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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Os milagres são para as pessoas que caminham! Não espere por um milagre para caminhar. Caminhe para ver um milagre!

Os discípulos deixaram tudo para seguir Jesus, pois acreditam que Ele era o Messias; no entanto, o Senhor foi morto na cruz.

Caminhando lentamente para Emaús, dois discípulos sentiam-se sem coragem, pois haviam perdido tudo na vida quando deixaram tudo para seguir o Senhor. Jesus os frustrou, pois esperavam que Ele fosse o Salvador. No entanto, já não tinham mais esperança.

Meus irmãos, podemos perder tudo, mas não podemos nunca perder a esperança. Quando a perdemos, não temos forças para recuperar mais nada na vida. A melhor coisa feita por Deus é a certeza de que amanhã será um outro dia. Tudo pode estar terminado hoje, mas amanhã tudo começará novamente.

Os discípulos perderam a esperança. Caminhavam deprimidos, cabeça inclinada, falavam em voz baixa, pois pensavam que haviam perdido. Mas depois, voltaram felizes pelo mesmo caminho, recuperados em sua motivação.

Mas qual o segredo? O que aconteceu para que recuperassem a esperança quando regressavam pelo mesmo caminho? Quando caminhavam, tristes, para Emaús, Alguém se aproximou deles e lhes perguntou:

“'O que andais conversando pelo caminho?' E um deles lhe disse: 'És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?' Ele perguntou: 'Que foi?' Eles responderam: 'O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo'” (Lc 24,17-19).

Eles conheciam bem Jesus, Sua vida e Seus milagres, mas quando falavam da ressurreição, não sabiam nada; apenas repetiam o que as mulheres haviam dito. Mas esse Homem que caminhava com eles lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Não era necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na sua glória?” (Lc 24,25-26).

Já em Emaús, Jesus sentou-se com eles à mesa, partiu o pão novamente e os serviu. Nesse momento, os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram o Senhor. Nesse momento, Jesus desapareceu e eles permaneceram com Sua Palavra. Aqui temos a essência dessa mensagem. Já com os olhos abertos, eles voltam a Jerusalém para dar testemunho.

A primeira coisa que quero sublinhar é que duas pessoas caminhavam a Emaús, mas ardia um coração. Eles tinham seus corações unidos, porque o fogo da Palavra consolidou a vida desses duas pessoas. Isso aconteceu no caminho, quando Jesus fez o milagre.
"Deus quer fazer um milagre na sua vida, mas você precisa colocar-se a caminho."

Você precisa de um milagre na sua vida? Você está rezando e esperando por um milagre? Vou lhe dar um segredo que vai mudar sua visão diante dos milagres: Deus quer fazer um milagre na sua vida, mas você precisa colocar-se a caminho.

Quantos matrimônios, quantos casais já perderam a ilusão?! Você já não tem mais a mesma alegria e caminha sem ilusão? Se você perdeu a esperança, Deus quer realizar o milagre de fazê-lo acreditar novamente.

Eu sei que quase todas as pessoas perdem a coragem em algum momento da vida. Elas estão decepcionadas com Deus, desiludidas.

Você está decepcionado com alguém? Está decepcionado com você mesmo e com Deus por Ele estar em silêncio, passivo diante das suas dificuldades? Você não é o único, muitos se decepcionam com o Senhor, porque O veem fazer tantos milagres aos outros, mas não receberam aquela graça que pediram a Ele. Não é errado estar decepcionado com o Senhor, pois esse é o princípio para você recuperar sua esperança n'Ele.

Os milagres não são para as pessoas que estão sentadas, mas para aquelas que caminham. Aquilo que esquenta o coração frio é a Palavra de Deus. A luz que aparece em meio à escuridão é Palavra de Deus. Quem precisa dessa luz e do calor no frio da sua vida? A Palavra faz arder o coração, iluminar a vida. Se você já perdeu a motivação e já acredita que sua doença não tem solução, você precisa da Palavra do Senhor.

Se você perdeu a esperança, feche seus olhos e sinta a escuridão. Agora, Jesus está perto de você, caminha ao seu lado e vai lhe explicar as Sagradas Escrituras, porque conhecer a Bíblia é conhecer o Senhor. Ele quer fazer arder o seu coração que está frio.

Abra suas mãos diante de você e faça esta oração: “Senhor, eu preciso de um milagre. A minha família, a minha história precisam de um milagre”.

Jesus, como aos leprosos, diz a você: “Fique em pé. Não faço milagres em pessoas sentadas, preguiçosas. Se você não preenche as talhas com 'água', não posso fazer milagres. Caminhe e os milagres acontecerão. Caminhando se abrem as 'águas do Mar Vermelho'. Caminhando se aquece o coração”.

