Santa Edwiges: A Santa
duquesa
Nascida
no período Medieval, em 1174, Edwiges – morreu em 1.243, e foi canonizada em
1.267 –, foi uma mulher que marcou seu tempo. De família nobre, rica, assistiu,
desde tenra idade, a miséria a tomar formas diferentes nas pessoas que
conhecia, convivia e amava.
Ao se
casar aos 12 anos de idade, com Henrique, duque europeu, a então princesa da
Silésia, país de Lebuska, atual Polônia, Edwiges, educada no Catolicismo e dona
de uma fé inabalável, deparou-se com uma situação completamente diferente da
que estava acostumada a conviver – seu marido, irmão de clérigo, mal sabia
rezar.
Cristã,
no real sentido da palavra, a esposa de Henrique logo tomou a educação
religiosa de seu marido, preparando o caminho da paz em sua casa para a chegada
de seus seis filhos – Henrique, Conrado, Boleslau, Inês, Sofia e Gertrudes. E,
para conseguir manter sua família dentro do que acreditava, diariamente, levava
a família até a capela próxima do castelo onde moravam, para assistirem,
juntos, diariamente, à missa.
Mas,
suas devoções a Cristo e respeito à Virgem Maria não terminavam em seus
horários de missa ou de oração. Entre as prolongadas ausências do marido, que
saía a lutar nas guerras que dizimavam vidas e era freqüente naquele período da
humanidade, Edwiges aproveitava para visitar famílias nas maiores condições de
miséria e buscar o socorro para cada uma delas.
Nessas
visitas, descobriu que os maiores problemas que as famílias enfrentavam estavam
relacionados à falta de dinheiro. Lavradores, pequenos sitiantes precisavam
pagar uma quantia aos proprietários da terra que trabalhavam, sobre a colheita
que deveriam ter. Essa colheita sempre era menor do que o esperado devido ao
inverno rigoroso e as intempéries do clima do lugar. Sem ter como pagar as
dívidas, os lavradores eram presos e suas famílias ficavam abandonadas, sem ter
a quem recorrer. Muitas vezes, as mulheres se prostituíam para poder sustentar
seus filhos, ou vagavam pelas ruas, à mercê da quase inexistente caridade
pública, sendo humilhadas e maltratadas pelos moradores que tinham condições de
sobreviver.
Assistindo
a dor e a miséria humana, Edwiges, dona de um coração privilegiado para a
época, e uma das mulheres que mais sentiram – e demonstraram – como ninguém, a
caridade e a compaixão, pagava as dívidas dos presidiários com o dinheiro de
seu dote, a quantia que foi dada em época de seu casamento o seu marido que não
quis usá-la e deixou a seu inteiro dispor de sua esposa, ajudando-os a
reiniciarem suas vidas.
Preocupada
com a situação das mulheres que perdiam seus maridos nas guerras e viam-se a
mercê da sorte, expostas a estupros e todo tipo de maldade humana, passou a
construir em pequenos vilarejos, conventos para abrigar viúvas e órfãos. Muitas
tornaram-se freiras e passaram a servir a Deus.
Depois
de perder dois de seus filhos precocemente e, por último, seu marido, Edwiges
retirou-se para o convento de Trébnitz e ali viveu, em jejum e oração até sua
morte, aos 69 anos de idade.
Sua fé
foi motivo de muitos pedidos dos que viveram próximos a ela, depois de sua morte
e, com vários milagres comprovados, a Igreja Católica a declarou santa em
1.267, 24 anos após a sua morte.
Até
hoje, seu corpo é venerado no Convento de Trébnitz, na Polônia, e existem
igrejas no mundo inteiro dedicadas à santa.
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