sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Papa: Presépio e árvore, sinais da compaixão do Pai celeste


Crianças atendidas nos setores de oncologia de hospitais italianos são as responsáveis pela decoração da árvore de Natal - AP
07/12/2017 13:57
Cidade do Vaticano (RV) -  O Papa recebeu em audiência no final da manhã desta quinta-feira na Sala Paulo VI cerca de 4.000 pessoas pertencentes às delegações dos doadores do Presépio e da árvore que embelezam a Praça São Pedro nesta Natal.
 
Francisco começou seu pronunciamento agradecendo ao Abade de Montevergine pelo dom do Presépio e ao Arcebispo de Warmia e ao Bispo de Elk, na Polônia, pela doação do pinheiro, assim como à Direção das Florestas Estatais de Bialystok.
O Papa saudou também as crianças assistidas nos departamentos oncológicos de alguns hospitais italianos e das zonas atingidas pelo terremoto na região central italiana, responsáveis pelas ornamentações da árvore.
O Presépio e a árvore – recordou Francisco – nos falam com uma linguagem simbólica, “são os sinais da compaixão do Pai celeste, da sua participação e proximidade à humanidade, que experimenta não ser abandonada na noite dos tempos, mas visitada e acompanhada nas próprias dificuldades”.
A árvore, que aponta para o alto, nos estimula a buscarmos “os dons mais altos”, elevando-nos “acima das névoas que ofuscam, para experimentar quão belo e alegre é mergulhar na luz de Cristo. Na simplicidade do presépio, encontramos e contemplamos a ternura de Deus, manifestada naquela do Menino Jesus”.
“O Presépio é o local sugestivo onde contemplamos Jesus que, assumindo as misérias do homem, nos convida a fazer o mesmo, por meio de ações de misericórdia”, observou o Santo Padre, recordando que neste ano ele é inspirado nas obras de misericórdia.
“A árvore – recordou Francisco – proveniente este ano da Polônia, é sinal da fé daquele povo que, também com este gesto, quis expressar a própria fidelidade à Sé de Pedro”.
Dirigindo-se sobretudo às crianças, Francisco recordou que no trabalho que fizeram, “vocês transferiram os seus sonhos e os seus desejos de elevar ao céu e de fazer conhecer Jesus, que se fez criança como vocês para dizer que quer bem a vocês”.
“Obrigado pelo seu testemunho, por ter deixado mais bonitos estes símbolos de Natal, que os peregrinos e visitantes provenientes de todo o mundo poderão admirar. Obrigado! Obrigado”, foi o agradecimento do Santo Padre aos pequenos.
“Esta tarde, quando as luzes do presépio e da árvore de Natal serão acesas, também os desejos que vocês transferiram nos vossos trabalhos de decoração da árvore serão luminosos e vistos por todos”.
Que o Natal do Senhor – foram os votos de Francisco ao concluir – seja a ocasião para sermos mais atentos às necessidades dos pobres e daqueles que, como Jesus, não encontram quem os acolha”.
Faço votos de um Feliz Natal, assegurando minha oração. Também vocês, rezem por mim e pelo meu serviço à Igreja.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Sejamos sensíveis ao sofrimento do próximo

Evangelho (Mt 15,29-37)

Não permitamos que ninguém sofra a fome, a dor ou 

qualquer outro sofrimento e sejamos indiferentes.

 

