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quinta-feira, 14 de julho de 2016

Dar de comer a quem tem fome


LUIZ TURRA
Mais ou menos intensa, a fome é sempre um alerta e uma ameaça à vida. Há tantos que sabem e buscam esclarecer, sempre mais, as causas e as consequências da fome. Busca-se mapear e computar dados estatísticos, que confirmam o aumento sempre maior dos índices deste drama da humanidade. 
A fome é um escândalo que dura demasiado tempo, como realidade que destrói a vida. Com razão afirmava São João XXIII: “Não haverá no mundo justiça, nem paz, enquanto os homens não tomarem a sério a dignidade de criaturas e filhos de Deus, primeira e última razão de ser de toda a criação” (Mater et Magistra, nº 214)
Um médico, competente e muito humano, registrou e publicou num jornal este depoimento: “Na semana passada, convivi com um paciente que é símbolo de nossa pobreza social: uma vítima da silicose, essa doença que destrói os pulmões pela inalação repetida de pó de pedra que mutila milhares de infelizes trabalhadores braçais... Perguntei-lhe se não pensava em fazer outra coisa e o paciente respondeu: ‘O problema, doutor, é que no sertão nós somos muitas vezes obrigados a escolher entre a fome e a falta de ar. Acabamos escolhendo a falta de ar, porque a fome mata mais rápido!”
A fome mata com rapidez a energia para reagir, as esperanças, os sonhos e a própria vida. O desequilíbrio social e econômico, provocado pela corrupção, a ganância, a injustiça e a sedução do acúmulo, provocam a fome de multidões e mortes, que podem ser consideradas verdadeiros homicídios (Cf. CIC 2269). O profeta Amós (8,4-10) denunciava com veemência o empobrecimento do povo, causado pelos comerciantes que se diziam observantes do sábado e da lua nova, mas ávidos do lucro.
Um cristão anônimo, consciente de sua responsabilidade, dizia: “Quando tomo conhecimento de que os famintos e necessitados poderiam caminhar ao redor do mundo em um cortejo que daria vinte vezes a volta ao planeta e, assim mesmo eu não me espanto e nada faço, então eu sou Caim”.
É muito difícil e até quase impossível precisar o número de vítimas por causa da fome. Porém, afirma-se que, no mundo, diariamente morrem 120 mil pessoas de fome. Diziam os antigos Padres da Igreja: “Alimenta ao que morre de fome, porque se não o alimentaste, mataste-o”.
O Conselho Pontifício “Cor Unum”, no dia 4 de outubro, festa de São Francisco, de 1996, lançou um documento que continua sendo atual. Tem como título: “A fome no mundo um desafio para todos: o desenvolvimento solidário”. Além de situar causas da fome, aponta luzes para sua superação:
. A busca da maior eficácia na gestão dos bens terrestres;
. Maior respeito pela justiça social consentida na destinação universal dos bens;
. Uma prática competente e permanente da subsidiariedade;
. O exercício da solidariedade que impede a apropriação dos meios financeiros por parte dos ricos e que permitirá a cada pessoa não ser excluída do corpo social e econômico, nem privado de sua dignidade fundamental.
. A superação da cultura da indiferença pela cultura da solidariedade.
O autor
Luiz Turra

Luiz Turra

Frei capuchinho, natural de Marau, RS. Formado em Filosofia e Teologia. Atualmente é pároco na Paróquia Santo Antônio, em Porto Alegre, RS. É colunista do Correio Riograndense, compositor e músico. 
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terça-feira, 12 de maio de 2015

Ser como Cristo é ser cristão



Ser como Cristo é ser cristão. Há uma explosividade revolucionária nesta proposta. Quando um discípulo vive a sua vida inteiramente para Deus, andando de mãos dadas com o Jesus para quem Deus é tudo, o poder ilimitado do Espírito Santo é libertado(...)

