terça-feira, 29 de julho de 2014

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Quem julga o próximo toma o lugar de Deus, diz Papa em Missa

Na homilia de hoje, Santo Padre refletiu sobre as pessoas que julgam os outros, definindo-as como hipócritas
Da Redação, com Rádio Vaticano
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Francisco na Missa desta manhã / Foto: L’Osservatore Romano – Rádio Vaticano
Quem julga o irmão erra e será julgado do mesmo modo. Deus é ‘o único Juiz’ e quem é julgado pode sempre contar com o primeiro defensor, Jesus, e com o Espírito Santo. Este foi o teor da homilia do Papa Francisco, na Missa celebrada na capela da Casa Santa Marta, nesta segunda-feira, 23.
Quem julga o irmão é hipócrita, usurpa um lugar e um papel que não lhe compete e é um perdedor, porque terminará sendo vítima de sua própria falta de misericórdia. Depois de ler o trecho do Evangelho de Mateus, sobre o cisco e a trave no olho, o Papa disse que “a pessoa que julga erra, se confunde e é derrotada, porque assume o papel de Deus, que é o único juiz”.
“Fica tão obcecada pela pessoa que quer julgar, que o seu cisco não o deixa dormir, e não percebe a trave que tem em si. Confunde, acredita que a trave seja o cisco. Quem julga acaba mal, porque a mesma medida será usada para julgá-la. O juiz que toma o lugar de Deus aposta em uma derrota: é soberbo e será julgado com a mesma medida com a qual julga”.
O Santo Padre enfatizou que, diante do Pai, Jesus nunca acusa; ao contrário, sempre defende. Ele recordou que Jesus julgará, sim, mas no fim do mundo; nesse meio de tempo, Ele intercede pelo homem.
Concluindo sua reflexão, Francisco disse que quem julga é um imitador do príncipe deste mundo, que vai sempre atrás das pessoas para as acusar diante do Pai.
“Que o Senhor nos dê a graça de imitar Jesus defensor, Advogado nosso e dos outros, e de não imitar o outro, que quer nos destruir. Se quisermos percorrer o caminho de Jesus, teremos de defender os outros diante do Pai, rezar por eles. Lembremo-nos disso, pois nos fará bem todos os dias, quando ficamos com vontade de julgar os outros ou de falar mal deles, que também é uma forma de julgar”.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

CLJ e amigos limpam a praça

A comunidade fazendo o trabalho que a Prefeitura não faz!

 Limpar a praça Figueira da Pedra.

Parabéns a todos que ajudaram na limpeza da entrada da capela, ficou lindo para o Chá das Mães!!






quinta-feira, 22 de maio de 2014

quarta-feira, 14 de maio de 2014

''Sacramentos para todos, até para os marcianos''



Não é preciso se surpreender se, no pavilhão vaticano do Salão do Livro de Turim que terminou nessa segunda-feira, o livro mais vendido (ao menos 500 cópias por dia) foi o das homilias de Santa Marta. Um sucesso certamente destinado a continuar depois do que o papa disse nessa segunda-feira na sua nova pregação matinal.
A reportagem é de Marco Ansaldo, publicada no jornal La Repubblica, 13-05-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