Não espere por um milagre para caminhar. Caminhe para ver um milagre!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Quem julga o próximo toma o lugar de Deus, diz Papa em Missa

Na homilia de hoje, Santo Padre refletiu sobre as pessoas que julgam os outros, definindo-as como hipócritas
Da Redação, com Rádio Vaticano
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Francisco na Missa desta manhã / Foto: L’Osservatore Romano – Rádio Vaticano
Quem julga o irmão erra e será julgado do mesmo modo. Deus é ‘o único Juiz’ e quem é julgado pode sempre contar com o primeiro defensor, Jesus, e com o Espírito Santo. Este foi o teor da homilia do Papa Francisco, na Missa celebrada na capela da Casa Santa Marta, nesta segunda-feira, 23.
Quem julga o irmão é hipócrita, usurpa um lugar e um papel que não lhe compete e é um perdedor, porque terminará sendo vítima de sua própria falta de misericórdia. Depois de ler o trecho do Evangelho de Mateus, sobre o cisco e a trave no olho, o Papa disse que “a pessoa que julga erra, se confunde e é derrotada, porque assume o papel de Deus, que é o único juiz”.
“Fica tão obcecada pela pessoa que quer julgar, que o seu cisco não o deixa dormir, e não percebe a trave que tem em si. Confunde, acredita que a trave seja o cisco. Quem julga acaba mal, porque a mesma medida será usada para julgá-la. O juiz que toma o lugar de Deus aposta em uma derrota: é soberbo e será julgado com a mesma medida com a qual julga”.
O Santo Padre enfatizou que, diante do Pai, Jesus nunca acusa; ao contrário, sempre defende. Ele recordou que Jesus julgará, sim, mas no fim do mundo; nesse meio de tempo, Ele intercede pelo homem.
Concluindo sua reflexão, Francisco disse que quem julga é um imitador do príncipe deste mundo, que vai sempre atrás das pessoas para as acusar diante do Pai.
“Que o Senhor nos dê a graça de imitar Jesus defensor, Advogado nosso e dos outros, e de não imitar o outro, que quer nos destruir. Se quisermos percorrer o caminho de Jesus, teremos de defender os outros diante do Pai, rezar por eles. Lembremo-nos disso, pois nos fará bem todos os dias, quando ficamos com vontade de julgar os outros ou de falar mal deles, que também é uma forma de julgar”.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

''Sacramentos para todos, até para os marcianos''



Não é preciso se surpreender se, no pavilhão vaticano do Salão do Livro de Turim que terminou nessa segunda-feira, o livro mais vendido (ao menos 500 cópias por dia) foi o das homilias de Santa Marta. Um sucesso certamente destinado a continuar depois do que o papa disse nessa segunda-feira na sua nova pregação matinal.
A reportagem é de Marco Ansaldo, publicada no jornal La Repubblica, 13-05-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

"Quem somos nós para fechar as portas para o Espírito Santo? Se amanhã viesse uma expedição de marcianos, e alguns deles viessem ao nosso encontro, verdes, com aquele nariz longo e as orelhas grandes como são pintados pelas crianças, e um deles dissesse: 'Eu quero o batismo!', o que aconteceria?". Resposta: "O Espírito Santo é que faz a Igreja ir mais à frente, para além dos limites".
Bergoglio se inspirou no trecho evangélico em que Pedro sofre duras críticas dos cristãos de Jerusalém, porque comeu com uma comunidade de pagãos, de "não circuncidados". E, citando esse exemplo, o pontífice observou que o chefe dos apóstolos "compreende que o que foi purificado por Deus não pode ser chamado de 'profano' por ninguém".
"Quando o Senhor nos faz ver o caminho, quem somos nós para dizer que não é prudente? É a pergunta que Pedro se faz: 'Quem sou eu para colocar impedimentos?'. Uma bela palavra para os bispos, para os sacerdotes e também para os cristãos. Quem somos nós para fechar as portas?"
Em suma, para o papa argentino não se devem negar os sacramentos nem mesmo para os marcianos.
Francisco depois continuou, na Sala Paulo VI, dirigindo-se com uma densa sessão de perguntas e respostas aos alunos dos Pontifícios Colégios e Internatos de Roma, ilustrando as qualidades de um bom sacerdote.
Mais de uma hora de conversa, que foi desde como ser um pastor que comunica a como organizar o próprio dia, de como guiar o povo a como fazer uma homilia que não faça o público dormir.
"Mas, padre, neste tempo de tanta psiquiatria e psicologia, não seria melhor ir ao psiquiatra?", disse Bergoglio, citando a pergunta que de vez em quando ele ouve dos sacerdotes. "Eu não descarto essa hipótese – explicou Francisco –, mas, acima de tudo, é preciso ir ao encontro da Mãe, de Nossa Senhora, porque a um padre que se esquece da mãe nos momentos de turbulência falta alguma coisa".
Depois, continuou: "Não aos pastores negociadores, vaidosos e orgulhosos, que fazem as coisas por dinheiro, por interesses econômicos ou materiais". Para o papa, "há um só caminho para a liderança: o serviço. Mesmo que se tenha tantas qualidades para comunicar, mas não se é um servidor, a liderança cairá. A humildade e a proximidade devem ser as armas do pastor".
Mas ser humilde "não é fácil", porque, enfim, "a verdade é como uma cebola, que se começa a desfolhar e, no fim, quando se tirou uma folha depois da outra, se chega a nada, e só resta o cheiro ruim da cebola".
E o pontífice, talvez se lembrando de alguns meses atrás, quando telefonou para um convento de irmãs sem encontrar resposta, acrescentou por fim: "Que sofrimento, agora, quando se telefona para uma paróquia, e responde a secretária eletrônica! Mas como se pode estar a serviço do povo sem sequer ouvi-lo?".

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Sucesso na Festa da Misericórdia!