Nos anos que estão por vir nada há de mais importante do que ver a raça humana provida de uma comunidade de discípulos autênticos que, como Aquele que seguem, vivem inteiramente para Deus. Deus nos chama para essa extraordinária vida de discipulado. Não como um ideal simpático, mas como um programa de vida sério, concreto e realista para ser vivido aqui e agora por mim e por ti.

Isso é algo radicalmente diferente da religião branda e convencional(...) As nossas igrejas estão cheias de pessoas amáveis e respeitáveis. Temos abundância de cristãos para seguir Jesus na primeira metade do caminho. Muitos de nós tornaram-se tão indiferentes e convencionalmente religiosos quanto os religiosos de há dois mil anos atrás, cuja frouxidão, mediocridade e falta de paixão Jesus Cristo e os seus discípulos atacaram com todo o entusiasmo de uma nova descoberta e com toda a energia de construtores do Reino de Deus na terra. 

Uma vida vivida inteiramente para Deus é notavelmente bem alicerçada. As tuas alegrias são genuínas, a tua paz não-superficial, a tua humildade profunda, o teu poder formidável, o teu amor abrangente, a tua simplicidade como a de uma criança confiante. São a vida e o poder de Jesus de Nazaré, que ensinava que quando o olho é íntegro o corpo inteiro está cheio de luz.

Brennan Manning, in "A assinatura de Jesus"

segunda-feira, 16 de março de 2015

Como se reza a via-sacra?

Rezar a via-sacra é muito fácil e leva apenas alguns minutos. 

No entanto, poucas pessoas sabem rezá-la.







via crucis© alfonsobenayas
Rezar a via-sacra é muito fácil e leva apenas alguns minutos. No entanto, poucas pessoas sabem rezá-la. Apresentamos, a seguir, um esquema básico desta linda oração:

Oração inicial

Senhor, concede-me a graça de compartilhar contigo o caminho da cruz, penetrar teus pensamentos e sentimentos: o que pensavas, o que sentias enquanto carregavas a cruz pela humanidade, por mim?  Ajuda-me a compreender um pouco mais do que esta via dolorosa significou para ti. Com a minha pequenez, eu me atrevo a caminhar contigo nestas estações, deixando-me impressionar pela contemplação do teu mistério, buscando teu olhar de dor, de agonia, de morte, de paz.

Jaculatória antes e depois de cada estação

Antes de cada estação: "Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos porque pela vossa santa cruz remistes o mundo".

Depois  cada estação: "Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição".

1ª estação: Jesus é julgado, acusado falsamente, caluniado, abandonado pelos seus amigos e injustamente condenado à morte.

Oração: Guardaste silêncio. Ó Jesus silencioso, ensina-me a calar e a guardar silêncio, inclusive no sofrimento!

2ª estação: Jesus carrega a cruz. Com grande amor a abraça. Nela, expiará nossos pecados. Ele pensa em nós e caminha rumo ao calvário.

Oração: Jesus, ensina-me a compreender tuas palavras: "Se alguém quiser me seguir, tome sua cruz e siga-me".

3ª estação: Jesus não aguenta mais, suas forças diminuem e Ele cai pela primeira vez.

Oração: Jesus, dá-me forças para levantar-me das minhas quedas. Anima meus desânimos.

4ª estação: Jesus encontra sua Mãe. A dor de ver sua Mãe sofrendo lhe abre mais feridas no coração. No entanto, ao mesmo tempo, ver o olhar amoroso de Maria o consola.

Oração: Maria, que vencendo todo respeito humano foste capaz de consolar teu Filho no caminho do calvário, ajuda-me a experimentar teu olhar nas minhas dificuldades e aflições.

5ª estação: O cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz.

Oração: Jesus, assim como Simão te ajudou a carregar a cruz, ajuda-me nas minhas fraquezas e dificuldades.

6ª estação: O rosto desfigurado de Jesus comove o coração de uma mulher e, com um lenço, ela o enxuga cuidadosamente.

Oração: Jesus, grava tua imagem em meu coração, e que eu sempre me lembre dela.

