filosófica, não é um programa de vida para sobreviver, não serve para nos educar, ou para fazer as pazes. Estas são consequências. O cristianismo é uma pessoa, uma pessoa levantada na Cruz, alguém que renunciou a si mesmo para nos salvar”. Assim falou, na manhã desta terça-feira, o Papa Francisco durante a homilia da missa na Capela da Casa Santa Marta, segundo indicou a Rádio Vaticano.

A reportagem é de Domenico Agasso Jr e publicada no sítio Vatican Insider, 08-04-2014. A tradução é de André Langer.

Na homilia, o Pontífice voltou a refletir sobre os conceitos da essência cristã, sobre o pecado e sobre a presunção de sair dele com as próprias forças. Partiu da primeira leitura do dia, do Livro dos Números, para refletir sobre a morte e o pecado. Destacou, acima de tudo, que Jesus, no Evangelho do dia, chama a atenção dos fariseus, dizendo-lhes: “Morrerão em seu pecado”.
“Não há possibilidade de sairmos sozinhos do nosso pecado – explicou Bergoglio. Estes doutores da lei, as pessoas que ensinavam a lei, não tinham uma ideia clara sobre isto. Acreditavam, sim, no perdão de Deus, mas se sentiam fortes, sabiam de tudo. E ao final, fizeram da religião e da adoração a Deus uma cultura com valores, reflexões, certos mandamentos de conduta para serem educados e pensavam que o Senhor pudesse perdoar. Sabiam disso, mas estavam muito longe de tudo isto”.

O Senhor, no deserto, recordou o Papa, manda Moisés fazer uma serpente e colocá-la sobre uma haste e diz que todo aquele que for mordido por uma serpente e olhar para ela não morrerá. “Mas, o que é a serpente?”, perguntou-se Francisco. “A serpente – explicou – é o sinal do pecado”, como já vemos no Livro do Gênesis quando “a serpente seduziu a Eva, propondo-lhe o pecado”. E Deus, prosseguiu o Pontífice, manda que se eleve o “pecado como bandeira de vitória”. E isto não compreendemos bem “se não entendemos o que Jesus nos diz no Evangelho”. Cristo diz aos judeus: “Quando tiverem levantado o Filho do Homem, saberão quem eu sou”.
No deserto, recordou o Papa, foi elevado o pecado, “aqui foi elevado Deus, feito homem e feito pecador por nós. E todos os nossos pecados estavam ali. Não se compreende o cristianismo sem entender esta humilhação profunda do Filho de Deus que se humilhou a si mesmo fazendo-se servo até a morte e morte de Cruz, para servir”.

E por este motivo o Apóstolo Paulo, prosseguiu, “quando fala sobre o que lhe envaidece (e também podemos dizer o que nos envaidece), diz: ‘dos pecados’. “Nós – observou o Santo Padre – não temos outra coisa de que nos orgulhar: esta é a nossa miséria”. Mas, acrescentou, “da parte da misericórdia de Deus, nós nos gloriamos em Cristo crucificado”; e justamente por isso “não existe um cristianismo sem a Cruz e não existe uma Cruz sem Jesus Cristo”.
O coração da salvação de Deus, disse o Papa, “é seu Filho, que tomou sobre si todos os nossos pecados, as nossas soberbas, as nossas seguranças, as nossas vaidades, os nossos desejos de sermos como Deus”. “Um cristão – afirmou com ênfase Francisco – que não sabe gloriar-se em Cristo crucificado não entendeu o que significa ser cristão”.

Nossas chagas, prosseguiu Francisco, “que deixam o pecado em nós, se curam somente com as chagas do Senhor, com as chagas do Deus feito homem, humilhado e aniquilado”. “Este é o mistério da Cruz”, afirmou Francisco. “Não é uma decoração que devemos colocar nas igrejas e nos altares. Não é um símbolo que nos distingue dos outros. A Cruz é o mistério, o mistério do amor de Deus, que humilha a si mesmo, que se anula, se faz pecado. Onde está o teu pecado? ‘Não sei, tenho tantos. Não, teu pecado está ali, na Cruz. Vai buscá-lo ali, nas chagas do Senhor e teu pecado será curado, tuas chagas serão curadas, teu pecado será perdoado. O perdão que Deus nos dá não é perdoar uma dívida que temos com Ele: são as feridas de seu Filho na Cruz, elevado na Cruz. Que Ele nos atraia e nós nos deixemos curar”.