No dia 27 de abril a COMUNIDADE GRAÇA MISERICÓRDIA E PAZ , conduziu um momento de adoração eucarística  e após a recreação com as crianças.Parabéns a todos!
Muito Obrigado!!






quarta-feira, 9 de abril de 2014

“O cristianismo não é apenas ser bem educado”, diz o Papa Francisco



“O cristianismo não é uma doutrina filosófica, não é um programa de vida para sobreviver, não serve para nos educar, ou para fazer as pazes. Estas são consequências. O cristianismo é uma pessoa, uma pessoa levantada na Cruz, alguém que renunciou a si mesmo para nos salvar”. Assim falou, na manhã desta terça-feira, o Papa Francisco durante a homilia da missa na Capela da Casa Santa Marta, segundo indicou a Rádio Vaticano.

A reportagem é de Domenico Agasso Jr e publicada no sítio Vatican Insider, 08-04-2014. A tradução é de André Langer.

Na homilia, o Pontífice voltou a refletir sobre os conceitos da essência cristã, sobre o pecado e sobre a presunção de sair dele com as próprias forças. Partiu da primeira leitura do dia, do Livro dos Números, para refletir sobre a morte e o pecado. Destacou, acima de tudo, que Jesus, no Evangelho do dia, chama a atenção dos fariseus, dizendo-lhes: “Morrerão em seu pecado”.
“Não há possibilidade de sairmos sozinhos do nosso pecado – explicou Bergoglio. Estes doutores da lei, as pessoas que ensinavam a lei, não tinham uma ideia clara sobre isto. Acreditavam, sim, no perdão de Deus, mas se sentiam fortes, sabiam de tudo. E ao final, fizeram da religião e da adoração a Deus uma cultura com valores, reflexões, certos mandamentos de conduta para serem educados e pensavam que o Senhor pudesse perdoar. Sabiam disso, mas estavam muito longe de tudo isto”.

O Senhor, no deserto, recordou o Papa, manda Moisés fazer uma serpente e colocá-la sobre uma haste e diz que todo aquele que for mordido por uma serpente e olhar para ela não morrerá. “Mas, o que é a serpente?”, perguntou-se Francisco. “A serpente – explicou – é o sinal do pecado”, como já vemos no Livro do Gênesis quando “a serpente seduziu a Eva, propondo-lhe o pecado”. E Deus, prosseguiu o Pontífice, manda que se eleve o “pecado como bandeira de vitória”. E isto não compreendemos bem “se não entendemos o que Jesus nos diz no Evangelho”. Cristo diz aos judeus: “Quando tiverem levantado o Filho do Homem, saberão quem eu sou”.
No deserto, recordou o Papa, foi elevado o pecado, “aqui foi elevado Deus, feito homem e feito pecador por nós. E todos os nossos pecados estavam ali. Não se compreende o cristianismo sem entender esta humilhação profunda do Filho de Deus que se humilhou a si mesmo fazendo-se servo até a morte e morte de Cruz, para servir”.

E por este motivo o Apóstolo Paulo, prosseguiu, “quando fala sobre o que lhe envaidece (e também podemos dizer o que nos envaidece), diz: ‘dos pecados’. “Nós – observou o Santo Padre – não temos outra coisa de que nos orgulhar: esta é a nossa miséria”. Mas, acrescentou, “da parte da misericórdia de Deus, nós nos gloriamos em Cristo crucificado”; e justamente por isso “não existe um cristianismo sem a Cruz e não existe uma Cruz sem Jesus Cristo”.
O coração da salvação de Deus, disse o Papa, “é seu Filho, que tomou sobre si todos os nossos pecados, as nossas soberbas, as nossas seguranças, as nossas vaidades, os nossos desejos de sermos como Deus”. “Um cristão – afirmou com ênfase Francisco – que não sabe gloriar-se em Cristo crucificado não entendeu o que significa ser cristão”.

Nossas chagas, prosseguiu Francisco, “que deixam o pecado em nós, se curam somente com as chagas do Senhor, com as chagas do Deus feito homem, humilhado e aniquilado”. “Este é o mistério da Cruz”, afirmou Francisco. “Não é uma decoração que devemos colocar nas igrejas e nos altares. Não é um símbolo que nos distingue dos outros. A Cruz é o mistério, o mistério do amor de Deus, que humilha a si mesmo, que se anula, se faz pecado. Onde está o teu pecado? ‘Não sei, tenho tantos. Não, teu pecado está ali, na Cruz. Vai buscá-lo ali, nas chagas do Senhor e teu pecado será curado, tuas chagas serão curadas, teu pecado será perdoado. O perdão que Deus nos dá não é perdoar uma dívida que temos com Ele: são as feridas de seu Filho na Cruz, elevado na Cruz. Que Ele nos atraia e nós nos deixemos curar”.

sábado, 15 de março de 2014

"Hoje, o jejum mais significativo se chama … sobriedade … privar-se voluntariamente de pequenas ou grandes comodidades, daquilo que é inútil e por vezes danoso à saúde.

 
Primeira pregação quaresmal de Frei Cantalamessa: precisamos de um retorno à interioridade
◊   Cidade do Vaticano (RV) - Encontrar tempos para o silêncio, praticar o jejum não somente do alimento, mas também dos excessos do bem-estar, vencer aquilo que desvia da vontade de Deus. A Quaresma do cristão deve ser feita disso, disse o frade capuchinho, Pe. Raniero Cantalamessa, na primeira das meditações propostas à Cúria Romana.