7ª estação: Jesus, sob o peso da cruz, cai pela segunda vez.

Oração: Jesus, que não te cansem minhas constantes quedas!

8ª estação: O Senhor aceita a vã compaixão das filhas de Jerusalém.

Oração: Jesus, ajuda-me a aprender que carregar tua cruz é muito mais que todas as honras da terra.

9ª estação: Jesus cai pela terceira vez.

Oração: Jesus, que eu não perca a esperança quando experimentar a tua cruz na minha vida.

10ª estação: O Senhor é despojado das suas vestimentas.

Oração: Jesus, despojado de tudo, por amor a mim, ajuda-me a desprender-me, por amor a ti, de todas as criaturas, para que Tu sejas meu único tesouro.

11ª estação: Jesus é crucificado.

Oração: Jesus, que carregaste a cruz sem reclamar, concede-me jamais queixar-me por coisas inúteis, nem de ninguém, nem interiormente.

12ª estação: O Senhor morre na cruz.

Oração: Jesus, ajuda-me a aceitar de todo coração o tipo de morte que pensaste para mim, a aceitá-la com todas as suas angústias, penas e dores. Concede-me nesse momento unir-me à tua morte e oferecer a minha como consumação do meu caminho rumo a ti, aqui na terra.

13ª estação: O corpo de Jesus é tirado da cruz e recebido por Maria.

Oração: Jesus, que eu possa estar nos braços de Maria nos momentos mais difíceis da minha vida, e experimentar a proteção amorosa da tua santa Mãe.

14ª estação: Jesus é depositado no sepulcro.

Oração: Maria, minha Mãe, assim como João te fez companhia como um filho após a morte de Jesus, que eu possa sempre estar contigo, com os mesmos sentimentos do discípulo amado de Jesus.

Oração final

Senhor, que a meditação das tuas dores e sofrimentos destrua minha soberba, suavize meu coração e o prepare para receber teu inesgotável amor e perdão. Que, consciente das minhas quedas e defeitos, em meio às minhas penas e trabalhos, eu te busque sempre e que, contemplando teu coração aberto e ferido por amor a mim, eu possa mergulhar nele como uma gota de água, e me perca para sempre na imensidão da tua misericórdia. Amém.