"Quem somos nós para fechar as portas para o Espírito Santo? Se amanhã viesse uma expedição de marcianos, e alguns deles viessem ao nosso encontro, verdes, com aquele nariz longo e as orelhas grandes como são pintados pelas crianças, e um deles dissesse: 'Eu quero o batismo!', o que aconteceria?". Resposta: "O Espírito Santo é que faz a Igreja ir mais à frente, para além dos limites".
Bergoglio se inspirou no trecho evangélico em que Pedro sofre duras críticas dos cristãos de Jerusalém, porque comeu com uma comunidade de pagãos, de "não circuncidados". E, citando esse exemplo, o pontífice observou que o chefe dos apóstolos "compreende que o que foi purificado por Deus não pode ser chamado de 'profano' por ninguém".
"Quando o Senhor nos faz ver o caminho, quem somos nós para dizer que não é prudente? É a pergunta que Pedro se faz: 'Quem sou eu para colocar impedimentos?'. Uma bela palavra para os bispos, para os sacerdotes e também para os cristãos. Quem somos nós para fechar as portas?"
Em suma, para o papa argentino não se devem negar os sacramentos nem mesmo para os marcianos.
Francisco depois continuou, na Sala Paulo VI, dirigindo-se com uma densa sessão de perguntas e respostas aos alunos dos Pontifícios Colégios e Internatos de Roma, ilustrando as qualidades de um bom sacerdote.
Mais de uma hora de conversa, que foi desde como ser um pastor que comunica a como organizar o próprio dia, de como guiar o povo a como fazer uma homilia que não faça o público dormir.
"Mas, padre, neste tempo de tanta psiquiatria e psicologia, não seria melhor ir ao psiquiatra?", disse Bergoglio, citando a pergunta que de vez em quando ele ouve dos sacerdotes. "Eu não descarto essa hipótese – explicou Francisco –, mas, acima de tudo, é preciso ir ao encontro da Mãe, de Nossa Senhora, porque a um padre que se esquece da mãe nos momentos de turbulência falta alguma coisa".
Depois, continuou: "Não aos pastores negociadores, vaidosos e orgulhosos, que fazem as coisas por dinheiro, por interesses econômicos ou materiais". Para o papa, "há um só caminho para a liderança: o serviço. Mesmo que se tenha tantas qualidades para comunicar, mas não se é um servidor, a liderança cairá. A humildade e a proximidade devem ser as armas do pastor".
Mas ser humilde "não é fácil", porque, enfim, "a verdade é como uma cebola, que se começa a desfolhar e, no fim, quando se tirou uma folha depois da outra, se chega a nada, e só resta o cheiro ruim da cebola".
E o pontífice, talvez se lembrando de alguns meses atrás, quando telefonou para um convento de irmãs sem encontrar resposta, acrescentou por fim: "Que sofrimento, agora, quando se telefona para uma paróquia, e responde a secretária eletrônica! Mas como se pode estar a serviço do povo sem sequer ouvi-lo?".

quinta-feira, 8 de maio de 2014

"Igreja concede graça, não cria burocracia", diz o Papa na missa matutina



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco disse na missa da manhã desta quinta-feira, 08,
que “na Igreja, quem administra sacramentos deve dar espaço à graça de Deus e não criar obstáculos ‘burocráticos’”. Este foi o teor da homilia da missa presidida na Casa Santa Marta.
“Quem faz evangelização é Deus”: palavra do Papa Francisco, que reafirmou esta verdade opondo-a ao excesso de burocratização que por vezes na Igreja pode impedir a aproximação das pessoas a Deus.
O modelo a seguir é o Apostolo Filipe, que na leitura dos Atos dos Apóstolos, evidencia as três qualidades cristalinas de um cristão: docilidade de espírito, diálogo e confiança na graça. A primeira se destaca no momento em que o Espírito manda Filipe interromper suas atividades e ir até a carruagem na qual viajavam, de Jerusalém para Gaza, a rainha dos etíopes e o ministro.

Ele, Filipe, obedece. É dócil ao chamado do Senhor. certamente deixou de lado muitas coisas que tinha que fazer, porque naquela época, os apóstolos eram muito atarefados na evangelização. Ele deixa tudo e vai. Isto nos mostra que sem docilidade à voz de Deus, ninguém pode evangelizar, ninguém pode anunciar Jesus Cristo. No máximo, pode anunciar a si mesmo”.

Para Filipe, o encontro com o ministro etíope é uma ocasião de anunciar o Evangelho, mas este anúncio não é um ensinamento que vem do alto, imposto. É um diálogo que o Apóstolo tem o escrúpulo de começar respeitando a sensibilidade espiritual de seu interlocutor, que está lendo, mas sem entender, um texto do Profeta Isaías:
Não se pode evangelizar sem diálogo, porque se começa justamente de onde é preciso evangelizar. Como é importante o diálogo. “Padre, perde tanto tempo com as estórias de todos!”. Deus perdeu mais tempo na criação do mundo, e o fez bem!. Perder tempo com a outra pessoa é importante porque é ela que Deus quer que se evangelize, que lhe seja dada a notícia de Jesus”.

As palavras de Filipe despertam no ministro etíope o desejo de ser batizado, e no primeiro riacho que encontram na estrada, o Apóstolo administra o Batismo ao etíope. “Leva-o – observou o Papa – às mãos de Deus, à sua graça”. Assim, o ministro, por sua vez, será capaz de gerar a fé e “talvez isso nos ajude a entender melhor que quem faz a evangelização é Deus”.

Pensemos nestes três momentos da evangelização: a docilidade para evangelizar, fazendo o que Deus manda; o diálogo com as pessoas, partindo de onde elas estão; e o terceiro: entregar-se à graça, pois ela é mais importante do que toda a burocracia. “O que impede que?”: às vezes, na Igreja, somos uma fábrica que produz impedimentos para as pessoas chegarem à graça. Que o Senhor nos faça entender isso”, concluiu Francisco.
(CM)