O pregador da Casa Pontifícia ofereceu na manhã desta sexta-feira, na Capela Redemptoris Mater do Palácio Apostólico, uma reflexão sobre o sentido dos quarenta dias que precedem a Páscoa. Nas próximas sextas-feiras, na presença do Papa, desenvolverá as grandes verdades da fé recorrendo aos ensinamentos dos Padres da Igreja Latina.

Do Evangelho à vida de cada um de nós: se Jesus apartou-se no deserto durante 40 dias, jejuou e ali foi também tentado, o que cabe a nós fazer para imitá-lo? O religioso franciscano fez a transposição dos gestos de Cristo para o nosso hoje; assim, para nós, ir para o deserto é escolher tempos de silêncio, encontrar espaços para nós mesmos, reencontrar a parte mais verdadeira de si colocando-se diante de Deus. Em suma, é o apelo do retorno ao coração, lançado por Santo Agostinho:

Portanto, voltar ao coração significa voltar àquilo que há de mais pessoal e mais íntimo em nós. Infelizmente, a interioridade é um valor em crise... existem causas remotas, por assim dizer, para essa nossa dificuldade de reentrar em nós mesmos e a mais universal é o fato que nós somos compostos de alma e corpo, de espírito e matéria e, portanto, somos como um plano inclinado, mas inclinado para baixo, não para o alto, ou seja, inclinado para o exterior, para o multíplice, o visível..., sobretudo nós, clero e vida consagrada, precisamos de um retorno à interioridade."

E então é preciso abandonar o fragor, as distrações, as diferentes formas da cultura moderna, os instrumentos da tecnologia e, portanto, revistas, livros, tv, internet e dispositivos digitais que invadem a intimidade do coração, dissipam as nossas energias. Esse se torna o jejum a ser praticado hoje. Jesus privou-se do alimento, nossa época requer um jejum diferente:

"Hoje, o jejum mais significativo se chama … sobriedade … privar-se voluntariamente de pequenas ou grandes comodidades, daquilo que é inútil e por vezes danoso à saúde. Esse jejum é solidariedade com os pobres ... um tal jejum é contestação a uma mentalidade consumista, num mundo que fez da comodidade, do usar, do uso, do comprar, a sua finalidade, o mecanismo que mantém de pé todo o sistema. Privar-se de algo não estritamente necessário, do objeto de maior luxo, é mais eficaz, talvez, que infligir-se penitências escolhidas por si mesmo."

O pregador da Casa Pontifícia recomenda, sobretudo, o jejum das imagens, daquelas que veiculam violência, sensualidade, que investem nos instintos mais baixos e que dão uma falsa ideia da vida, porque ilustram um mundo bonito, sadio e perfeito, rico de coisas a ponto de induzir à rebelião aqueles que não têm o que é insistentemente mostrado:

"Outro jejum alternativo é o jejum das palavras nocivas. Não são somente blasfêmias, naturalmente, nem mesmo somente palavrões; são as palavras pungentes, negativas, que evidenciam sempre o aspecto mais frágil do irmão, que geram desconfiança ou alimentam desconfiança e, portanto, semeiam discórdia."

Deve-se, então, evitar aquilo que pode gerar descontentamento, frustração e ressentimento, ou neutralizar o efeito das palavras que ferem pedindo desculpas. Por fim, Frei Cantalamessa recordou que também nós sofremos as tentações de Satanás, propriamente como Jesus no deserto. Inteligência perversa e geradora de perversão, o Diabo usa coisas boas como instrumentos para separar o homem de Deus.

Então o dinheiro é uma coisa boa, se usado corretamente, e a sexualidade é um dom de Deus, mas se levados ao excesso se transformam em ídolos e se tornam destrutivos. Então ir para o deserto é buscar um diálogo profundo com Deus separando-se de tudo, explicou Pe. Cantalamessa.

"Deus quis em Cristo assumir um rosto humano, um coração humano, para ajudar-nos a amá-lo como nós sabemos amar – concluiu o pregador da Casa Pontifícia –; o Espírito Santo que impeliu Jesus para o deserto, hoje nos impele também a nós para o deserto, para reencontrar-nos com Deus." (RL)

sábado, 1 de março de 2014

Campanha fraternidade 2014

Apresentação: O cartaz da CF 2014


13 de abril - Domingo de Ramos - Coleta Nacional da Solidariedade



Explicação do Cartaz CF 2014


Entenda o significado do cartaz:
1- O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.
2- Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra na parte superior do cartaz expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.
3- As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior.
4- A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos.

Fonte: http://www.portalkairos.net/campanhadafraternidade/2014/campanhadafraternidade2014_cartazcf2014.asp#ixzz2udyk5tpb

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Existe "conversão pastoral" na minha comunidade?



Jesus cura um paralítico - Mc 2,1-12

Jesus passou novamente por Cafarnaum, e espalhou-se a notícia de que ele estava em casa. Ajuntou-se tanta gente que já não havia mais lugar. Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. Como não conseguiam apresentá-lo a ele, por causa da multidão, abriram o teto, bem em cima do lugar onde ele estava e, pelo buraco, desceram a maca. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados são perdoados”. [...] O paralítico se levantou e, à vista de todos, saiu carregando a maca. Todos ficaram admirados e louvavam a Deus dizendo: “Nunca vimos coisa igual!”