sexta-feira, 6 de março de 2015

São Rafael Arcanjo serviu como anjo da guarda de Tobias


São João Bosco ------------22EstatuaDomBosco01.jpgSão João Bosco escreveu a história sagrada pondo em linguagem acessível a seus jovens alunos as comoventes passagens bíblicas. Destas, uma das mais belas é a narração da viagem de Tobias, que teve por anjo da guarda o próprio São Rafael, "um dos sete espíritos que estamos continuamente na presença de Deus". Enviado pelo pai - também chamado Tobias - a uma terra desconhecida, o jovem viajante pediu a um desconhecido que o acompanhasse, o qual era um anjo que assumira aspecto humano, e que dissera conhecer o caminho. Tobias, além de cumprir a missão retornou com um remédio para curar a cegeira que seu genitor adquirira em um acidente. Recobrada a visão, pôde o velho Tobias ver a esposa do filho - que se casara na viagem - e as riquezas trazidas no retorno. E, para surpresa de todos, no momento dos agradecimentos o guia da viagem revelou-se como sendo o arcanjo Rafael. São Rafael é atualmente considerado como o padroeiro dos viajantes.
 A HISTÓRIA DE TOBIAS
O reino de Israel durou duzentos e cinqüenta e quatro anos, e teve dezenove reis, todos ímpios. Freqüentemente mandou-Ihes Deus profetas para admoestá-los e levá-los a eles e a seus súditos à prática do verdadeiro culto, mas inutilmente. As ameaças dos profetas foram desprezadas e os mesmos profetas foram encarcerados, exilados ou mortos. Tan­tas iniqüidades esgotaram a misericórdia do Senhor, que entregou o povo e o rei de Israel nas mãos de seus inimigos. O último rei de Israel foi Oséias, sob cujo governo teve fim aquele reino.
No princípio ele tentou libertar-se do jugo dos Assírios de quem se tinha tornado tributário; mas, indignado, Salmanassar, rei da Assíria, marchou com poderoso exército para expugnar Samaria. Depois de três anos de cerco, apoderou-se da cidade, prendeu Oséias e meteu-o a ferros. Depois de submeter todo o reino ao seu poder, levou o rei e o povo para a Assíria e para a Média, donde não mais voltaram. 
Os Israelitas na Assiria
Os Israelitas padeceram na Assíria duríssima escravidão; muitas vezes faltou-lhes um pedaço de pão para matarem a fome e um trapo para se vestirem. Muitos foram assassinados e seus cadáveres atirados fora dos muros da cidade para servirem de pasto às aves de rapina e a outros animais ferozes, sem que se lhes pudesse dar sepultura, sendo isto proibido por uma lei desumana. Assim aquele povo, que fora surdo aos repetidos avisos dos profetas do Senhor, pagava o duro preço de suas infidelidades.
Virtude de Tobias
Deus, que é sempre bom, mandou um consolador aos pobres Israelitas. Foi o piedoso Tobias, homem educado no santo temor de Deus, grandemente estimado pela sua piedade e paciência.
Levado ao cativeiro com os outros, à vista de seus irmãos oprimidos, dedicou-se ao santo mister de consolar os aflitos, de alimentar e vestir os necessitados e sepultar os mortos. Quando sabia que um Israelita morto era atirado em qualquer canto, deixava o que estava fazendo e 'aproveitava da escuridão da noite para enterrá-lo.
O rei cruel, tendo notícia de semelhantes fatos e de como Tobias dispensava seus bons ofícios aos seus irmãos de exílio, mandou que fosse espoliado de todos os bens e condenado à morte. Apesar disso, o Senhor conservou-lhe a vida: fugindo à cólera do rei, ficou escondido por algumas pessoas piedosas, em companhia de sua mulher e seu filho. Pouco depois, tendo sido assassinado esse rei cruel, pôde Tobias continuar no desempenho de seu piedoso mister. Um dia, tendo-se sentado à mesa para jantar, veio seu filho adverti-lo de que haviam deixado na praça um cadáver. Levantou-se imediatamente da mesa, foi buscar o cadáver e o ocultou em casa, sepultando-o depois durante a noite, mostrando assim quanto era constante e qual o seu ardor no exercício da caridade.
Paciência de Tobias
A virtude de Tobias foi experimentada por Deus com grandes tribulações. Uma ocasião, após ter passado a noite inteira a dar sepultura aos mortos, voltava para casa ao clarear do dia, e prostrado de cansaço deitou-se perto de um muro sobre o qual havia um ninho de andorinhas, e ali adormeceu. Durante o sono caiu-lhe nos olhos um pouco de cisco quente do ninho daqueles passarinhos e ficou cego. Nesse mísero estado, conservou-se sempre fiel ao Senhor. Nada temia tanto como o pecado e até a sombra dele. Sua mulher que o sustentava com o seu trabalho, levou para casa um dia um cabrito que lhe haviam dado como paga. O cego, ouvindo-o berrar, disse: Vê lá que esse cabrito não tenha sido roubado! Se o foi, mulher, volta imediatamente a restituí-lo ao seu dono. Não devemos lançar mão da mínima coisa pertencente aos outros.
Recomendações de Tobias
