- O que a Palavra diz?
Leio atentamente, na Bíblia, Lc 11,1-4.
Um dia Jesus estava orando num certo lugar. Quando acabou de orar, um dos seus discípulos pediu:
- Senhor, nos ensine a orar, como João ensinou os discípulos dele.
Jesus respondeu:
- Quando vocês orarem, digam:
"Pai, que todos reconheçam que o teu nome é santo.
Venha o teu Reino. Dá-nos cada dia o alimento que precisamos.
Perdoa os nossos pecados, pois nós também perdoamos
todos os que nos ofendem.
E não deixes que sejamos tentados."
Neste
texto Jesus nos ensina a orar, respondendo à solicitação dos
discípulos. Propõe uma oração breve. Mais breve que a de Mateus (Mt
6,9-15). Esta oração do Pai Nosso traduz a experiência do povo, suas
provações no deserto, o maná de cada dia, a vontade de Deus, o seu
reinado. Apresenta cinco pedidos ao invés de sete. Indica a atitude que
devemos assumir ao orar: não ficar repetindo fórmulas, muito menos de
forma longa. E ainda, ter atitude de confiança no Pai que já sabe tudo
de que necessitamos. A invocação "Pai" ilumina o restante:
- que seja respeitado o nome de Deus que é Pai;
- que venha o Reino de Deus isto é, que Deus seja quem orienta e rege a história;
- pede o alimento de cada dia; se é o pão quotidiano refere-se à nossa vida aqui; se é o pão de amanhã, refere-se à vida eterna.
- Perdoa os nossos pecados, pois nós também perdoamos todos os que nos ofendem.
- E não deixes que sejamos tentados.
O perdão não depende apenas de nosso querer. É dom de Deus que ele nos oferece e que devemos acolher.
Thomas
Merton diz que, assim como somos, rezamos. E diz mais: “O homem que não
reza, é alguém que tentou fugir de si mesmo, porque fugiu de Deus”.
2. Meditação(Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Às vezes, apenas “dizemos orações”com os lábios.
Nosso coração, nossos sentimentos e pensamentos estão distantes.
Jesus nos ensina, de maneira muito simples, a orar:
1º Assumir a atitude de filhos e irmãos: Pai nosso.
2º Reconhecer o nome de Deus como “santo”.
3º Pedir que o Reino de Deus se instaure entre nós.
4º Dispor-nos a fazer a vontade de Deus.
5º Fazer os pedidos para o dia-a-dia: o pão, o perdão, a libertação de toda tentação e mal.
Os bispos, na V Conferência, em Aparecida, disseram: “Nos
diferentes momentos da luta cotidiana, muitos recorrem a algum pequeno
sinal do amor de Deus: um crucifixo, um rosário, uma vela que se acende
para acompanhar um filho em sua enfermidade, um Pai Nosso recitado entre
lágrimas, um olhar entranhável a uma imagem querida de Maria, um
sorriso dirigido ao Céu em meio a uma simples alegria.” (DAp 261).
Prado Flores
Foto: Robson Siqueira/cancaonova.com
As prisões no tempo de Jesus eram de 2 andares. No térreo era a cela, no andar superior vivia o carcereiro e no subsolo estavam os prisioneiros mais perigosos. Conforme o livro dos Atos dos Apóstolos no capítulo 16, o carcereiro recebe a ordem de prender Paulo e Silas no andar subterrâneo. São acorrentados nas mãos e nos pés. Era meia noite.
Se hoje como seguidor de Jesus você está no subterrâneo é sinal de que você não pode ir mais para baixo.
Se você está sendo preso, está na "meia noite", é sinal de que em instantes começará um novo dia.
Se você está sendo preso, está na "meia noite", é sinal de que em instantes começará um novo dia.
Mesmo presos, Paulo e Silas permaneciam louvando a Deus. Paulo não se lamentou dizendo "ah Deus, estou fazendo sua vontade e olha onde cheguei!" Não! Eles cantavam os salmos, os cânticos, os hinos do antigo testamento, por que tinham em seu coração e na sua memória a Palavra de Deus. Há 40 anos atrás quando eu recebi o Batismo no Espírito Santo o maior sinal entre os carismáticos era portar a Bíblia consigo, a Palavra de Deus.
Os prisioneiros que estavam com Paulo e Silas viveram uma noite diferente. O lugar que era cheio de murmuração se transformou em local de louvor. De repente o grande terremoto que aconteceu há meia noite, quando ninguém esperava, foi instrumento de libertação. Deus gosta de intervir de repente, quando ninguém espera. Por exemplo: quando ninguém espera a conversão de um filho, Deus intervém; quantos de nós tivemos um encontro pessoal com Jesus de repente?
Na Igreja, nas comunidades, na vida das pessoas, sempre chega um terremoto, e de repente. Deus permite isso por que precisamos deixar as seguranças, as estruturas. Muitas realidades precisam de outro vento impetuoso como o de Pentecostes para fazer tudo novo outra vez.
Benditos os terremotos, porque nos fazem depender de Deus. Quando Deus abre as portas se soltam todas as correntes. Mesmo com as portas abertas e correntes quebradas os presos não fugiram porque preferiram ficar ouvindo os cânticos de Paulo e Silas.
"Deus gosta de intervir de repente, quando ninguém espera"
Foto: Robson Siqueira/cancaonova.com
Se o louvor pessoal tem poder, imagina o poder do louvor comunitário!
Como está narrado em Atos 16, a Palavra de Deus nos ensina que assim é a comunidade: lavam as feridas uns dos outros e fazem festa. Os irmãos não curam as feridas, mas lavam para não infeccionar a outros. Uma comunidade está reunida por que todos encontraram o tesouro escondido e por isso vivem em festa.
Comunidade não são as estruturas, não são os estatutos: a comunidade é uma festa!
Concluo descrevendo as 7 características de uma comunidade:
1) sofrem juntos,
2) cantam juntos,
3) são libertos juntos,
4) experimentam terremotos juntos,
5) anunciam a Palavra juntos,
6) lavam-se de suas feridas juntos,
7) sobem para a casa para partilhar alimento e fazer festa.
2) cantam juntos,
3) são libertos juntos,
4) experimentam terremotos juntos,
5) anunciam a Palavra juntos,
6) lavam-se de suas feridas juntos,
7) sobem para a casa para partilhar alimento e fazer festa.
Reze para que o Espírito Santo forme você
através da Palavra de Deus.
Aúdio: Oração após essa pregação
através da Palavra de Deus.
Aúdio: Oração após essa pregação
Transcrição e adaptação: Fernando Fantini