terça-feira, 22 de abril de 2014

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Papa Francisco convida a contemplar o Crucificado, beijá-lo e dizer: "Obrigado, Jesus!"

 Rádio Vaticana

Muita gente na Praça de S. Pedro para a audiência geral desta Semana Santa:

“... a meio da Semana Santa a liturgia apresenta-nos aquele episódio triste do relato da traição de Judas, que vai ter com os chefes do Sinédrio para mercadar e entregar-lhes o seu Mestre. Quanto me dais se eu o Entrego? E Jesus passa a ter um preço. Este ato dramático marca o início da Paixão de Cristo, um percurso doloroso que Ele escolhe com absoluta liberdade. Di-Lo claramente Ele próprio: “Eu dou a minha vida...”
Nestes dias, vemos Jesus percorrer, de livre vontade, o caminho da humilhação e do despojamento – afirmou o Papa Francisco – o caminho que atinge o ponto mais profundo na morte de cruz: morre como um derrotado, um falido! Mas, aceitando esta falência por amor, supera-a e vence-a.
“A sua paixão não é um incidente; a sua morte – aquela morte – estava escrita. Trata-se de um mistério desconcertante, mas conhecemos o segredo deste mistério, desta extraordinária humildade: “Deus efetivamente amou tanto o mundo que deu o seu Filho Unigénito.”
Se, depois de todo o bem que realizara, não tivesse existido esta morte tão humilhante, Jesus não teria mostrado a medida total do seu amor – observou o Papa. A falência histórica de Jesus e as frustrações de muitas esperanças humanas são a estrada mestra, por onde Deus realiza a nossa salvação. É uma estrada que não coincide com os critérios humanos; pelo contrário, inverte-os, pois pelas suas chagas fomos curados. Quando tudo parece perdido, é então que Deus intervém com a força da ressurreição.
“A ressurreição de Jesus não é o final feliz de uma linda fábula ou de um filme, mas a intervenção de Deus Pai, quando já toda a esperança humana se tinha desmoronado.”
Também nós somos chamados a seguir Jesus por este caminho de humilhação – continuou o Santo Padre. Quando nos sentimos mergulhados na mais densa escuridão e não vemos qualquer via de saída para as nossas dificuldades, então esse é o momento da nossa humilhação e despojamento total, é a hora em que experimentamos como somos frágeis e pecadores. E nesse momento devemos abrir-nos à esperança tal como fez Jesus – advertiu o Papa Francisco que concluiu a sua catequese exortando todos para a contemplação do Mistério da Cruz:

“Esta semana vai-nos fazer bem pegar no crucifixo e beija-lo tantas vezes e dizer obrigado Jesus, obrigado Senhor. Assim seja.”
No final da audiência o Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:

“De coração saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, com menção particular do Colégio Nossa Senhora da Assunção. Tomai como amiga e modelo de vida a Virgem Maria, que permaneceu ao pé da cruz de Jesus, amando, também Ela, até ao fim. E quem ama passa da morte à vida. É o amor que faz a Páscoa. A todos vós e aos vossos entes queridos, desejo uma serena e santa Páscoa.”
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção! (RS)

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Quaresma 2014 | Confira a programação da quinta-feira Santa!

Quinta-feira Santa na Rede Aparecida, inicio do tríduo Pascal, Jesus se entrega por nós.Acompanhe a nossa programação!


7h30: Santo Terço
9h: Missa do Santo Crisma
12h: Sermão sobre a Redenção
18h: Ângelus, Terço e Novena
19h: Missa da Ceia do Senhor

Semana Santa na Rede Aparecida, tempo de misericórdia e redenção!

REDE APARECIDA
A TV de Nossa Senhora
http://www.A12.com/tv
http://twitter.com/redeaparecida
http://twitter.com/tvaparecida

quarta-feira, 9 de abril de 2014

“O cristianismo não é apenas ser bem educado”, diz o Papa Francisco



“O cristianismo não é uma doutrina filosófica, não é um programa de vida para sobreviver, não serve para nos educar, ou para fazer as pazes. Estas são consequências. O cristianismo é uma pessoa, uma pessoa levantada na Cruz, alguém que renunciou a si mesmo para nos salvar”. Assim falou, na manhã desta terça-feira, o Papa Francisco durante a homilia da missa na Capela da Casa Santa Marta, segundo indicou a Rádio Vaticano.

A reportagem é de Domenico Agasso Jr e publicada no sítio Vatican Insider, 08-04-2014. A tradução é de André Langer.

Na homilia, o Pontífice voltou a refletir sobre os conceitos da essência cristã, sobre o pecado e sobre a presunção de sair dele com as próprias forças. Partiu da primeira leitura do dia, do Livro dos Números, para refletir sobre a morte e o pecado. Destacou, acima de tudo, que Jesus, no Evangelho do dia, chama a atenção dos fariseus, dizendo-lhes: “Morrerão em seu pecado”.
“Não há possibilidade de sairmos sozinhos do nosso pecado – explicou Bergoglio. Estes doutores da lei, as pessoas que ensinavam a lei, não tinham uma ideia clara sobre isto. Acreditavam, sim, no perdão de Deus, mas se sentiam fortes, sabiam de tudo. E ao final, fizeram da religião e da adoração a Deus uma cultura com valores, reflexões, certos mandamentos de conduta para serem educados e pensavam que o Senhor pudesse perdoar. Sabiam disso, mas estavam muito longe de tudo isto”.

