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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Viver em comunidade com Santa Edwiges

Sonia Jordão
festa santa ediwges 2011
Desde a infância, começamos a aprender como conviver bem com os outros. Em nossos lares descobrimos que para se conseguir conviver bem com as pessoas à sua volta é preciso antes de tudo respeitar o direito do outro, independente de quem ele seja, se um filho, um irmão, um amigo ou um vizinho.



A regra é antiga e clara: nosso direito termina onde começa o do outro. Assim, por exemplo, eu posso fazer uma festa e ouvir música alta, desde que as outras pessoas, que também a estiverem ouvindo, gostem de som alto e do estilo da música. Nesse momento, é bom pensarmos nos nossos vizinhos e não só naquele que se encontra no mesmo ambiente onde a música está tocando.



Se vivêssemos como ermitões, não precisaríamos nos preocupar. Porém, como vivemos em comunidade é um pouco diferente. Precisamos aprender a agir de forma a não prejudicar o outro. É importante, também, nos acostumarmos a tratar a todos educadamente.



capela santa edwiges - porto alegre
As leis tratam de assuntos mais graves, tais como matar e roubar. Porém, todos têm outros direitos além do direito à vida e à suas propriedades. Quando falamos de vida precisamos incluir o machucar o outro e não só matar, portanto ninguém tem o direito de bater em outra pessoa. E quando falamos de propriedade é bom lembrar que estragar de qualquer forma, aquilo que não é seu, inclui, por exemplo, pichar um muro, arranhar um carro, e várias outras coisas.



Também é preciso que tratemos os outros não da forma que queremos ser tratados, mas sim da forma que eles gostariam de ser tratados. Pode ser que o gosto dos outros seja diferente do nosso.



Se possível, procure seguir algumas regras de boa convivência no seu dia a dia:
festa junina 2011



• Não economize sorriso: de todas as moedas circulantes no comércio da vida, o sorriso é a que compra maior porção de alegria pelo menor preço.

• Por falar nisso, não compre briga porque sai caro.

• Seja otimista. Quem vê tudo na existência pelo lado sombrio do derrotismo raramente cruza com amigos na rua, porque a maioria deles dobra a esquina para escapar do encontro.

• Seja alegre e comunicativo. Um “bom dia”, um “alô” custa pouco e rende muito.

• Seja simples e modesto. Se você possui qualidades “notáveis”, cedo ou tarde as pessoas notarão isso, como também descobrirão suas imperfeições.

• Seja um bom conversador deixando com que os outros falem mais.

• Procure ouvir as pessoas ou avaliar a situação antes de emitir um julgamento.

• Interesse-se pelos outros. Só assim eles acharão você interessante.

• Tenha coragem para assumir decisões. Principalmente assuma o que fez.

• Assegure-se que as informações sejam claras, completas, transparentes e bem recebidas pelo outro.

• Compreenda que as pessoas que pensam de outra forma, estão sinceramente convencidas de que o errado é você.

• Faça aos outros, em lugar de críticas, quantos elogios puder fazer honestamente. As pessoas de um modo geral adoram ouvi-los e quando os recusam talvez no fundo esperem ser elogiados por isso.

festa junina 2011
• Com os inimigos, declarados ou gratuitos, mantenha a sobriedade do cavalheirismo. Não fale mal por trás nem perca uma oportunidade de reconciliação, dando o primeiro passo, pois nada lhe garante que no dia seguinte um deles não seja a única pessoa capaz de “salvar a sua vida”.


Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante e consultora organizacional. Autora do livro: “A arte de Liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”,

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Francisco aos catequistas: sejam criativos, não tenham medo de romper os esquemas para anunciar o Evangelho




◊   Cidade do Vaticano (RV) - O Papa encontrou na tarde desta sexta-feira, na Sala Paulo VI, os participantes do Congresso Internacional sobre a Catequese organizado no âmbito do Ano da Fé. Em seu discurso, o Pontífice ressaltou que "a catequese é um pilar para a educação da fé".