Oprimido por tantas desventuras, Tobias pediu ao Senhor que o chamasse à outra vida. Supondo que Deus ouvira o seu pedido, deu ao filho estas lembranças: Meu filho: recomendo-te que respeites sempre tua mãe e nunca te esqueças do que ela sofreu por ti. Não se apague ele tua mente a imagem de teu Deus e guarda-te do pecado e de fazer algo contra os mandamentos divinos. Tem compaixão dos pobres e Deus terá compaixão de ti. Faze esmola; se tiveres pouco, desse mesmo pouco dá o que puderes, mas dá de boa vontade. A esmola apaga os pecados, faz achar misericórdia diante de Deus e conduz à vida eterna. Nas dúvidas, aconselha-te com homens prudentes, mas não te associes nunca aos perversos. Foge da soberba e preserva-te da impureza.
O filho, todo comovido, respondeu-lhe: Meu pai, farei tudo quanto me disseste. E manteve fielmente a sua promessa.
Tobias manda seu filho a Rages
O bom Tobias não morreu então, como supunha. O Senhor conservou-lhe a vida para fazê-lo gozar inefáveis, consolações, por meio de seu filho chamado também Tobias. Um dia disse o velho a seu filho: Tobias, emprestei dez talentos de prata a Gabel, que reside em Rages, cidade da Média. Eis o documento relativo. Apresentando-lho, ele te restituirá logo o dinheiro. Mas como tu não sabes o caminho, vai procurar algum amigo fiel que te possa guiar. O filho obediente saiu de casa e encontrou um jovem prestes a empreender uma viagem. Ignorando que o desconhecido fosse um anjo de Deus, disse-lhe delicadamente: Bom jovem, quem és tu? Conheces a estrada que conduz à Média? E o jovem respondeu: Eu sou Israelita e conheço bem o caminho de que falas, pois morei muito tempo em Rages, na casa de Gabel. Tobias, com o consentimento do pai, partiu com o anjo Rafael, que disfarçado sob aparência humana e sem dar-se a conhecer, prontificou-se a acompanhá-lo.
Chegando à margem do Tigre, um peixe monstruoso atacou o jovem Tobias, e já parecia que ia devorá-lo, quando o Arcanjo lhe disse que não temesse e que segurasse o peixe, o matasse e lhe tirasse o fígado, com o qual faria um remédio para curar o pai.
Uma viagem iniciada sob tão bons auspícios não podia terminar senão próspera e feliz. E de fato, o anjo não só fez com que Tobias recebesse o dinheiro que fora buscar, como também procurou, e conseguiu que o mesmo desposasse uma rica e virtuosíssima donzela de nome Sara, filha única de Raguel.
Volta do filho. Cura e santa morte do pai
Entretanto, Tobias e sua mulher esperavam ansiosos pela demora. Muitas vezes a mãe, do alto de um monte, procurava impaciente ver se o descobriria ao longe. Por muitos dias foi vã a sua expectativa. Finalmente avistou-o um dia e satisfeitíssima, correu a dar aTobias - livro História Sagrada - São João Bosco--------PB.jpg boa nova ao marido. O velho Tobias, apesar de cego, quis ir ao encontro do amado filho. Os pais o abraçaram com ternura. Isto era apenas o início das grandes consolações que ao velho Tobias queria a bondade divina conceder.
O jovem Tobias unge os olhos do pai com o fel do peixe, e o velho imediatamente recupera a vista, e pode ver, não somente o filho amado, mas ainda observa a esposa, admira suas singulares qualidades e as grandes riquezas que trouxera consigo. Espalhada a noticia da volta do filho de Tobias e de como o bom pai tinha sido curado, seus parentes se reuniram para dar graças ao Senhor e festejar o acontecimento. Em presença de todas essas pessoas, enumerou o filho os solenes benefícios que havia recebido do companheiro de viagem, que ainda julgava ser um homem. Querendo de alguma maneira recompensá-lo, pediram-lhe quisesse aceitar metade das riquezas que havia trazido. O anjo então deu-se a conhecer e disse ao velho: Agora é tempo de eu manifestar a verdade. Quando sepultavas os mortos e te ocupavas em obras pias ou em fervorosas orações, eu oferecia tudo ao Senhor. E porque êle te amava, quis que a cegueira aumentasse teu merecimento; depois mandou-me Deus a mim para curar-te e trazer-te todos estes bens. Pois que eu sou o anjo Rafael, um dos sete espíritos que estamos continuamente na presença de Deus. Louvai, pois, ao Senhor e contai a todos as suas maravilhas. Dito isto, desapareceu. Eles ficaram por três horas prostrados no chão bendizendo o nome de Deus.
Tobias viveu ainda quarenta e dois anos; sentindo, depois, que se avizinhava a hora de sua morte, chamou o filho e recomendou-lhe que se mantivesse fiel e constante no santo serviço de Deus. Depois serenamente expirou, na paz do Senhor, com cento e dois anos de idade.
O filho atingiu a idade de noventa e nove anos. Ele, seus filhos e netos imitaram as virtudes paternas; por isso foram sempre benquistos dos homens e abençoados por Deus.
FONTE: texto extraído de História Sagrada, de São João Bosco (Livraria Salesiana Editora, São Paulo, 1944, 8 ed), com adequação redacional-ortográfica.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Papa rifa seus presentes e doa arrecadação aos pobres.