O Senhor, no deserto, recordou o Papa, manda Moisés fazer uma serpente e colocá-la sobre uma haste e diz que todo aquele que for mordido por uma serpente e olhar para ela não morrerá. “Mas, o que é a serpente?”, perguntou-se Francisco. “A serpente – explicou – é o sinal do pecado”, como já vemos no Livro do Gênesis quando “a serpente seduziu a Eva, propondo-lhe o pecado”. E Deus, prosseguiu o Pontífice, manda que se eleve o “pecado como bandeira de vitória”. E isto não compreendemos bem “se não entendemos o que Jesus nos diz no Evangelho”. Cristo diz aos judeus: “Quando tiverem levantado o Filho do Homem, saberão quem eu sou”.
No deserto, recordou o Papa, foi elevado o pecado, “aqui foi elevado Deus, feito homem e feito pecador por nós. E todos os nossos pecados estavam ali. Não se compreende o cristianismo sem entender esta humilhação profunda do Filho de Deus que se humilhou a si mesmo fazendo-se servo até a morte e morte de Cruz, para servir”.

E por este motivo o Apóstolo Paulo, prosseguiu, “quando fala sobre o que lhe envaidece (e também podemos dizer o que nos envaidece), diz: ‘dos pecados’. “Nós – observou o Santo Padre – não temos outra coisa de que nos orgulhar: esta é a nossa miséria”. Mas, acrescentou, “da parte da misericórdia de Deus, nós nos gloriamos em Cristo crucificado”; e justamente por isso “não existe um cristianismo sem a Cruz e não existe uma Cruz sem Jesus Cristo”.
O coração da salvação de Deus, disse o Papa, “é seu Filho, que tomou sobre si todos os nossos pecados, as nossas soberbas, as nossas seguranças, as nossas vaidades, os nossos desejos de sermos como Deus”. “Um cristão – afirmou com ênfase Francisco – que não sabe gloriar-se em Cristo crucificado não entendeu o que significa ser cristão”.

Nossas chagas, prosseguiu Francisco, “que deixam o pecado em nós, se curam somente com as chagas do Senhor, com as chagas do Deus feito homem, humilhado e aniquilado”. “Este é o mistério da Cruz”, afirmou Francisco. “Não é uma decoração que devemos colocar nas igrejas e nos altares. Não é um símbolo que nos distingue dos outros. A Cruz é o mistério, o mistério do amor de Deus, que humilha a si mesmo, que se anula, se faz pecado. Onde está o teu pecado? ‘Não sei, tenho tantos. Não, teu pecado está ali, na Cruz. Vai buscá-lo ali, nas chagas do Senhor e teu pecado será curado, tuas chagas serão curadas, teu pecado será perdoado. O perdão que Deus nos dá não é perdoar uma dívida que temos com Ele: são as feridas de seu Filho na Cruz, elevado na Cruz. Que Ele nos atraia e nós nos deixemos curar”.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Francisco convida Ervin Kräutler, bispo do Xingu, como colaborador na elaboração da encíclica sobre ecologia

Francisco convida Ervin Kräutler, bispo do Xingu, como colaborador na elaboração da encíclica sobre ecologia





Erwin Kräutler, bispo de origem austríaca, missionário no Brasil, foi chamado pelo Papa Francisco
para ajudá-lo na redação da próxima encíclica sobre os pobres e o
cuidado do ambiente, como ele mesmo informou na entrevista concedida ao Orff Journal. A notícia foi divulgada pela agência KathPress.

A informação é de Maria Teresa Pontara Pederiva, publicada por Vatican Insider, 06-04-2014. A tradução é da IHU On-Line

Em visita a paróquia romana, Francisco pede que fiéis combatam "necrose espiritual"


Cidade do Vaticano (RV) – Visitando domingo, 06, a paróquia romana de São Gregório Magno, ao sudoeste de Roma, o Papa Francisco pediu que os fiéis lutem contra o que chamou de “necrose espiritual” e os convidou a escutar a voz de Jesus.
“Todos nós temos dentro de nosso do coração áreas que não estão vivas, que estão mortas. Alguns têm muitas partes mortas no coração, uma verdadeira necrose espiritual”, disse, na homilia da celebração, perante centenas de pessoas.

O Papa pediu que os cristãos sejam capazes de superar o pecado e se abram à “força de dar vida” que vem de Deus. “Convido-os a pensar, um instante, aqui: Onde está minha necrose?”, disse.
Às 16h, Francisco deixou o Vaticano e foi recebido na paróquia por uma multidão que pendurou bandeiras nas janelas e sacadas. Havia pessoas até nos telhados para poder vê-lo se reunir com jovens, doentes e idosos.

