quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Vida austera e penitente




Santa Edwiges foi também muito austera e penitente. Não mortificava somente o espírito, mas mortificava duramente o corpo. Seus sentidos eram dominados pelas penitências. Jejuns e abstinências eram meios que a santa usava, como ela mesma dizia, para reprimir qualquer tentativa de carne sobrepor-se ao espírito. Jejuava quase todos os dias, só não o fazendo em dias festivos quando, normalmente, fazia duas refeições. Durante quarenta anos absteve-se de comer carne.
 

Certa vez seu irmão Ekelberto, Bispo de Bamberg, repreendeu-a pelos excessos de abstinências.
Outra vez, estando Edwiges doente, o legado apostólico da Polônia impôs-lhe que também se alimentasse de carne. Ela obedeceu, mas a obediência foi uma penitência maior ainda que a de não comer. Para compensar, Edwiges mandou que tirassem o sal e os temperos dos alimentos.
Aos Domingos, Edwiges alimentava-se de peixe e queijo, assim como nas terças-feiras. Às segundas e sábados apenas de legumes e temperos, e nas quartas e sextas jejuava a pão e água. No tempo do advento, na Quaresma e nas grandes festas cristãs, jejuava também a pão e água.


Perguntava um dia por que jejuava nas vigílias dos grandes santos ela respondeu: “Os santos são necessários para nós, e para que nos ajudem e venham em nosso auxílio na hora de nossa morte. Por isso devemos venerá-los. Além do mais, pelo jejum corporal, os vícios são reprimidos, o espírito elevado e as virtudes são mais facilmente praticadas. Por isso julgo necessário o jejum, a abstinência e a penitência”.

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