O Papa Francisco recebe presentes todos os dias, e muitos deles têm valor comercial. 

Numa tentativa de repartir estes bens com os que mais precisam, foi decidido organizar uma rifa de Natal entre os funcionários do Vaticano. 

O preço do bilhete é 10 euros (32,4 reais). 

O primeiro prêmio é um Fiat Panda 4x4, branco, com motor 1.3 turbodiesel de 75 cv. 

No lote de prêmios também estão outros objetos como iPhone, iPod, bicicletas, um chapéu estilo panamá da grife Homero Ortega e uma máquina de café expresso Illy, além dos 30 ‘prêmios de consolação’, como anunciam os pôsteres afixados em todos os lugares públicos da Cidade-Estado. 

No passado, grande parte dos presentes recebidos pelos Pontífices era repassada para missões e outras instituições da Igreja. Muitos quadros, esculturas e obras de arte ainda são destinados a decorar escritórios de Congregações e Conselhos. 

Francisco, o primeiro Papa latino-americano, fez da preocupação com os pobres uma das principais marcas de seu Papado. 

O valor arrecadado com as rifas será doado integralmente para instituições de caridade. "A rifa faz parte do esforço de assegurar que os presentes que o Pontífice recebe sejam utilizados para ajudar os mais necessitados", afirmou a Santa Sé em comunicado oficial. 

Os vencedores serão anunciados no dia 8 de janeiro 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Problemas financeiros, de saúde e agradecimentos, participe da festa de Santa Edwiges

Venha participar da Festa de Santa Edwiges 2014 !

PADROEIRA DOS POBRES , ENDIVIDADOS E ENCARCERADOS

Tríduo com Missa - Dias 15;16 e 17 outubro às 20 horas na 
Paróquia São José. Vila Nova 
Av. Rodrigues da Fonseca 1469

Caminhada com Santa Edwiges,
19 de Outubro as 9.30 horas, saindo da Paróquia.
10.30 hs missa na capela. Rua frei Albino Aresi 165 – Jd Vila Nova

Almoço de confraternização R$ 15,00 - Tarde festiva  Informações: 3245-1840 / 3248-5232 / 8542-2844 /

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Papa francisco e sua Mensagem à Cáritas

Não desviar o olhar quando o irmão passa fome, pede Papa

Francisco gravou videomensagem para a campanha da Caritas Internacional contra a fome
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco gravou uma videomensagem para a Caritas Internacional, por ocasião da Campanha Mundial “Alimento para todos”. O Santo Padre exorta os fiéis a não olhar com indiferença para as pessoas que passam fome, mas levantarem a voz em defesa dos famintos.
“’Tive fome e me destes de comer.’ As palavras de Nosso Senhor hoje nos exortam, dizendo-nos de não desviar o olhar, de não olhar com indiferença quando vemos o nosso próximo passando fome. Encorajo todos os fiéis a participarem da campanha da Caritas ‘Alimento para todos’ e que levantem a voz em defesa dos famintos, em especial durante a Semana de Ação, que se realizará neste mês de outubro. Muito obrigado.”
Todas as 164 organizações membro da Cáritas são convidadas a participar da campanha. Isso inclui os membros nacionais, como a Cáritas Brasileira, e as Cáritas diocesanas e paroquiais que pertencem a essa grande rede. Cada Cáritas no mundo adaptou a temática da fome e da pobreza a partir das questões relacionadas com a realidade do próprio país. Por exemplo, no Brasil, questões como soberania alimentar e justiça social foram incluídas no debate por serem temas relevantes em uma sociedade que tanto sofre com as desigualdades sociais.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Santa Edwiges: a santa duquesa

