Santa Edwiges nasceu no ano de
1174, em pleno período do feudalismo. Filha dos nobres Bertoldo e Inês e, tendo
sido criada em ambiente onde reinavam o luxo e a riqueza, Edwiges destacou-se
por sua humildade.
Casou-se com Henrique, filho dos reis da Polônia e com ele
teve seis filhos: Edwiges e Sofia (que faleceram ainda bebês), Gertrudes,
Henrique, Conrado e Boleslau.
Henrique, como muitos de sua época, era católico, mas não
praticava os ensinamentos de Cristo. Edwiges conseguiu transformá-lo em um dos
católicos mais fervorosos do reino. Aos 32 anos de idade, e ainda casada,
Edwiges fez votos de castidade, o que Henrique respeitou até o fim de sua vida.
Com a morte de seu marido, Edwiges foi para o convento onde
sua filha Gertrudes era abadessa. No entanto, não fez os votos, pois queria
manter seus bens para usá-los em favor dos necessitados.
Morreu no dia 15 de Outubro, no ano de 1243, no mesmo
convento onde vivera desde a morte do marido. Foi canonizada no dia 26 de Março
de 1267, pelo Papa Clemente IV. Apesar de ter morrido no dia 15, a sua festa é
no dia 16, dia de seu sepultamento, pois no dia 15 de Outubro já era comemorada
a festa de Santa Tereza D´Ávila.
Por que ela é considerada a padroeira dos pobres e
endividados?
No período do feudalismo, os chefes de família que
contraiam dívidas que não podiam pagar eram vendidos como escravos para outros
reinos. Para não destruir as famílias destes homens, Edwiges, por muitas vezes,
pagava estas dívidas, mantendo, assim, as famílias unidas.
Sua preocupação com os mais necessitados era tão grande que
construiu, com os seus próprios bens, vários orfanatos, escolas, hospitais,
casas para os sem moradia e até mesmo mosteiros, conventos e seminários. Apesar
de ter vivido há quase mil anos, ela tinha plena consciência que o povo
necessitava não apenas de ter pão para comer, mas também estudo, saúde e um
teto para morar. Procurava levar o Batismo, o primeiro de todos os sacramentos,
a todas as pessoas de seu reino e dos reinos mais próximos, sendo uma
verdadeira missionária em seu tempo.
Edwiges, como muitos podem pensar, não construía os
hospitais e orfanatos e depois “ficava de fora” apenas olhando, ela fazia
questão de estar juntos destas pessoas. Por ocasião de uma epidemia de peste em
seu reino, ela própria cuidou de vários doentes e, em períodos de menos
fartura, ela levava, pessoalmente, alimento e roupas para os que precisavam.
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