COMENTÁRIOS

A fé como atitude prática
Com este episódio, tem início a seção denominada de “controvérsias galileanas” (Mc 2,1–3,6). A finalidade dessa seção é apresentar as resistências enfrentadas por Jesus no desempenho de sua missão. A questão da controvérsia é o “perdão dos pecados”, mas no centro do relato está a fé dos quatro homens que carregam e levam o paralítico até Jesus. A fé, aqui, se manifesta como uma atitude prática que fez com que os quatro homens procurassem todos os meios para que o paralítico fosse posto diante do Senhor da vida. A palavra de Jesus fazia sentido à vida de todos e comunicava um sopro de vida. A palavra é dita e toma corpo no perdão e na consequente cura do paralítico, pois para a mentalidade da época a enfermidade estava ligada ao pecado. O que atrai a atenção de Jesus é a fé daqueles quatro homens que carregam o paralítico. Por que não ver nesses quatro personagens anônimos a evocação dos quatro primeiros discípulos chamados por Jesus às margens do mar da Galileia (Mc 1,16-20)? É a fé deles que faz Jesus agir em favor do paralítico. O perdão dos pecados é, outrossim, um dos sinais dos tempos messiânicos (cf. Jr 31,34).
Carlos Alberto Contieri, sj

ORAÇÃO

Senhor Jesus, cura-me de minhas deficiências espirituais, pela força de tua graça, para que eu possa caminhar sempre no amor.

LEITURA

1Sm 8,4-7.10-22a

SALMO

Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!
Sl 89(88)

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A coragem de mudar! Fim de ano é tempo de reflexão e mudança de vida.

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Chegamos ao fim de mais um ano. Dentro de poucos dias, estaremos celebrando o Natal do Senhor, um tempo de reflexão e mudança de vida. Como você viveu sua fé durante todo este ano? Foi um tempo muito exigente para você? Os meses se passaram tão rapidamente que você nem viu o ano acabar? Também pode ser que você esteja dando graças por estar acabando este ano, na esperança de que 2014 seja muito melhor do que este que chega ao fim.

Pegue a sua Bíblia, no Evangelho de Mateus 1,18-24. Leia essa passagem mais de uma vez, faça um momento de silêncio, deixando que essa Palavra caia em seu coração. É um momento importantíssimo, pois você está meditando a Palavra de Deus!

O Evangelho mostra como a novidade do nascimento de Jesus pegou José de surpresa. Sem conseguir entender o que se passava, ele tomou logo sua decisão, deixou que a sua humanidade reagisse na defensiva. Em seus pensamentos, José já havia decidido como tudo deveria ser resolvido, porém, “apareceu-lhe, em sonho, um anjo do Senhor, que lhe disse: "José, Filho de Davi, não tenha receio de receber Maria, tua esposa; o que nela foi gerado vem do Espírito Santo”. Quando o pai adotivo de Jesus acordou, deixou de lado todas as decisões que havia tomado e obedeceu ao anúncio do anjo. José teve coragem de mudar!

Muitas vezes, impedimos que a vontade de Deus se realize em nossas vidas, porque não aceitamos que nossos projetos sejam alterados, que nossas decisões não sejam respeitadas e até brigamos com Deus, quando Ele não nos obedece. Como se até Ele tivesse de nos consultar para saber se pode ou não mudar os projetos que tínhamos feito para a nossa vida ou para este ano que vai chegando ao fim. José foi dócil, aceitou livremente que os rumos de sua vida fossem conduzidos pelo Senhor.

Pode ser que, na sua avaliação de vida, neste ano de 2013, você tenha brigado com Deus e com todos para que a sua opinião e as suas decisões fossem soberanas. Entretanto, os acontecimentos e fatos da sua história o conduziram por outros caminhos. Contra aquilo que não podemos mudar, resta-nos acolher! Veja que não estou o convidando a um conformismo passivo. Porém, existem muitas situações que são maiores do que nós! São José não poderia ser obstáculo para o nascimento de Cristo, então acolheu aquela realidade e foi feliz.

A maturidade humana e cristã não reside no fato de atingirmos certo nível de crescimento em que jamais precisaremos reavaliar a vida e abraçar as novidades que nos visitam (algumas muito boas; outras, não tão agradáveis). São José está no Evangelho, ensinando-nos que, ao sermos capazes de ponderar e pensar duas vezes antes de agir, é sinal de virtude e não de fraqueza. Agir no calor dos problemas sempre gera mais problemas. Pensar, meditar e ouvir Deus cria o espaço necessário para gerar uma resposta nova para os desafios que a vida nos traz.

Ajudados pela intercessão de São José, façamos, nestes dias do último mês de 2013, uma reavaliação da nossa vida e das decisões que planejamos tomar. Deixemos que a luz do Cristo, que nasce, revele os melhores caminhos. Você não está sozinho (a), Ele está com você: Emanuel – Deus conosco!