“Jesus chamou seus discípulos e disse: ‘Tenho compaixão da multidão, porque já faz 
três dias que está comigo, e nada tem para comer. Não quero manda-la embora com 
fome, para que não desmaie pelo caminho” (Marcos 15,32).
Jesus teve compaixão daquela multidão. Quando alguém tem compaixão, ela sofre junto,
 ela tem os sentimentos daquela alma e daquele coração; é capaz de ter sensibilidade
 pelo o que o outro está passando e sofrendo. E, nesse espírito da sensibilidade pelo sofrimento do outro, essa pessoa assume as dores dele.
Olhemos para o nosso meio (de forma nenhuma) não somos os mais sofredores. Muitas
 vezes, nós super valorizamos o nosso sofrimento, as nossas angústias e necessidades.
 É falta de sensibilidade para com o sofrimento do outro.
Quando vemos quem sofre ao nosso lado, aqueles que passam por dificuldades e 
sabemos nos colocar no nosso lugar; não vamos nos elevar e nem centrarmos naquilo 
que sofremos, mas vamos saber ter o sentimento de Jesus, com o sofrimento e a dor 
do próximo.Ter compaixão do outro é aproximar-se dele; é alimentá-lo com a palavra 
que levanta, conforta, consola e cura, essa é a Palavra de Jesus.
Permita-me dizer com muita seriedade e profundidade: não basta alimentar as pessoas 
com a Palavra de Deus; sabemos que não só de pão vive a nossa humanidade, 
entretanto, não é ”só” da Palavra de Deus. Têm pessoas que precisam do pão para
 comer, precisam da veste para vestir, precisam da água para beber, precisam do
 remédio para cuidar da sua doença e da  enfermidade. Olhemos, também, para as 
necessidades materiais que as pessoas passam e sofrem.
Jesus não permitiu que aquela multidão fosse despedida com fome. Não dá para alguém
 se aproximar de nós com fome, estar sofrendo porque a fome doí, machuca e oprime e 
simplesmente dizermos: “Deus te abençoe”. O “Deus te abençoe” é um conforto para a 
alma, mas o físico daquela alma precisa se alimentar.
Não permitamos que ninguém sofra a fome, a dor ou qualquer outro sofrimento e 
sejamos indiferentes.
Queremos acolher Jesus e fazer a maior festa para Ele. No Natal, as casas estão 
sendo enfeitadas, vamos dar presentes; mas para tantas coisas Jesus “fecha” os olhos, 
pois, Ele não quer ver. Encher a casa de enfeites e presentes é fácil demais, a verdade 
é que, precisamos ter a sensibilidade para saber onde Jesus está sofrendo e nascendo. 
Jesus está sofrendo em quem passa fome, nos que passam necessidade e precisa do 
cuidado não só espiritual, mas o humano e verdadeiro do nosso coração.
Sejamos sensíveis ao sofrimento do outro: o espiritual, psíquico, psicológico; enfim, 
ao sofrimento de quem passa por qualquer necessidade.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e
 colaborador do Portal Canção Nova. 
Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

FESTA DE NATAL 2017

Foi um sufoco, mas aconteceu a festa de natal. Obrigado a ajuda de todos e as doações!!




BATIZADO NA COMUNIDADE

Missa celebrada pelo padre Antônio, teve o batizado da pequena Isabela e entrega dos DEZ mandamentos ao grupo de catequese.






sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

10 curiosidades sobre o Advento que melhorarão seu Natal


A partir deste final de semana, você é convidado a recordar o 

passado, viver o presente e preparar o futuro

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© DR
1. “Advento” é uma palavra de etimologia latina, que significa “vinda”.

2. O Advento é um tempo litúrgico composto pelas quatro semanas que precedem o Natal, como tempo de preparação para o nascimento do Senhor.

3. O Advento tem como cor litúrgica o roxo, que significapenitência e conversão – neste caso, unidas à esperança diante da iminente vinda do Senhor.

4. O Advento é um período privilegiado para os cristãos, já que somos convidados a recordar o passado, viver o presente e preparar o futuro.

5. O Advento é memória do mistério de graça do nascimento de Jesus Cristo. É memória na encarnação. É memória das maravilhas que Deus faz em favor dos homens. É memória da primeira vinda do Senhor. O Advento é história viva.

6. O Advento é um convite a viver o presente da nossa vida cristã e a experimentar e testemunhar a presença de Jesus Cristo entre nós, conosco, por nós. O Advento nos interpela a viver sempre vigiantes, caminhando pelos caminhos do Senhor em justiça e amor. É uma época de presença encarnada do cristão, quem, cada vez que faz o bem, reatualiza a encarnação e o nascimento de Jesus.

7. O Advento prepara e antecipa o futuro. É um convite a preparar a segunda e definitiva vinda de Jesus Cristo, já na majestade da sua glória. Ele virá como Senhor e como juiz. O Advento nos faz proclamar a fé em sua vinda gloriosa e nos ajuda a preparar-nos para ela. Este tempo já é vida futura, é Reino, é escatologia.

8. O Advento e tempo para a revisão da própria vida à luz da vida de Jesus Cristo, à luz das promessas bíblicas e messiânicas. É tempo para o exame de consciência continuado, arrependido e agradecido.

9. O Advento é projeção de vida nova, de conversão permanente, do céu novo e da terra nova, que só são alcançados com o nosso esforço, de cada dia e de cada ato.

10. O Advento é o tempo de Maria de Nazaré, que esperou, que confiou na palavra de Deus, que se deixou invadir por Ele e em quem floresceu e resplandeceu o Salvador do mundo.

(Artigo publicado originalmente pela Revista Ecclesia)
sources: Revista Ecclesia

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Papa: "Igrejas sejam de serviço, igrejas gratuitas como a salvação"


Missa da manhã, 24 de novembro
24/11/2017 09:53
Cidade do Vaticano (RV) - Vigilância, serviço, gratuidade: são as três palavras que o Papa Francisco ressaltou na homilia da missa matutina na Casa Santa Marta de hoje. E o fez comentando as duas leituras da Liturgia: a primeira do Livro dos Macabeus; e a segunda do Evangelho de Lucas, ambas com a purificação do Templo como tema. Assim como Judas e seus irmãos reconsagraram o templo profanado pelos pagãos, Jesus expulsa os mercantes da casa do Senhor, transformada de novo em um antro de ladrões.
Como se pode purificar o Templo de Deus?- perguntou o Papa, respondendo: “Com a vigilância, o serviço e a gratuidade”.
O mais importante templo de Deus é o nosso coração, disse o Papa. “Dentro de nós habita o Espírito Santo. Mas o que acontece em meu coração?”.
 