Nascida no período Medieval, em 1174, Edwiges – morreu em 1.243, e foi canonizada em 1.267 –, foi uma mulher que marcou seu tempo. De família nobre, rica, assistiu, desde tenra idade, a miséria a tomar formas diferentes nas pessoas que conhecia, convivia e amava.
Ao se casar aos 12 anos de idade, com Henrique, duque europeu, a então princesa da Silésia, país de Lebuska, atual Polônia, Edwiges, educada no Catolicismo e dona de uma fé inabalável, deparou-se com uma situação completamente diferente da que estava acostumada a conviver – seu marido, irmão de clérigo, mal sabia rezar.
Cristã, no real sentido da palavra, a esposa de Henrique logo tomou a educação religiosa de seu marido, preparando o caminho da paz em sua casa para a chegada de seus seis filhos – Henrique, Conrado, Boleslau, Inês, Sofia e Gertrudes. E, para conseguir manter sua família dentro do que acreditava, diariamente, levava a família até a capela próxima do castelo onde moravam, para assistirem, juntos, diariamente, à missa.
Mas, suas devoções a Cristo e respeito à Virgem Maria não terminavam em seus horários de missa ou de oração. Entre as prolongadas ausências do marido, que saía a lutar nas guerras que dizimavam vidas e era freqüente naquele período da humanidade, Edwiges aproveitava para visitar famílias nas maiores condições de miséria e buscar o socorro para cada uma delas.
Nessas visitas, descobriu que os maiores problemas que as famílias enfrentavam estavam relacionados à falta de dinheiro. Lavradores, pequenos sitiantes precisavam pagar uma quantia aos proprietários da terra que trabalhavam, sobre a colheita que deveriam ter. Essa colheita sempre era menor do que o esperado devido ao inverno rigoroso e as intempéries do clima do lugar. Sem ter como pagar as dívidas, os lavradores eram presos e suas famílias ficavam abandonadas, sem ter a quem recorrer. Muitas vezes, as mulheres se prostituíam para poder sustentar seus filhos, ou vagavam pelas ruas, à mercê da quase inexistente caridade pública, sendo humilhadas e maltratadas pelos moradores que tinham condições de sobreviver.
Assistindo a dor e a miséria humana, Edwiges, dona de um coração privilegiado para a época, e uma das mulheres que mais sentiram – e demonstraram – como ninguém, a caridade e a compaixão, pagava as dívidas dos presidiários com o dinheiro de seu dote, a quantia que foi dada em época de seu casamento o seu marido que não quis usá-la e deixou a seu inteiro dispor de sua esposa, ajudando-os a reiniciarem suas vidas.
Preocupada com a situação das mulheres que perdiam seus maridos nas guerras e viam-se a mercê da sorte, expostas a estupros e todo tipo de maldade humana, passou a construir em pequenos vilarejos, conventos para abrigar viúvas e órfãos. Muitas tornaram-se freiras e passaram a servir a Deus.
Depois de perder dois de seus filhos precocemente e, por último, seu marido, Edwiges retirou-se para o convento de Trébnitz e ali viveu, em jejum e oração até sua morte, aos 69 anos de idade.
Sua fé foi motivo de muitos pedidos dos que viveram próximos a ela, depois de sua morte e, com vários milagres comprovados, a Igreja Católica a declarou santa em 1.267, 24 anos após a sua morte.
Até hoje, seu corpo é venerado no Convento de Trébnitz, na Polônia, e existem igrejas no mundo inteiro dedicadas à santa.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Santa Edwiges, socorro dos necessitados