Retirado da Revista Canção Nova

Veja também:
:: É preciso organizar a nossa vida
::É um tempo favorável ao amor, à partilha, à revisão de vida
::Este é o tempo oportuno para a mudança
Padre Fabrício Andrade
Sacerdote da Canção Nova
05/12/2013 - 08h00

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Papa Francisco: "O alimento que o mundo tem à disposição pode saciar todos"


◊   Cidade do Vaticano (RV) - O Papa dá “o seu total apoio” à campanha contra a fome no mundo que a Caritas Internationalis apresentou nesta manhã em Roma por ocasião do Dia Internacional dos Direitos Humanos sobre o tema “Uma só Família Humana-Alimento para Todos”. “Não podemos virar as costas e fazer de conta que isto não existe”. É o que afirma o Papa Francisco na vídeo-mensagem apresentada nesta manhã. Forte o convite do Papa às instituições e a toda a Igreja para dar voz àqueles que sofrem, para evitar os desperdícios e agir como “uma única família". 

Estamos diante do escândalo mundial de cerca de um bilhão, um bilhão de pessoas que ainda hoje têm fome. Não podemos virar as costas e fazer de conta que isto não existe. O alimento que o mundo tem à disposição pode saciar todos. 
Os apóstolos, enviados por Jesus para buscar alimento para a multidão de pessoas que vieram para ouvi-lo, encontraram somente cinco pães e dois peixes, mas com a graça de Deus, destaca o Papa, “puderam saciar uma multidão de pessoas, juntar os restos e evitar qualquer desperdício”. “Por isso, convida o Papa, “vamos abrir um espaço em nossos corações para esta urgência, respeitando o direito dado por Deus a todos de ter acesso a uma alimentação adequada”. 

Compartilhemos o que temos, em caridade cristã, com os que são obrigados a enfrentar muitos obstáculos para satisfazer uma necessidade tão primária; e ao mesmo tempo, promovamos uma autêntica cooperação com os pobres para que, através dos frutos do seu e do nosso trabalho, possamos viver uma vida digna. 
Em seguida o convite do Papa se dirige a toda a humanidade, à qual se dirigie também a Campanha da Caritas internationalis:

Convido todas as instituições do mundo, toda a Igreja e cada um de nós, como uma única família humana, a dar voz a todas as pessoas que passam fome silenciosamente, a fim de que esta voz se torne um grito que possa sacudir o mundo. 
Mas apoiar a Caritas, comprometida em 200 países, nesta Campanha, significa também, destaca o Papa na conclusão da sua mensagem, mudar de hábitos e modos de pensar comuns:

Esta campanha quer ser também um convite a todos nós para sermos mais conscientes de nosso regime alimentar, que muitas vezes comporta desperdício de comida e má-utilização dos recursos de que dispomos. Ela é também uma exortação a pararmos de pensar que nossos gestos cotidianos não têm impacto na vida de quem – seja perto, seja longe de nós – sofre a fome na própria pele. 

É, portanto, a imagem da humanidade “como uma única família” que se empenha em garantir o alimento para todos, que o Papa deixa nesta vídeo-mensagem, que se conclui com uma oração: “Rezemos para que Deus nos dê a graça de ver um mundo no qual ninguém jamais deva morrer de fome”. (SP) 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

A gratuidade do serviço.


“Somos simplesmente servos…” (v. 10). Muitas vezes nós traduzimos esta frase deste modo:

 “Somos servos inúteis!”. Se o fôssemos, por que Deus nos chamaria ao seu serviço? A questão é outra. Em primeiro lugar, o apóstolo é servidor de Deus e dos homens. Antes de se assentar à mesa, no banquete do Reino de Deus, há um trabalho a ser feito, o anúncio do Reino, o testemunho de Jesus Cristo (cf. At 1,8).

 Em segundo lugar, a expressão “Somos simples servos; fizemos o que devíamos fazer” diz respeito à gratuidade do serviço. A recompensa do apóstolo é Deus mesmo, seu verdadeiro salário é ser admitido como operário na vinha do Senhor. Quem é enviado não tem nenhum direito sobre Deus nem sobre seus semelhantes.

 A gratuidade exige não só não buscar recompensa, mas renunciar ao prestígio e à segurança pessoal. Deus é sua força e proteção.

Carlos Alberto Contieri, sj

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Papa Francisco interroga-se: O que é a esperança para um cristão?


Cidade do Vaticano (RV) - A esperança não é otimismo, mas uma “ardente expectativa” em direção à revelação do Filho de Deus. Esta a mensagem principal do Papa Francisco na Missa desta terça-feira na Casa de Santa Marta.

Tomando como estímulo as palavras de S. Paulo na Primeira Leitura do dia, o Papa Francisco interroga-se: O que é a esperança para um cristão? Não é fácil compreender o que é realmente a esperança – disse o Santo Padre – mas podemos, desde logo, saber aquilo que não é. Seguramente não é otimismo:

A esperança não é otimismo, não é aquela capacidade de olhar para as coisas com bom ânimo e andar para a frente. Não, aquilo é otimismo, não é esperança. Nem a esperança é uma atitude positiva perante as coisas. Aquelas pessoas luminosas, positivas... Isto é bom, mas não é esperança. Não é fácil perceber bem o que é a esperança. Diz-se que é a mais humilde das três virtudes, porque se esconde na vida. A fé vê-se, sente-se, sabe-se o que é. A caridade faz-se e sabe-se o que é. Mas o que é a esperança? Para nos aproximarmos um pouco, podemos dizer, em primeiro lugar, que a esperança é um risco, é uma virtude arriscada, é uma virtude, como diz S. Paulo ‘de uma ardente expectativa em direção à revelação do Filho de Deus’. Não é uma ilusão.
A esperança é, portanto, mais do que otimismo, mais do que bom ânimo... Os primeiros cristãos – recordou o Santo Padre – consideravam a esperança como uma âncora na margem do Além. E a nossa vida é, precisamente, caminhar em direção a esta âncora – sublinhou o Papa Francisco:

Vem-me à mente a pergunta: onde estamos nós ancorados, cada um de nós? Estamos ancorados precisamente na margem daquele oceano tão distante ou estamos ancorados num lago artificial que nós construímos com as nossas regras, os nossos comportamentos, os nossos horários, os nossos clericalismos, as nossas atitudes eclesiásticas e não eclesiais? Estamos ancorados ali? Tudo cômodo, tudo seguro? Aquilo não é a esperança.
“Uma coisa é viver na esperança, porque na esperança somos salvos, e outra coisa é viver como bons cristãos, nada mais que isso. Penso em Maria, uma moça jovem, que depois que ela sentiu que era mãe mudou a sua atitude e vai, ajuda e canta aquele hino de louvor. Quando uma mulher engravida é mulher, mas já não é só mulher, é mãe. E a esperança é qualquer coisa como isto.” (RS/BF)

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Papa: "Todos somos convidados para participar da festa do Senhor. Não nos contentemos em estar somente na lista"




◊   Cidade do Vaticano (RV) - A essência do cristianismo é um convite para a festa. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa desta manhã, na Casa Santa Marta. O Papa reiterou que a Igreja “não é somente para as pessoas boas”, o convite a fazer parte dela é para todos. E acrescentou, que na festa do Senhor, “participa-se plenamente” e com todos, não se pode fazer seleção. “Que os cristãos – advertiu – não se contentem em estar na lista de convidados”, pois seria “como estar fora da festa”.

“As leituras do dia – disse o Papa no início da homilia – nos mostram a carta de identidade do cristão”, sublinhando a seguir que “antes de tudo, a essência cristã é um convite: somente nos tornamos cristãos se somos convidados”. Trata-se, portanto, de “um convite gratuito” para participar, “que vem de Deus”. Para entrar nesta festa, “não se pode pagar: ou és convidado ou não podes entrar”. Se “na nossa consciência não temos esta certeza de sermos convidados”, então “não entendemos o que é um cristão”:

“Um cristão é alguém que é convidado. Convidado para que? Para um negócio? Convidado para fazer um passeio? O Senhor quer nos dizer algo a mais: ‘Tu és convidado para a festa!’. O cristão é aquele que é convidado à festa, à alegria, à alegria de ser salvo, à alegria de ser redimido, à alegria de participar da vida com Jesus. Isto é uma alegria! Tu és convidado para a festa! Se entende, uma festa é um encontro de pessoas que falam, riem, festejam, são felizes. Mas é um encontro de pessoas. Entre as pessoas normais, mentalmente normais, nunca vi alguém que faça festa sozinho, não é mesmo? Isto seria um pouco aborrecido! Abrir a garrafa de vinho... Isto não é uma festa, é uma outra coisa. Festeja-se com os outros, festeja-se em família, festeja-se com os amigos, festeja-se com as pessoas que são convidadas, como fui convidado. Para ser cristão é necessário uma pertença e se pertence a este Corpo, a esta gente que foi convidada para a festa: esta é a pertença cristã”.

Referindo-se à Carta aos Romanos, o Papa afirmou que esta festa é “uma festa de unidade”. E evidenciou que todos são convidados, “bons e maus”. E os primeiros a serem chamados são os marginalizados:

“A Igreja não é a Igreja somente para as pessoas boas. Quem pertence à Igreja, a esta festa? Os pecadores, todos nós pecadores somos convidados. E aqui o que se faz? Se faz uma comunidade que tem dons diversos: um tem o dom da profecia, o outro o ministério, um é professor... Todos têm uma qualidade, uma virtude. Mas a festa se faz levando isto que tenho em comum com todos...à festa se participa, se participa plenamente. Não se pode entender a essência cristã sem esta participação. É uma participação de todos nós. ‘Eu vou à festa mas vou ficar apenas na primeira sala, porque eu tenho que estar somente com três ou quatro que eu conheço e os outros ...". Isso não se pode fazer na Igreja! Ou tu entras com todos ou você fica de fora! Você não pode fazer uma seleção, a Igreja é para todos, começando por estes que eu falei, os mais marginalizados. É a Igreja de todos! "

É a “Igreja dos convidados” – acrescentou: “Ser convidado, ser participante de uma comunidade com todos”. Mas – observou o Papa – na parábola narrada por Jesus lemos que os convidados, um após outro, começam a encontrar desculpas para não ir à festa: “Não aceitam o convite! Dizem sim, mas fazem não”. Estes “são os cristãos que somente se contentam em estar na lista dos convidados: cristãos elencados”. Mas – advertiu Francisco – isto “não é o suficiente” porque se não se entra na festa não se é cristão. “Tu estarás na lista, mas isto não serve para a tua salvação! Esta é a Igreja: entrar na Igreja é uma graça; entrar na Igreja é um convite”. “E este direito não se pode comprar”, advertiu.