"É preciso bons catequistas!", exclamou, agradecendo aos presentes por esse serviço "à Igreja e na Igreja". "Mesmo se por vezes pode ser difícil, há muito trabalha, se esforça e não se veem os resultados desejados, educar na fé é belo! Talvez seja a melhor herança que podemos dar: a fé! Educar na fé" para que cresça.

Ajudar as crianças, os adolescentes, os jovens a conhecer e a amar sempre mais o Senhor é uma das aventuras educacionais mais bonitas, se constrói a Igreja! 'Ser' catequistas! Não trabalhar como catequistas, eh! – observou.

Isso não serve! Eu trabalho como catequista porque gosto de ensinar... Mas se você não é catequista, não serve! Não será fecundo! Não será fecunda! "Catequista é uma vocação: 'ser catequista', essa é a vocação; não trabalhar como catequista. Vejam bem,não disse 'trabalhar como catequista, mas sê-lo', porque envolve a vida. E assim se conduz ao encontro com Jesus com as palavras e com a vida, com o testemunho".

Francisco convidou a recordar aquilo que Bento XVI disse: "A Igreja não cresce por proselitismo. Cresce por atração". "E aquilo que atrai – precisou o Papa – é o testemunho. Ser catequista significa dar testemunho da fé; ser coerente na própria vida. E isso não é fácil! Não é fácil. Nós ajudamos, conduzimos ao encontro com Jesus com as palavras e com a vida, com o testemunho."

Em seguida, recordou aquilo que São Francisco de Assis dizia a seus confrades: "Preguem sempre o Evangelho e se fosse necessário também com as palavras". Mas antes vem o testemunho: "que as pessoas vejam o Evangelho em nossa vida. E 'ser' catequistas requer amor, amor sempre mais forte a Cristo, amor a seu povo santo. E esse amor não se compra nas casas comerciais; não se compra nem mesmo aqui em Roma. Esse amor vem de Cristo! É um presente de Cristo!

É um presente de Cristo! E se vem de Cristo parte d'Ele e nós devemos partir novamente de Cristo, desse amor que Ele nos dá. O que significa esse partir novamente de Cristo, para um catequista, para vocês, também para mim, porque também eu sou um catequista? O que significa?

O Papa respondeu com três coisas. Em primeiro lugar, partir novamente de Cristo significa ter familiaridade com Ele. Mas ter familiaridade com Jesus: Jesus o recomenda com insistência aos discípulos na Última Ceia, quando se aproxima a viver a doação mais alta de amor, o sacrifício da Cruz.

Jesus utiliza a imagem da videira e dos ramos e diz: permaneçam em meu amor, permaneçam junto a mim, como os ramos na videira. "Se estivermos unidos a Ele – observou Francisco – podemos dar fruto, e essa é a familiaridade com Cristo. Permanecer em Jesus!" É um permanecer apegado a Ele, "com Ele, falando com Ele: mas, permanecer em Jesus".

"A primeira coisa para um discípulo – prosseguiu – é estar com o Mestre, ouvi-lo, aprender d'Ele. E isso vale sempre, é um caminho que dura a vida inteira."

O Papa contou um episódio: "Numa de minhas saídas, aqui em Roma, numa missa aproximou-se um senhor, relativamente jovem e me disse: 'Padre, prazer conhecê-lo, mas não creio em nada! Não tenho o dom da fé! Entendia que era um dom... 'Não tenho o dom da fé! O que me diz?' 'Não desanime. Cristo lhe quer bem. Deixe-se olhar pelo Senhor! Nada mais que isso'.

E isso digo a vocês: deixem-se olhar pelo Senhor! – exortou o Santo Padre:

"Entendo que para vocês não è tão simples: especialmente para quem é casado e tem filhos, é difícil encontrar um tempo longo de calma. Mas, graças a Deus, não é necessário fazer todos do mesmo modo; na Igreja há variedade de vocações e variedade de formas espirituais; o importante é encontrar o modo adequado para estar com o Senhor; e isso se pode, é possível em qualquer estado de vida."

O Papa acrescentou o segundo elemento: "partir novamente de Cristo significa imitá-lo no sair de si e ir ao encontro do outro. Essa é uma experiência bonita, e um pouco paradoxal. Por qual motivo? Porque quem coloca no centro da própria vida Cristo, se descentra! Quanto mais se une a Jesus e Ele se torna o centro da sua vida, mais Ele o faz sair de si mesmo, o descentra e abre você aos outros.