Santa Edwiges nasceu em 1174 na Alemanha. Filha de Bertoldo IV, duque de Merânia, e de sua esposa, Inês de Rochlitz.1 , foi criada em ambiente de luxoriqueza, o que não a impediu de ser simples e viver com humildade. O seu bem maior era o amor total a Deus e ao próximo.
Aos 12 anos, casou-se com Henrique I, o Barbudo, príncipe da Silésia (um dos principados da Polônia medieval e atual região administrativa da Polônia), com quem teve seis filhos, sendo que dois deles morreram precocemente. Culta, inteligente e esposa dedicada, ela cuidou da formação religiosa dos filhos e do marido.
Mulher de oração, vivia em profunda intimidade com o Senhor. Submetia-se ao sacrifício de jejuns diários, limitando-se a comer alguns legumes secos nos Domingos, Terças, Quintas e Sábado. Nas Quartas e Sextas-feiras somente pão e água. Isto sempre em quantidade limitada, somente para atender as necessidades do corpo.
No tempo do Advento e da Quaresma, Edwiges se alimentava só para não cair sem sentidos. O esposo não aceitava aquela austeridade. Numa Quarta-feira de Quaresma ele esbravejou por haver tão somente água na mesa sendo que ele só bebia vinho. Edwiges então ofereceu-lhe uma taça, cujo líquido se apresentou como vinho. Foi um dos muitos sinais ou milagres que ela realizou.
Algum tempo depois Edwiges caiu vítima de uma grave enfermidade. Foi preciso que Guilherme, Bispo de Módena, representante do Papa para aquelas regiões, exigisse com uma severa ordem a interrupção de seu jejum. A Santa dizia que isto era mais mortificante do que a sua própria doença.
Dedicou toda sua vida na construção do Reino de Deus. Exerceu fortes influências nas decisões políticas tomadas pelo marido, interferindo na elaboração de leis mais justas para o povo.
Junto com o marido construiu IgrejasMosteirosHospitaisConventos e Escolas. Por isto, em algumas representações aSanta aparece com uma Igreja entre as mãos.
Aos 32 anos, fez votos de castidade, o que foi respeitado pelo marido. Quando ficou viúva, foi morar no Mosteiro deTrebnitz, na Polônia, onde sua filha Gertrudes era superiora. Foi lá que Edwiges deu largos passos rumo à santidade. Vivia com o mínimo de sua renda, para dispor o restante em socorro dos necessitados. Ela tinha um carinho especial pelas mulheres e crianças abandonadas. Encaminhava as viúvas para os conventos onde estariam abrigadas em casos deguerra e as crianças para escolas, onde aprendiam um ofício. Era misericordiosa e socorria também os endividados. Em certa ocasião, quando visitava um presídio, ela descobriu que muitos ali se encontravam porque não tinham como pagar as suas dívidas. Desde então, Edwiges saldava as dívidas de muitos e devolvia-lhes a liberdade. Procurava também para eles um emprego. Com isto eles recomeçavam a vida com dignidade, evitando a destruição as famílias em uma época tão difícil como era aquela do século XIII. E ainda mantinha as famílias unidas.
Assim, Santa Edwiges, é considerada a Padroeira dos pobres e endividados e protetora das famílias. Sua morte ocorreu no dia 15 de outubro de 1243. E foi canonizada no dia 26 de março de 1267, pelo Papa Clemente IV. Como no dia 15 de Outubro celebra-se Santa Teresa de Ávila, a comemoração de Santa Edwiges passou para o dia 16 de Outubro. Modelo de esposa, celibatária e viúva, a Santa não faltava à Missa aos Domingos, e isto ela pede aos seus devotos: mais amor aJesus na Eucaristia e auxílio aos necessitados.