A santidade da qual se dizia carente, ela via em
todas as outras pessoas. Tratava os pobres de maneira extremamente carinhosa, e
chegou certa vez a lavar os pés de nove leprosos. Depois mandou vesti-los com
roupas novas e fez com que se sentassem com ela à mesa para a refeição. Após
servi-los do que tinha de melhor, deu-lhes boas esmolas e
despendiu-os com palavras de alento.
Visitava os conventos com frequência para sentir suas
necessidades, levando sempre provisões. Além de humilde, era de uma paciência
muito grande. Nada tirava a sua serenidade, e enfrentava todas as dificuldades
com admirável espírito, não perdendo a calma e jamais respondendo a alguém com
aspereza.
Edwiges apresentava sempre o semblante sereno, mesmo
nas maiores tribulações. Quando soube que seu marido caíra prisioneiro e estava
gravemente ferido em poder do príncipe Conrado, com toda a tranquilidade e
paciência disse: “Espero, pelo Senhor Deus, que logo o liberte e consiga se
curar das feridas”. Em pouco tempo realmente veio acontecer como pedira.
Quando seu marido, após ser libertado por Conrado,
veio a falecer. As monjas do mosteiro Trebnitz ficaram desconsoladas e, em
desespero, Edwiges falhou-lhes: “Por que estão tão perturbadas? Por que não
aceitaram a vontade de Deus? Isso não deveria ser próprio de vocês, minhas
caras. O Criador pode dispor como lhe convém de suas criaturas. Sua providência
deve sempre nos servir de consolo”.
Quando seu filho Henrique morreu, aconteceu a mesma
coisa. Sem derramar uma lágrima, sem sinal exterior da grande dor que sofria,
tinha palavras de conforto para sua filha e para a nora.
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