A visita começou na Praça em frente da igreja paroquial. Depois de cumprimentar todos os fiéis, o Papa se encontrou com as crianças e jovens no campo esportivo.
Foi a sexta visita do Papa a uma paróquia de Roma, sempre com a intenção de se encontrar com as diferentes realidades sociais do território de sua Diocese.
Na homilia pronunciada na missa, Francisco mencionou o trecho evangélico da ressurreição de Lázaro, já citado durante a manhã na oração mariana dominical, pedindo que os fiéis "escutem a voz de Jesus".

Saiam de seus túmulos”, disse o Papa, que convidou os fiéis a descobrir a “parte morta da alma” para poder responder ao chamado de Jesus, como este o fez com Lázaro.
O Pontífice também apresentou aos fiéis a nova edição de bolso dos Evangelhos, que foi distribuída pela primeira vez gratuitamente na Praça São Pedro, durante a oração do Angelus.

Francisco brincou ao mostrar a Bíblia de bolso aos presentes e disse que o formato é ideal para ler “no ônibus, mas quando estiver acomodado, porque senão, precisa vigiar os bolsos!”.

A paróquia de São Gregório Magno se situa no bairro romano de Magliana, criado originalmente em meados do século XIX com a chegada de imigrantes à capital italiana. É uma região popular que durante décadas careceu de serviços básicos.
Esta circunstância, e a especulação urbanística da metade do século XX, deram origem nessa região ao surgimento de movimentos de conscientização e reivindicações sociais.
(CM)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

''A proximidade do papa, seu Evangelho vivido, é um modelo para todos''

''A proximidade do papa, seu Evangelho vivido, é um modelo para todos''



"Veja, é preciso se dar conta da repulsa que existe, mas não se vence o
mal limitando-se às análises. Vence-se o mal com o bem. O papa está nos
dizendo isto: abram os olhos para as coisas belas que existem." Dom Galantino já deixou claro que, para a visita de Francisco a Cassano all'Jonio,
"não haverá lugares privilegiados para quem quer que seja, não venham
me pedir isso". A primeira fila é para os doentes e os pobres.

segunda-feira, 31 de março de 2014

O drama da "cegueira interior" de quem recusa ser iluminado por Jesus: Papa ao Angelus, comentando o episódio do cego de nascença

2014-03-30 Rádio Vaticana
O drama da “cegueira interior” de quem não reconhece Jesus como Luz do mundo foi sublinhado pelo Papa neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, comentando antes da oração do Angelus, o Evangelho da cura do cego de nascença proposto pela liturgia.
Trata-se do longo capítulo 9 do Evangelho segundo São João, que inicia com um cego que passa a ver e se conclui com gente que presume ver mas que se obstinam em permanecer cegos na alma. O milagre da cura do cego é contado em dois versículos apenas – fez notar o Papa. O evangelista quer centrar as atenções não tanto na cura em si, mas nas discussões que esta suscita.

“No final, o cego curado chega à fé, e esta é a maior graça que lhe é feita por Jesus: não só ver, mas conhecê-Lo a Ele, que é a luz do mundo”. “Ao mesmo tempo que o cego se aproxima gradualmente da luz, os fariseus, pelo contrário, vão-se afundando cada vez mais na cegueira interior.”
“Fechados na sua presunção, crêem ter já a luz; e por isso não se abrem à verdade de Jesus. Fazem tudo para negar a evidência” – fez notar o Papa, que observou ainda que o caminho do cego é um percurso com etapas. É só no final que Jesus volta a dar a vista ao que tinha sido cego e que entretanto tinha sido expulso do Templo. “Jesus encontra-o de novo e abre-lhe os olhos pela segunda vez, revelando-lhe a própria identidade. E então aquele que tinha sido cego exclama ‘Creio, Senhor!’ e prostra-se diante de Jesus”.
“O drama da cegueira interior de tanta gente, também de nós!... A nossa vida por vezes é semelhante à do cego que se abriu à luz, a Deus e à sua graça. Por vezes, infelizmente, é um pouco como a dos fariseus: do alto do nosso orgulho julgamos os outros, até mesmo o Senhor. Hoje somo s convidados a abrir-nos à luz de Cristo, para dar fruto na nossa vida, para eliminar os comportamentos que não são cristãos”.
De entre os muitos grupos de peregrinos presentes hoje na praça de São Pedro saudados pelo Papa, não faltou hoje um grupo de “emigrados portugueses de Londres”… Mencionados também, com apreço, militares italianos que realizaram uma longa peregrinação a pé do santuário de Loreto a Roma, rezando pela resolução justa e pacífica dos contenciosos. “Felizes os construtores da paz!” – foi a bem-aventurança evocada a este propósito pelo Papa, que se despediu sugerindo aos presentes que, ao voltar a casa, tomassem o Evangelho para ler e meditar integralmente o episódio evangélico hoje proposto pela liturgia: o capítulo 9 de São João.