"O coração do catequista vive sempre esse movimento de 'sistole – diastole': união com Jesus – encontro com o outro. Sistole – diastole. Se falta um desses dois movimentos, não bate mais, não pode viver."

O terceiro elemento, que está sempre nessa linha: "partir novamente de Cristo significa não ter medo de ir com Ele às periferias". De fato, o Pontífice exortou a não ter medo de caminhar com Jesus às periferias:

"Se um catequista se deixa tomar pelo medo, é um covarde; se um catequista está tranqüilo acaba por tornar-se uma estátua de museu; se um catequista é rígido torna-se estéril. Pergunto-lhes: alguém de vocês quer ser covarde, estátua de museu ou estéril?"

Francisco pediu criatividade e nenhum medo de sair dos próprios esquemas: isso caracteriza um catequista. Quando permanecemos fechados em nossos esquemas, nossos grupos, nossas paróquias, nossos movimentos – explicou – ocorre o que acontece a uma pessoa fechada em seu quarto: adoecemos.

A certeza que deve acompanhar todo catequista – acrescentou Francisco é que Jesus caminha conosco, nos precede. "Quando pensamos ir longe, a uma periferia extrema, Jesus está lá." (RL)

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Como faz o Papa Francisco, Padre Pio ia às periferias do coração




◊   Cidade do Vaticano (RV) - A Igreja recordou nesta segunda-feira São Pio de Tietrelcina, cujo corpo é visível de modo permanente desde 1º de junho deste ano.

Passados 45 anos de sua morte, Padre Pio continua sendo amado e venerado na Itália e no mundo por milhares de fiéis, e em São Giovanni Rotondo – sul da Península – muitos atos religiosos celebraram esta data.

Sobre a atualidade da figura de São Pio a Rádio Vaticano entrevistou o diretor da revista "Estudos sobre Padre Pio", Frei Luciano Lotti:

Frei Luciano Lotti:- "Somos felizes por termos, em nossos tempos, este Papa maravilhoso que nos impele a sair, a evangelizar e penso que justamente Padre Pio pode dar um sentido à evangelização: uma evangelização que parte da Eucaristia. Como acontecia com seus amigos, quando alguém queria partir, ele dizia: "Espere, parta amanhã", ou seja, para ele era importante que se participasse da Eucaristia e depois se podia partir, justamente como uma missão para caminhar na vida de todos os dias."



RV: O Papa Francisco reiteradas vezes ressalta a necessidade de se ir às periferias existenciais. Padre Pio quase não saiu de San Giovanni Rotondo e, no entanto, realizou uma obra de evangelização muito importante, inclusive mediante a bilocação, mas não somente. Há uma sintonia entre os dois, nesse sentido?

Frei Luciano Lotti:- "Sim. Em primeiro lugar, podemos pensar o seguinte: Padre Pio foi às periferias do coração, ou seja, mesmo com a sua intransigência, com a sua fidelidade a Deus, que impunha aos outros, foi àquelas periferias do coração que ainda estão fechadas a uma resposta plena. E as chamamos 'periferias' porque os verdadeiros problemas, talvez, os coloquemos de lado. Então, Padre Pio queria ir à raiz do problema e buscar resolvê-lo com o encontro com Deus. É muito interessante porém, embora Padre Pio não tenha saído – mesmo tendo de modo excepcional justamente percorrido o mundo com as bilocações –, em todos os lugares ele conseguiu apresentar Deus mediante um método que hoje é moderníssimo: através da imagem, da comunicação."

RV: A seu ver, qual é a imagem autêntica de Cristo que Padre Pio mais mostrou com a sua vida?Frei Luciano Lotti:- "Em primeiro lugar, a imagem do Cristo que se coloca ao lado dos sofredores: basta pensar naquela expressão do seu Epistolário na qual diz: 'Gostaria de despir-me de tudo para ir ao encontro dos necessitados'. Padre Pio costumava dizer: 'Jamais se questiona sobre a caridade. É preciso fazê-la e basta'." (RL)