“Entrar na Igreja – reiterou - é fazer comunidade, comunidade da Igreja; entrar na Igreja é participar com tudo o que nós temos de virtudes, das qualidades que o Senhor nos deu, no serviço de uns pelos outros. E ainda: “Entrar na Igreja significa estar disponível àquilo que o Senhor Jesus nos pede”. “Entrar na Igreja é fazer parte deste Povo de Deus, que caminha para a Eternidade”. “Ninguém é protagonista na Igreja – observou - mas temos um protagonista que fez tudo. Deus é o protagonista!”. Todos nós O seguimos e quem não O segue, é alguém que se desculpa” e não vai à festa:

O Senhor é muito generoso. O Senhor abre todas as portas e também entende aquele que Lhe diz: ‘Não, Senhor, não quero ir contigo!’. Entende e o espera, porque é misericordioso. Mas ao Senhor não agrada aquele homem que diz ‘sim’ e faz ‘não’; que finge agradecer-lhe por tantas coisas bonitas, mas em verdade segue seu próprio caminho; que tem boas maneiras, mas faz a própria vontade e não a do Senhor: estes que sempre se desculpam, que não conhecem a alegria, que não experimentam a alegria do pertencer. Peçamos ao Senhor esta graça: de entender bem quão belo é ser convidado para a festa, quão belo é estar com todos e partilhar com todos as próprias qualidades, quão belo é estar com Ele e que ruim é jogar entre o “sim” e o “não”, de dizer “sim” mas contentar-me somente em fazer parte da lista dos cristãos”.

(JE)

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Qual uso fazemos do nosso tempo?

igreja Santo Antonio - porto alegre

Que nós hoje possamos refletir: “Qual uso nós fazemos do nosso tempo e que tempo disponibilizamos para o próximo e para as coisas de Deus?”.

“Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas’” (Lc 14,18).

Queridos irmãos e irmãs, no dia de hoje, a Palavra está falando sobre o grande banquete que foi preparado pelo Mestre, para o qual somos convidados.
Esse banquete Jesus compara com aquele na qual o empregado vai chamar os convidados, porque tudo está pronto, mas cada um dá uma desculpa, cada um inventa uma coisa diferente. Todo mundo está muito ocupado, muito atarefado, cheio de compromissos e responsabilidades. Muitas vezes, nós também não temos tempo para atender o convite, o chamado que Deus nos faz para participarmos do Seu banquete.

A Palavra do Senhor quer nos levar a refletir sobre qual é o uso que nós fazemos do nosso tempo, como o preenchemos. Vivemos no mundo da correria, da histeria coletiva, onde as pessoas estão demasiadamente ocupadas, estressadas, compromissadas, de modo que não têm tempo.
“Não tenho tempo, não posso.” Essa é a desculpa que mais escutamos quando precisamos de alguém para isso ou para aquilo. Também é a desculpa que as pessoas mais dão para Deus, para não participar das coisas do Senhor.

As pessoas não têm tempo para a oração, para falar com Deus, para escutá-Lo, pois estão demasiadamente ocupadas com as suas coisas. Sei que todo mundo trabalha, tem compromissos, responsabilidades, mas quando as pessoas não têm tempo para o outro nem para Deus, é porque estão demasiadamente ocupadas consigo mesmas.

Por mais que aquilo que você faça seja para sua casa, para sua família, elas não adiantam se você não tiver tempo para conviver com os seus, para escutá-los, dialogar com eles. Não adianta dizer que você é bom, que tem Deus no coração se você não tem tempo para preencher o seu coração com o Senhor.

A mais terrível de todas as desculpas é alguém dizer que não têm tempo para ir à Missa Dominical ou arrumar um outro compromisso no dia da Celebração Eucarística, no dia do grande banquete para o qual somos convidados pelo Senhor a participarmos.

Muitas vezes, quando olhamos para nossas pastorais, para os nossos grupos de Igreja, eles são assumidos sempre pelas mesmas pessoas. Mas por que são sempre essas pessoas que os assumem? Porque aqueles que Deus chamou – eu ou você – estão demasiadamente ocupados. Nós temos tempo para criticar, falar e cobrar, mas para colocar a mão na massa e assumir compromisso com o Reino de Deus são poucos. E é com esse pouco, que muitas vezes chamamos de desqualificados, que Deus pode contar, porque os que se acham qualificados e podem fazer melhor não colocam a mão na massa.

Que nós hoje possamos refletir: “Qual uso nós fazemos do nosso tempo e que tempo disponibilizamos para o próximo e para as coisas de Deus?”.

Deus abençoe você neste dia!
:: Ouça esta reflexão no Canal Pod Homilia

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Facebook Twitter

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A missa da Festa de Sante Edwiges







No domingo dia 20 de outubro, tivemos uma bela celebração, com a presença do Padre Pedro e Padre Francisco.
 


 

A capela estava lotada com a presença de devotos da comunidade, de outras paróquias, cidades e estado! 



Agradecemos aos devotos que doaram as flores para o andor e doação das camisetas que abrilhantaram a caminhada e a missa!

 GOSTOU da festa? Tem alguma sugestão?
Escreva para nós!



SANTA EDWIGES ROGAI POR NÓS!