“Aprendi a vigiar dentro de mim para que meu coração seja apenas para o Espírito Santo? Purificar o templo, o templo interior, e vigiar. Fique atento, fique atenta: o que acontece em seu coração? Quem vem... quem vai... Quais são os seus sentimentos, as suas ideias? Você fala com o Espírito Santo? Escuta o Espírito Santo? Vigiar; estar atentos para o que acontece em nosso templo, dentro de nós”.
Jesus, continuou o Papa, “está presente de modo especial nos doentes, naqueles que sofrem, nos famintos, nos encarcerados”. Ele mesmo o disse.
“E eu me pergunto: sei custodiar aquele templo? Cuido do templo com o meu serviço? Aproximo-me para ajudar, para vestir, para consolar aqueles que precisam? São João Crisóstomo repreende aqueles que faziam tantas ofertas para decorar, para embelezar o templo, e não cuidavam daqueles que necessitavam. Repreendia-os e dizia: ‘Não, assim não. Primeiro o serviço, depois as decorações”.
Purificar, portanto, o templo que são os outros. E quando nós nos preparamos para prestar um serviço, para ajudar, nos assemelhamos a Jesus que está ali dentro.
O terceiro comportamento indicado pelo Papa é a gratuidade, que ele explicou assim:
“Quantas vezes, que tristeza, entramos em um templo... Por exemplo,  numa paróquia, num episcopado, não sei... Entramos e não sabemos se estamos na casa de Deus ou num supermercado. Uma loja, a lista de preços para os sacramentos... falta gratuidade. Deus nos salvou gratuitamente, não nos cobrou nada”. Igrejas sejam de serviço, gratuitas, assim como foi gratuita a salvação, e não 'igrejas de supermercado'".
Francesco antecipou uma objeção: “é necessário ter dinheiro para manter as estruturas, os sacerdotes, etc...”. E respondeu. “Dá a gratuidade e Deus fará o resto. Deus fará o que falta”.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Precisamos ter habilidade evangélica


Devemos ter habilidade evangélica, empenho, amor, dedicação e esforço para dar o melhor de nós, a fim de realizarmos as coisas de Deus

“E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lucas 16,8).
Há, no mundo em que vivemos, a lógica da esperteza, há pessoas que têm uma habilidade sem igual nos negócios, nos empreendimentos, naquilo que fazem. Há aqueles que têm uma facilidade em ter lucro naquilo que realizam e usam para isso as artimanhas que podem; outros têm uma habilidade para falar, para negociar e nos convencer de uma coisa que não temos nem como contradizer o que estão falando. Essas pessoas usam do seu empenho para conseguir convencer o outro do que querem, do que têm para oferecer.
Vivemos num mundo em que as pessoas dizem: “O mundo é dos espertos”.

Veja: esse “mundão” perdido em que vivemos pode ser dos espertos, mas o Céu não! Este é dos justos, dos santos e honestos, é dos que fazem a vontade de Deus.


Na Palavra, por que o senhor dessa administração está elogiando o administrador desonesto? Porque ele foi habilidoso em sua desonestidade, foi empenhado em dar o melhor de si e se dar bem naquilo que fazia. Os filhos da luz não são habilidosos, não são empenhados, fazem as coisas de Deus de qualquer jeito, fazem quando dá. Imagina se nós tivéssemos o empenho que muitos no mundo têm, para fazer e promover as coisas deste mundão em que vivemos?

Se nós tivéssemos a mesma dedicação, a luz de Cristo estaria brilhando mais nesse mundo, o Reino de Deus estaria acontecendo com mais vigor. Não precisamos ser desonestos nem devemos ser, não podemos ter a habilidade do mundo, mas devemos ter a habilidade evangélica, o empenho, o amor, dedicação e esforço para dar o melhor de nós para realizar as coisas de Deus.

Essa história de fazer as coisas de Deus de qualquer jeito – “O importante é que estamos fazendo” – não é assim não! É importante darmos o melhor de nós, e cada um dá o melhor de si, cada um usa a inteligência, a habilidade. É importante usar as redes, os meios de comunicação; é importante usarmos a Palavra, o que podemos para que o Evangelho seja anunciado. De forma oportuna ou inoportuna, precisamos ter a oportunidade de fazer o Reino de Deus acontecer, porque esse mundo é muito mais habilidoso naquilo que é deste mundo do que nós que somos os filhos da luz.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo


Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook